“Eis que a mão do
Senhor não está encolhida, para que não possa salvar; nem surdo o seu ouvido,
para não poder ouvir. Mas as vossas iniquidades fazem separação entre vós e o
vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não
ouça” (Isaías 59:1,2).
A TRISTE CONDIÇÃO DO
HOMEM REVELADA: “Mas as vossas iniquidades...”
A condição espiritual do povo israelita
era tão enganosa que, em seus corações eles achavam que estava tudo certo, que
nada havia de errado. É o que acontece em nossos dias, pois os homens estão tão
envolvidos em suas maldades, mas eles não percebem isso, devido ao trabalho
incessante dos falsos mestres, de pastores enganadores, os quais enchem os
corações de uma paz perigosa e letal às suas almas. O engano destes dias maus é
tanto que os homens pensam que a graça significa que Deus está favorável a
todos, que Cristo pagou o pecado de todos e que por isso Deus está satisfeito
com todos e que finalmente levará todos para o paraíso celestial.
Mas devemos retornar ao texto, porque as
lições que temos ali são de impressionantes necessidades. O que mexeu com a mão
de Deus? O que mexeu com os ouvidos de Deus? Ele afirma que sua mão é forte
para arrancar pecadores das trevas para a luz; que seus ouvidos estão aptos
para ouvir as súplicas de pecadores arrependidos. O que acontece é que os
homens não sabem o que significa o pecado: “...as vossas iniquidades fazem
separação...”. O que Deus está mostrando é que ele foi, é e jamais deixará de
ser santo. Israel desconhecia o fato que o Deus daquela nação era diferente dos
deuses das outras nações. Logo no início deste grandioso livro vemos no
capítulo 6 a visão que o profeta teve acerca de Deus e essa visão veio para
mostrar que o imutável Deus é santo e que por isso sempre odiou e odiará o
pecado.
Ora, nós precisamos saber disso;
precisamos saber que o pecado não é brincadeira e que viver de mãos dadas ao
pecado é atrair severo juízo de Deus. Mas estamos vendo essa atitude dos
homens; que não há sinais de temor, de reverência, de humilhação nem de
qualquer contrição em nossos dias. Os homens se relaxaram nessa “poltrona” do
mal; os homens acharam bons “colchões” doutrinários, a fim de deitar neles e
sentir que tudo está indo às mil maravilhas; os homens encontraram uma
divindade maravilhosa, que atende seus pervertidos corações, os quais anelam as
vaidades terrenas e mundanas. Milhares sentem que estão indo para o céu, e nada
sabem do que é luta contra o mal, nem o que caminho estreita e as provações da
peregrinação rumo ao céu. Eles não percebem que em seus pecados estão descendo
com o pesado chumbo da iniquidade que os leva para o inferno.
O que está acontecendo não é igual ao
que ocorria nos dias dos grandes profetas, Isaías e Jeremias? Qual a prova
disso? Os homens de hoje não querem luz; não querem nada que venha a descobrir
seus corações pervertidos. Mexer com eles é como mexer em casa de maribondos, é
como fustigar uma fera ou chegar perto demais de víboras. A mensagem do
evangelho chega para mostrar o que eles não veem; o evangelho bíblico é o Deus
de toda compaixão chegando, a fim de mostrar a angustiante condição de suas
almas, que eles vão perecer em seus pecados, caso não se arrependam e clamem.
Enfim, o que Deus requer é que os homens
saibam que todos devem se humilhar. Vida cristã não começa com a alegria banal
que todos querem. A vida cristã começa com tristeza, pesar e angústia de uma
alma que sabe que ofendeu a Deus, que seu viver foi tortuoso e é digno do
inferno. Tudo começa como uma noite de tristeza, a fim de que surja uma
radiante manhã de alegria, derivada da verdadeira e gloriosa salvação.
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