“Mas longe esteja de mim gloriar-me, senão na cruz
de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim, e
eu, para o mundo” (Gálatas 6:14)
A INCLINAÇÃO NATURAL DO HOMEM EM
BUSCAR ONDE SE GLORIAR.
Nossa experiência e toda história da
raça caída mostram o quanto o homem é inclinado a confiar em crendices. Deus
mesmo falou que Israel acreditava num pedaço de pau. Qualquer elemento com
motivações erradas, pode utilizar do nome de pastor ou evangelista, a fim de
fazer o povo acreditar em mentiras e superstições. O mundo religioso está
lotado desses aparatos criados pela incredulidade. Estamos livres disso? Claro
que não! Se os crentes não estiverem envolvidos no coração pela verdade
conforme as Escrituras, certamente serão enlaçados pelos erros e abominações
que atraem a natureza carnal.
Mas, qual é o ponto de vista de Deus
acerca disso? A resposta vem de forma absoluta, pois o que não vem da cruz vem
da carne e do mundo. O que não vem da cruz vai erguer o ego e promover a glória
humana. Deus afirma em Isaías 64:6 que somos imundos e que nossa justiça é
trapo de imundície. O que para nós parece ser bonito, religioso e abençoado,
para Deus não passa de algo que é abominável. Será que precisamos entender isso
melhor? Claro! Eu sei que quando a mensagem da cruz é exposta, logo a natureza
terrena recua e silencia. A crendice chama a festa pagã do coração.
Foi assim com Israel, porque nos dias de
Isaías eles achavam que estavam fazendo grandes coisas para Deus; que estavam praticando
os atos mais honrosos da religião judaica. Mas, todas aquelas atividades eram
praticadas por elementos que não tinham o temor do Deus de Israel no coração.
Tudo era feito na tentativa de manipular Deus e encobrir as farsas de corações
carregados de vaidade, idolatria e malícia (Isaías 1). O que Deus disse para
eles? “Não posso suportar!” Os homens podem manipular seus ídolos, seus deuses
humanos e feitos de barro, mas não o todo-poderoso.
O que Paulo diz no texto acima? “Mas
longe esteja de mim o gloriar-me”. Que lição impressionante! Ali estava um
homem que tinha toda experiência e marcas no corpo, as quais podiam dar-lhe
todo motivo para se exaltar, se glorificar e atrair a atenção para si. Paulo
podia tirar sua camisa e mostrar as marcas do seu sofrimento pela causa do
evangelho. Paulo fez pela causa de Deus muito mais do que qualquer outro
obreiro já fez, e todos esses feitos poderiam ser ajuntados e mostrados para
exibir a natureza carnal, arrogante e idólatra do homem. Mas ali estava um
homem que escondeu tudo isso, porque sabia que sua glória estava na cruz e não
em seus feitos aqui.
Posso usar aqui a vida de João Batista.
Quem foi aquele grande homem? Todo seu viver foi desprovido de luxo e outras
regalias que temos aqui. Mas sua vida e ministério tinham um só propósito: “Que
eu diminua e que ele (Cristo) cresça” (João 3:30). Se fosse à busca de sucesso
pessoal, sem dúvida seria até mesmo adorado pelos seus seguidores. Mas seus
dias finais foram marcados pela solidão na prisão e foi premiado com seu
pescoço cortado e sua cabeça sendo oferecida a uma perversa mulher.
Eis aí o que significam as palavras de Paulo
em Gálatas: “Mas longe de mim esteja gloriar-me, senão na cruz...”. A mensagem
do evangelho da glória de Cristo proclama unicamente a glória de Cristo e não a
dos homens. Onde os homens são exaltados e seguidos, então a glória do Senhor
não está ali. Assim, vemos o quanto a natureza caída e depravado do homem
precisa conhecer a verdade da cruz, a fim de que os homens saibam que a
conversão sincera leva homens e mulheres ao temor do Senhor.
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