“Mas longe esteja de mim gloriar-me, senão na cruz
de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim, e
eu, para o mundo” (Gálatas 6:14)
A INCLINAÇÃO NATURAL DO HOMEM EM
BUSCAR ONDE SE GLORIAR.
Creio que é de vital importância que
conheçamos o real significado de estar ocultos na cruz por experiência. Paulo
está confessando humildemente sua fé, sua experiência de salvação e é para tal
verdade que todos os verdadeiros crentes devem voltar sua atenção. Não é algo
que a natureza carnal e arrogante quer confessar; não é algo que se possa falar
de boca para fora, porque se não vier do coração, não tardará a mostrar o
quanto a carne se sente frustrada.
Analisemos, à luz da experiência de Paulo
antes da sua conversão. Aquele incrível e sincero fariseu tentou por todos os
meios fazer o melhor que pudesse para alcançar justiça pelos seus méritos; ele
tinha motivos para gloriar-se em si mesmo, em sua religião, em cumprir os
requisitos da lei de Moisés. Olhando do ponto de vista de uma religião humana,
Paulo foi o melhor e mais tarimbado religioso que já existiu. Além disso, suas
motivações eram boas, porque fazia tudo aqui tendo em vista obter uma
ressurreição. Mas, assim que conheceu a Cristo, eis que logo percebeu o quanto
estava ajuntando lixo e amontoando palhas secas para o fogo eterno. Ele mesmo
diz que considerou tudo esterco, diante da perfeita justiça de Cristo.
Mas não é verdade que o verme quer levantar
sua cabeça e dizer o quanto é capaz? Quando os homens se aparecem, mostrando o
quanto são religiosamente capazes, é porque a vanglória humana quer
despistar-se da cruz. Não há uma mensagem mais ofensiva à natureza maligna do
que a mensagem do Cordeiro puro e imaculado, o qual ocupou o lugar de
miseráveis como eu. O que mais brilha hoje? É a mensagem da cruz? Claro que
não! Por essa razão não vemos avivamento em nossos dias, mas sim a energia da
carne se levantando para glorificar a si mesma. Há possibilidade de crentes
olharem para outra direção? Podem os salvos por Cristo perderem o foco do
calvário e do seu redentor? Claro que sim! Foi isso o que ocorreu com os
crentes na Galácia.
O que Paulo queria fazer era levar
aqueles queridos irmãos a mudar a atenção. Satanás havia desviado a atenção
deles da mensagem da cruz; eles estavam admirando a lei e suas práticas, as
quais não passavam de sombras das realidades eternas. Assim, a força da
confissão de Paulo veio para nos estimular em força; a fé daquele grande homem
veio para sustentar nossa fé. Paulo não queria jamais voltar ao curso enganoso
que seguia quando vivia na incredulidade. Então, seu exemplo de firmeza e
confiança contínua deve ser motivação para nós.
Caro leitor, todo ensino bíblico tem como
objetivo nos fazer mirar o Filho de Deus, como sendo ele o único substituto
perfeito que veio do céu para ocupar nosso lugar. A mensagem da cruz ocupa toda
Escritura. Foi essa mensagem que Abel queria conhecer, porque ele queria entrar
no Paraíso celestial. Então tomou todas as providências para buscar no sangue de
um cordeiro sua simbólica purificação. Ele aceitou o caminho de Deus e não o
caminho que seu irmão tomou.
Sendo assim, que vejamos os perigos
tremendos criados por satanás, tendo em vista nos desviar da verdade. Tudo hoje
no meio evangélico conspira contra um viver de humildade e dependência de Deus.
A igreja de Deus, o povo de Deus, bem como este mundo mau, deve saber que nossa
vanglória é desmanchada na cruz; que silenciamos quando ouvimos acerca da velha
história. Os pregadores chamados por Deus não devem parar de pregar essa
história; o sangue devem continuamente exibir sua função em relação aos nossos
pecados. Que não desviemos dessa mensagem.
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