“Não vim chamar
justos, e sim pecadores ao arrependimento” (Lucas 5:32).
O LUGAR DE
ARREPENDIMENTO.
Devo aprofundar um pouco mais em
apresentar o lugar de arrependimento. É claro que é o lugar apresentado pela
palavra de Deus. Normalmente o arrependido é uma alma sozinha, pois o mundo
jamais compartilhará sua experiência. Zaqueu foi chamado ao lugar de
arrependimento, e ali com o Salvador ele pode conhecer no coração o real
significado da salvação bíblica. Notemos que ali na cruz o ladrão ficou sozinho
e assim pode mirar a face do seu bendito salvador. O arrependido é chamado para
estar a sós com Deus, por isso o mundo se afasta e se distancia. O arrependido
se vê como se ele fosse o único culpado e miserável existente na face da terra.
Quando Isaías viu a glória do Salvador, ali pode mirar a enormidade de sua
culpa, de sua disposição de cair nos mais infames pecados e sua merecida
condenação merecida, que era vista como um abismo escancarado à sua frente.
Afinal, os homens querem ser levados
naturalmente a um lugar desse? Claro que não! O pecado faz com que os homens
queiram viver no conforto aqui. Eles não querem ver além daquilo que o mundo
pode lhes mostrar. O pecado cria um ambiente confortável ao derredor e diz aos
seus corações enganados que tudo vai bem e que não há nenhum perigo adiante. Nem
mesmo a chegada da morte pode mudar os pensamentos do homem ímpio. Eles
conhecem o medo, mas não o arrependimento que vem de Deus; eles querem bênçãos da
cura, porque alimenta a esperança de viver ainda mais nesse ambiente que não
querem deixar.
Mas, o lugar de arrependimento não deve
ser encarado apenas como um lugar de tristeza, contrição e confissão. Quando
Deus abre um vácuo no coração de um homem é porque ele lançará o alicerce de
uma vida pautada na verdade e que mirará a eternidade. A promessa de Deus no
Velho Testamento é que ele mesmo faria uma cirurgia cardíaca no homem, aliás,
uma obra completamente diferente daquilo que os médicos fazem num coração
físico. O trabalho de Deus é no homem interior, o verdadeiro homem. Ele
prometeu tirar o coração de pedra, endurecido pela incredulidade natural e ali
por um novo coração, carregado de temor a ele. Não é uma história maravilhosa?
Esse é um espetáculo da graça, vista, admirada e louvada pelos anjos na nova
criação.
O maravilhoso trabalho da graça consiste
em erguer o novo homem em Cristo; é exibir ao mundo a feitura de Deus em Cristo
Jesus (Efésios 2:10). Quando Saulo de Tarso foi ao pó, dali ergueu um novo
homem, completamente daquele que um dia nasceu em Adão, carregando a imagem de
seu papai caído, cheio de ódio mortal contra Deus. Agora nasceu um homem
diferente, segundo a imagem de Cristo, a fim mostrar a tremenda força operante
da graça de Deus. A graça faz isso e ergue o homem para ele realmente andar,
como um homem deve andar.
Caro leitor, isso não é resultado de
meras emoções; isso não é fruto de momentos religiosos. Isso é obra de Deus e
que dura para sempre. Neste mundo satanás faz tudo para imitar as obras da
graça, mas suas imitações serão sempre aplaudidas e festejadas pelo mundo.
Satanás faz os mortos andarem, falarem, ouvirem, mas quando vemos de perto
percebemos que não há vida ali. Olhemos os santos de Deus, ei-los vivendo em
justiça e santidade; ei-los caminhando com firmeza e convicção para o céu;
ei-los caminhando pelo caminho estreito, com oração, perseverança e amor
genuíno.
Afinal, o mundo pode produzir
arrependimento? Claro que não! O mundo pode enfeitar os mortos, fazendo deles
religiosos e educados. O arrependimento não é obra minha, de alguma igreja, de
qualquer pastor, etc. É algo do céu acontecendo no meio dos homens. Glória ao Senhor!
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