“Não vim chamar
justos, e sim pecadores ao arrependimento” (Lucas 5:32).
PERIGOSO CAMINHO
TOMADO NO PECADO.
Por que Deus chama os pecadores ao
arrependimento? Não é verdade que, além de tomarmos o caminho de Caim, também
desprezamos a Deus e a sua lei? O que é o pecado? Nós aprendemos com o mundo
que o pecado é algo tão irrisório, como vício, mentira e outras práticas comuns
vistas no meio dos homens. Ah! Quanto somos insensatos! Sem a luz da verdade
brilhando em nosso coração, toda iluminação que temos vem deste sistema que
tanto despreza Deus. O que é o pecado? Não foi verdade que ali no Éden viramos
a costa para nosso Criador e bondoso Deus? Não é verdade que trocamos sua
glória por aquilo que nada tem de proveito? Não há melhor definição para
“pecado” do que esta: “Pecado é desprezar a Deus e sua glória, a fim de buscar
glória em si mesmo, no mundo e no diabo”.
Algumas pessoas continuam se banhando em
sua tolice, ao dizer que amam a Deus. Mas olhemos bem para nossos caminhos.
Eles são os caminhos do Senhor? Claro que não! Amamos a ele? Queremos
conhece-lo melhor e trilhar por veredas santas e puras? É óbvio que não! Quando
achamos que estamos lá em cima, tudo não passa de sonho, de ilusão, porque de
fato estamos lá embaixo, sem perceber o quanto estamos curtindo miséria. Por
natureza desconhecemos os caminhos santos, puros e justos do Senhor. Não há
qualquer possibilidade de trilhar o caminho nosso, no qual entramos desde o
nascimento, e ao mesmo tempo o caminho do Senhor. Aliás, não há quem posso
atingir o caminho do Senhor, sem que primeiramente tenha sido chamado por ele
(Jeremias 30:21).
Vemos como a bíblia mostra com clareza e
nossa experiência prova o quanto é necessário que os homens sejam chamados ao
arrependimento. Posso acrescentar mais razões e a próxima é o fato que por
natureza optamos pela escravidão do pecado do que a liberdade em servir a Deus.
O viver de escravo é imperceptível no coração, porque, quando comparamos o
viver no pecado e a vida submissa a Deus, achamos que servir ao pecado é
experimentar o verdadeiro paraíso. Foi assim nossa decisão louca e destruidora
na queda, porque olhamos para todos os benefícios e maravilhas da criação, da
comunhão com Deus e da glória de sua criação e resolvemos dar as costas, a fim
de buscar o vazio de um caminho cheio de ilusão oferecido pela ardilosa
serpente.
É claro que a liberdade em andar com Deus
consiste em ver sua glória e sua liderança em nossas vidas. Quando Deus fez com
que Israel trilhasse o caminho deserto até Canaã, quarenta anos depois ele
disse que fez com que seu povo passasse fome (Deuteronômio 8). Para o homem
isso é sinônimo de escravidão. A liberdade oferecida por Deus consiste em andar
com ele e ser guiado como uma ovelha sustentada e protegida. A liberdade
oferecida por Deus só pode ser experimentada quando os grilhões da carne, do
diabo e do mundo forem arrancados. Afinal, a natureza humana deseja isso? Quer
aprender os ensinos de justiça e santidade? Pode curvar-se em submissão a esse
Deus que prometeu cuidar do seu povo? Claro que não! Ouçamos os gritos do povo
de Israel, querendo levantar um líder, a fim de voltar à escravidão Egípcia
(Números 34). E nós somos diferentes? Não temos nós as mesmas intenções insanas
que tiveram os homens no passado?
Diante desses fatos comprovados em nossa
maneira de pensar, sentir e viver, não é verdade que é Deus em sua graça que
chama o homem? Nosso Senhor não veio ao mundo porque foi chamado e solicitado
pelos homens. Não houve qualquer emissário que levou uma mensagem da terra ao
céu. Foi o amor de Deus e sua graça que enviou o Filho aqui, a fim de chamar
pecadores, tirando-os desse lamaçal e desse covil do pecado, a fim de conhecer
sua glória eternal.
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