“Mas longe esteja de mim gloriar-me, senão na cruz
de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim, e
eu, para o mundo” (Gálatas 6:14)
A INCLINAÇÃO NATURAL DO HOMEM EM
BUSCAR ONDE SE GLORIAR
Amado leitor, somente os santos correm e
encontram abrigo na história da cruz, como mostra a letra de um antigo hino: “Certamente
eu vou no caminho da cruz com resolução andar”. Para os orgulhosos e
endurecidos, não há como achar satisfação na cruz, assim como Paulo achou.
Prego com vigor o mesmo que Paulo pregou, porque sei que os santos se sentirão
encorajados na fé e no amor, e os pecadores arrependidos conhecerão o lugar
onde entenderão sobre o perdão e sobre a eterna redenção que Cristo dá aos que se
arrependem.
Posso afirmar com plena convicção que é
na história da cruz que vejo não somente meus hediondos e vis pecados, como
também posso ver o real inimigo – o pecado – o qual me dominou e controlou meu
ser, até que Cristo veio para destruí-lo e arrancar sua liderança pavorosa
sobre todo meu estilo de vida aqui. Ah! Quanta tristeza posso sentir! A cruz
mostra o quanto a festa da páscoa é aviltante para a natureza corrompida do
homem. Quem chega à cruz, realmente pode conhecer sua história.
Na cruz não há maquiação, nem deboche. A
cruz me leva ao desespero, porque Deus me mostra quem eu era, o que eu sou e o
que realmente mereço como culpado. É impossível chegar ao entendimento da cruz
e ainda achar culpa nos outros. A cruz mostra meu desamparo e o fato que eu sou o mais miserável pecador
entre todos, assim como Paulo se viu como o principal dos pecadores (1:15).
A cruz também mostra como é a
profundidade, a largura, o comprimento e a altura do amor de Cristo em favor
dos pecadores. A forma como ele encarou o pecado não há como explicar, porque
ele foi ao ponto de se tornar semelhante ao próprio pecado. A história do meu
Senhor se tornando semelhante a mim, sem, contudo se tornar um pecador, é algo
que me emociona e todos os santos podem entender isso. Mas, ele se tornado a própria
essência do pecado, a própria maldição, não há como explicar, porque Deus, o
Pai viu tudo isso: “Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós...”
(2 Coríntios 5:21).
É a cruz que me desafia a mergulhar
nesse amor, para que eu possa experimentar algo que está infinitamente além do
entendimento mortal. Sendo assim, eis que a história da cruz é aquilo que deve
fazer parte de meu dia a dia; é o que preciso para viver e me relacionar aqui
de forma santa e justa.
A cruz também faz encantar a minha alma
com aquele que ocupou meu lugar ali. A história do meu Redentor faz com que o
mundo desapareça e fique extremamente mesquinho para mim. A fama, a glória, o
prazer e tudo mais se tornem tão ignóbeis, que minha confissão passa a ter um
valor incrível: “Eu sou do meu amado, e meu amado é meu”. Isso é fato! Ele, meu
Senhor tomou meus pecados sobre si; ele esmagou todo inimigo, me purificou e me
santificou de tal maneira que ele me pertencente a ele, sem qualquer culpa ou
mancha.
Assim, a história da cruz realmente me
humilha, mas é nessa humilhação que sou erguido à glória. Essa história faz
tudo ser diferente, porque nela morreu o velho homem, condenado e vil; foi
tirada da minha testa a marca de um condenado e amaldiçoado pela lei. A
história da cruz silencia a natureza maligna, descascara o mundo e afasta
satanás. A história da cruz, entretanto é a única história que traz ao mundo o
brilho da glória de Deus, através do Filho e que mostra o caminho seguro e
verdadeiro para o céu.
A história da cruz é a mais gloriosa
história que já foi contada, porque a cruz mostra que na redenção o pecador é
transformado, porque a graça veio para realizar algo inaudito no homem. Essa
história mostra que a crucificação do meu Senhor foi infinitamente mais
humilhante que seu nascimento numa manjedoura. Ninguém jamais foi salvo pela
história do natal, mas sim pela história da cruz.
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