segunda-feira, 13 de novembro de 2017

VIVER E MORRER - FRUTO NO VIVER (3)




“Porquanto, para mim o viver é Cristo e o morrer é lucro. Entretanto, se o viver na carne traz fruto para o meu trabalho, já não sei o que hei de escolher” Filipenses 1:21-23
O VIVER É CRISTO – BÊNÇÃOS ETERNAIS PARA ESTA VIDA: “...se o viver na carne traz...”.
        Sempre devemos lembrar que não atingiremos a perfeição enquanto aqui estivermos. Nosso corpo onde habitamos nos mergulha constantemente nesse mar de corrupção, morte e lutas tremendas, até que aquele dia chegue, quando com nossos corpos perfeitos, seremos semelhantes àquele que morreu, ressuscitou e que é vive para sempre. Afirmar que nesta vida alcançamos a perfeição é encher-se de mentiras. Lutamos por maturidade, por querer que nossa vida seja bem útil enquanto aqui vivermos; desejando que nossas luzes brilhem e que jamais venham a apagar com qualquer contaminação e imundície da carne.
        Lembramos, também que quanto mais santos formos, é melhor. Mas o preço é alto para viver em santidade. Quanto mais alto subirmos, mais longe o mundo fica de nós; quanto mais perto do Senhor andarmos aqui, é certo que o mundo nos odiará, tanto quanto odiaremos o mundo. O nosso desejo por viver por Cristo, agradá-lo e deseja-lo mais deve ampliar à cada momento, porque quanto mais perto do Santo, mais o mundo será visto como um lugar mesquinho, miserável e indesejável. Em Gênesis é dito que Enoque andou com Deus. Ora, o mundo naquele tempo era um lugar muito melhor para viver do que este mundo atual. A idade dos homens era milenar e havia vasta prosperidade em tudo, mas mesmo assim Enoque preferiu andar na presença santa, sábia e aconselhadora do Senhor, do que prezar um mundo erigido por uma mente perversa, como foi a de Caim.
        Outro detalhe de infinita importância é que o “viver e morrer” ensina sabedoria. A verdadeira arte da sabedoria não está em ganhar o mundo; não está em conquistar as conquistas daqui, mas sim em saber que aquilo que conquistarmos agora, por mais precioso que for, fatalmente haveremos de deixa-lo. Os que temem a Deus percebem logo o vazio desta vida e recusam por seus corações naquilo que não passa de sonho e que logo desaparece. O que temos aqui? Nada! O que vamos levar daqui? Nada! Nossos bens, filhos, pais, casas, etc. hão de dizer adeus para nós. Um dia fecharemos nossos olhos mortais e despediremos para sempre daquilo que achávamos que jamais deixaríamos.
        Não significa que essas coisas presentes não tenham valor. Mas o fato é que elas, quando se tornam nossa glória aqui, então fatalmente obstruem a visão eterna que precisamos ter. Nosso Senhor quando aqui andou, ele procurou apagar todo desejo terreno que era lícito, a fim de exaltar o que era permanente. Ele mesmo afirmou que sua família não era constituída por elementos naturais, mas sim espirituais, por aqueles que faziam a vontade de Deus no viver. A conversão de Saulo fez com que sua visão terrena fosse ofuscada pela glória de Cristo. Ele considerou as vantagens deste mundo como lixo, porque simplesmente queria ganhar Cristo. Aquele que lhe chamou para ser dele era seu maior tesouro. O Filho de Deus lhe conheceu e lhe amou na eternidade, agora ele – Saulo, queria ganhar Jesus; queria ser como ele é e andar com ele aqui. Para Paulo esse era o segredo de viver. Não deve ser esse nosso entusiasmo e propósito nesta vida passageira?

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