terça-feira, 12 de dezembro de 2017

OCULTOS NA CRUZ (2)




“Mas longe esteja de mim gloriar-me, senão na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim, e eu, para o mundo” (Gálatas 6:14)
A INCLINAÇÃO NATURAL DO HOMEM EM BUSCAR ONDE SE GLORIAR.
        Nunca devemos baixar a guarda com nossa inclinação natural, porque, por natureza somos idólatras e tendemos a seguir a mentira. Todo pastor fiel sabe que a igreja de Deus precisa de constantes ensinos e admoestações, caso contrário a tendência é buscar recursos em fontes erradas e cheias de imundícies. Com os crentes na galácia foi assim, porque eles estavam deixando os santos e preciosos ensinos da graça, a fim de entrar no sistema escravizador da lei. Aqueles ensinos ministrados por judaizantes enganadores pareciam bonitos e agradáveis à natureza arrogante, mas Paulo logo mostrou o quanto eram venenosos e destruidores de um viver que se baseia inteiramente na dependência de Deus e na força da sua graça.
        Nós somos diferentes hoje? Não! Se não seguirmos os ensinos distorcidos da lei de Moisés, certamente satanás nos fará marchar para outra direção. Conheci uma senhora que se sentia imensamente satisfeita numa religião, cujo costume dos fieis era se ostentar numa vestimenta (para as mulheres) que não passava de extravagância, pois elas deviam quase cobrir os pés, os braços até a mão e chegar ao pescoço. Se fosse para uma região fria, seria de grande utilidade, mas para este clima extremamente quente de Ribeirão Preto, esse costume mostrava ser realmente esquisito.
        Mas a natureza humana, distante da compreensão real da graça de Deus, está em constante busca por aquilo que salienta certa vanglória em si mesma. Os costumes religiosos conseguem cativar a natureza carnal e tão arrogante dos homens caídos em Adão. Nós sempre pensamos que esses costumes são abraçados somente por pessoas simples, incultas e pobres, mas a verdade é que o engano do pecado impulsiona os ricos e sábios deste mundo. Todos são atraídos pela jogada da superstição; todos se sentem bem naquilo que parece ser espiritual, bonito e relevante para o suposto deus que eles têm na mente. Não foi assim com Israel? Pois logo que aquele povo fora tirado do Egito pela mão forte e poderosa de Jeová, eis que eles se reuniram para fabricar o bezerro de ouro, adorá-lo e recepciona-lo como se fosse o deus que lhes tirou do Egito.
        Muitos encontram motivos de vanglória, por exemplo, no batismo. Creem que a vida vai melhorar; que serão pessoas bem espirituais e que andarão como crentes, porque passaram pelas aguas do batismo. Sem a compreensão da verdade operante da graça salvadora em Cristo, a natureza carnal há de buscar sempre meios para se gloriar na carne, assim como os judeus se gloriavam na circuncisão. Este mundo está cheio dessas veredas tortuosas, as quais chamam a atenção e nos hipnotizam. Ultimamente tenho visto o quanto esse sistema diabólico pode levar homens e mulheres à práticas bobas e insensatas. Conheci alguém que fanaticamente costumava jogar o chamado “sal ungido” nas janelas de sua casa, a fim de que tudo ali fosse abençoado. É óbvio que as janelas foram as primeiras “abençoadas” com as lindas cores de ferrugens.
        Pessoas também acreditam que se puserem a bíblia aberta num local estratégico de sua casa, os males sairão e as bênçãos de Deus entrarão ali. Outros põem seus corações em alguma passagem da bíblia, como o Salmo 91, e assim destacam esse maravilhoso Salmo em sua casa, porque acreditam que os poderes das trevas cairão à direita e à esquerda. E assim podemos multiplicar esses atos tão procurados e ambicionados pela natureza que tanto é impulsionada a confiar na carne e nas mentiras emitidas por elementos enviados por satanás.

Nenhum comentário: