“Mas longe esteja de mim gloriar-me, senão na cruz
de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim, e
eu, para o mundo” (Gálatas 6:14)
A INCLINAÇÃO NATURAL DO HOMEM EM
BUSCAR ONDE SE GLORIAR.
Nunca devemos baixar a guarda com nossa
inclinação natural, porque, por natureza somos idólatras e tendemos a seguir a
mentira. Todo pastor fiel sabe que a igreja de Deus precisa de constantes
ensinos e admoestações, caso contrário a tendência é buscar recursos em fontes
erradas e cheias de imundícies. Com os crentes na galácia foi assim, porque
eles estavam deixando os santos e preciosos ensinos da graça, a fim de entrar
no sistema escravizador da lei. Aqueles ensinos ministrados por judaizantes enganadores
pareciam bonitos e agradáveis à natureza arrogante, mas Paulo logo mostrou o
quanto eram venenosos e destruidores de um viver que se baseia inteiramente na
dependência de Deus e na força da sua graça.
Nós somos diferentes hoje? Não! Se não
seguirmos os ensinos distorcidos da lei de Moisés, certamente satanás nos fará
marchar para outra direção. Conheci uma senhora que se sentia imensamente
satisfeita numa religião, cujo costume dos fieis era se ostentar numa
vestimenta (para as mulheres) que não passava de extravagância, pois elas
deviam quase cobrir os pés, os braços até a mão e chegar ao pescoço. Se fosse
para uma região fria, seria de grande utilidade, mas para este clima
extremamente quente de Ribeirão Preto, esse costume mostrava ser realmente
esquisito.
Mas a natureza humana, distante da
compreensão real da graça de Deus, está em constante busca por aquilo que
salienta certa vanglória em si mesma. Os costumes religiosos conseguem cativar
a natureza carnal e tão arrogante dos homens caídos em Adão. Nós sempre
pensamos que esses costumes são abraçados somente por pessoas simples, incultas
e pobres, mas a verdade é que o engano do pecado impulsiona os ricos e sábios
deste mundo. Todos são atraídos pela jogada da superstição; todos se sentem bem
naquilo que parece ser espiritual, bonito e relevante para o suposto deus que
eles têm na mente. Não foi assim com Israel? Pois logo que aquele povo fora
tirado do Egito pela mão forte e poderosa de Jeová, eis que eles se reuniram
para fabricar o bezerro de ouro, adorá-lo e recepciona-lo como se fosse o deus
que lhes tirou do Egito.
Muitos encontram motivos de vanglória,
por exemplo, no batismo. Creem que a vida vai melhorar; que serão pessoas bem espirituais
e que andarão como crentes, porque passaram pelas aguas do batismo. Sem a
compreensão da verdade operante da graça salvadora em Cristo, a natureza carnal
há de buscar sempre meios para se gloriar na carne, assim como os judeus se
gloriavam na circuncisão. Este mundo está cheio dessas veredas tortuosas, as
quais chamam a atenção e nos hipnotizam. Ultimamente tenho visto o quanto esse
sistema diabólico pode levar homens e mulheres à práticas bobas e insensatas.
Conheci alguém que fanaticamente costumava jogar o chamado “sal ungido” nas
janelas de sua casa, a fim de que tudo ali fosse abençoado. É óbvio que as
janelas foram as primeiras “abençoadas” com as lindas cores de ferrugens.
Pessoas também acreditam que se puserem
a bíblia aberta num local estratégico de sua casa, os males sairão e as bênçãos
de Deus entrarão ali. Outros põem seus corações em alguma passagem da bíblia,
como o Salmo 91, e assim destacam esse maravilhoso Salmo em sua casa, porque
acreditam que os poderes das trevas cairão à direita e à esquerda. E assim
podemos multiplicar esses atos tão procurados e ambicionados pela natureza que
tanto é impulsionada a confiar na carne e nas mentiras emitidas por elementos
enviados por satanás.
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