“Eis que a mão do
Senhor não está encolhida, para que não possa salvar; nem surdo o seu ouvido,
para não poder ouvir. Mas as vossas iniquidades fazem separação entre vós e o
vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não
ouça” (Isaías 59:1,2).
A TRISTE CONDIÇÃO DO
HOMEM REVELADA: “Mas as vossas iniquidades...”
Finalmente, o texto mostra a reação de
Deus em relação aos pecados: “...e os vossos pecados esconderam o seu rosto de
vós, de modo que não vos ouça”.
Deus, não somente mostra que sua mão é a mesma mão de poder, suficiente e
poderosa para arrancar os pecadores da miserável condição onde o pecado lhes
colocou, como também mostra o quanto é o pecado e o viver no orgulho do pecado
que fazem com que seus ouvidos não ouçam. Por que ele fala isso? A razão óbvia
é que, quando não há intercessores; quando não surgem elementos que comparecem
perante Deus, em favor dos homens, eis que os ouvidos de Deus parecem surdos e
que seu rosto de amor não está direcionado aos homens.
No caso de Isaías 59, o contexto
anterior nos mostra a provisão do Sumo intercessor – o Senhor Jesus, a fim de
ser ele o Redentor do seu povo. Mas a bíblia inteira nos abre o cenário de
santos intercessores que se colocaram perante Deus em favor dos homens. Moisés
agiu assim, quando percebeu que a fúria de Deus estava acesa para destruir o
rebelde povo, o qual aos pés do Monte Sinai fez o bezerro de ouro. A ideia é
que homens santos conquistaram a face de Deus em suas intercessões, porque eles
bem sabiam que Deus se mantem distante, enquanto não houver quebrantamento da
parte de homens caídos no pecado. Deus sempre ergueu homens assim, como
Neemias, o qual clamou a Deus, vendo a situação de Jerusalém e de um povo que
estava na miséria (Neemias 1). Esdras também aparece como uma figura de real
importância na história de Israel, porque viu a miséria espiritual do povo em
Jerusalém e prontamente se dispôs a orar, clamar a Deus e persuadir o povo para
o arrependimento (Esdras 9 e 10). Quem pode ignorar a poderosa oração de
Daniel? (Daniel 9).
E como está a situação espiritual em
nossos dias? Não parece que há um avivamento? Que o evangelho está
verdadeiramente sendo propagado? Não parece que a mensagem santa propagou-se
uma mudança neste mundo? Parece, mas não é verdade. Estamos vivenciando os dias
mais perversos, justamente porque os homens conseguiram maquiar sua condição do
coração com os costumes “evangélicos”. A bíblia tem sido propagada, mas como um
livro que trata dos interesses materiais; o temor ao Senhor é completamente
ignorado; o reconhecimento de que Deus é soberano e santo é desconhecido em
geral e a chamada “adoração” não passa de shows da carne, porquanto os ímpios
conseguiram unir o mundo com o nome de Deus, de Jesus e de versos bíblicos.
Que triste situação, quando parece que a
mão de Deus está encolhida e que seus ouvidos estão surdos! O que está
acontecendo? Faltam profetas de Deus; faltam homens que preguem a verdade,
chamando homens e mulheres ao arrependimento; faltam crentes sinceros que estão
dispostos a reunir para orar; faltam essas tochas acesas, de corações sinceros,
os quais estão percebendo a condição atual e que se voltam para Deus em súplica
e intercessão. O braço do Senhor é forte e seus ouvidos estão abertos, mas
falta o clamor dos aflitos; faltam homens humilhados, os quais estão à busca desse
tão grande salvador e dessa salvação.
Que esta mensagem de dez páginas venha
despertar queridos para o momento tão oportuno, quando precisamos dos céus na
terra; da atmosfera da Nova Jerusalém aqui; dessa atuação compassiva de Deus em
favor dos homens.
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