“Assim, porque és
morno, e não és quente nem frio, vomitar-te-ei da minha boca” (Apocalipse 3:16)
DEUS
À PROCURA DE FRUTO
O que farei
a partir de hoje é mostrar aos meus leitores o quanto em toda bíblia vemos Deus
usando essa figura de linguagem em referência ao seu povo. Ele faz isso com toda
raça, e foi isso o que ele quis dizer para Baruque, o escrivão do profeta
Jeremias, no capítulo 45. Parece que a situação o clima de punição às nações
trouxe certa depressão àquele homem. Posso imaginar vendo Baruque cheio de
sonhos e planos para uma vida melhor aqui; talvez era um jovem ainda e tinha
intenção de casar, constituir família e adquirir bens. Mas, de repente, com os
anúncios de juízo contra Jerusalém e contra as nações, sem dúvida fez com que
ele entrasse em depressão. Foi aí que a mensagem de Deus veio, a fim de mostrar
a Baruque que Deus estava arrancando o que plantou e destruindo o que havia
edificado, enquanto Baruque estava procurando grandeza.
Tomei aquele
relato apenas para salientar a linguagem de Deus acerca de toda raça. Ele fala
que os povos são como uma plantação ou como construções. Da mesma forma ele
comunica a mensagem aos falsos crentes da igreja de Laodicéia. Creio que vale a
pena examinar essa verdade em vários
textos das Escrituras. Por exemplo, no livro de Isaías a mensagem ali traz a mesma
figura de linguagem. O capítulo primeiro daquele maravilhoso mostra como Deus é
devastador ao comunicar a situação espiritual de toda nação judaica. O povo por
fora parecia que era espiritual; parecia que adorava a Deus com suas canções e
sacrifícios, mas por dentro era tudo espiritualmente podre. Deus, mostra a realidade
de seus corações e convida o povo ao arrependimento.
Mas é no
capítulo 5 que vemos uma notável ilustração usada por uma pessoa da divindade,
quando apresenta Israel como uma plantação de uma vinha. Aquela pessoa diz que
plantou aquela vinha para seu Amado. Sem dúvida alguma é Deus o Pai fazendo
referência ao seu Filho (na linguagem do Velho Testamento). Deus diz que ele não
falhou na plantação e no cuidado, porque além de plantar ele edificou uma
torre, fazendo referência aos cuidados e vigilância, para que nada entrasse e
prejudicasse a vinha. E também ele fala que construiu um lagar. Isso mostra o
propósito principal daquela plantação – Deus queria fruto e o fruto seria o
vinho extraído no lagar. Mas o resultado foi decepcionante, pois ao invés de
produzir uvas boas, deu uvas bravas.
Sem qualquer
dúvida temos ali a explicação clara de que Deus não é o autor do pecado, de que
tudo o que é proveniente dele é puro, santo e bom. Deus não constituiu Israel
para pecar; sua aliança foi feita com aquele povo, a fim de que pudesse
manifestar ao mundo a glória do Seu nome, por meio de um povo santo. Isso é o
fruto almejado. É o pecado que destrói tudo; é o pecado que faz de uma vinha
uma plantação que produz frutos ruins. Foi assim na criação original. Deus não
criou o homem para pecar, porque tudo o que é proveniente do Criador é puro e
santo. Nada há na criação de Deus qualquer elemento contagioso e venenoso. Foi
o homem que tomou a decisão de voltar-se contra Deus e seguir o diabo.
No tocante a
Israel, foi necessário que viesse o juízo, mesmo sendo o Senhor compassivo,
longânimo, pois por anos falou à nação através de profetas como Isaías,
Jeremias, Ezequiel e outros. O juízo veio anos depois, quando Deus chamou
Nabuconosor com seu exército, a fim de invadir Jerusalém, destruir tudo e levar
milhares para Babilônia, num cativeiro que durou 70 anos. Esse é o mesmo aviso
que Deus deixa para os falsos crentes de Laodicéia.
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