“Porquanto,
para mim o viver é Cristo e o morrer é lucro. Entretanto, se o viver na carne
traz fruto para o meu trabalho, já não sei o que hei de escolher” Filipenses
1:21-23
O
VIVER É CRISTO – BÊNÇÃOS ETERNAIS PARA ESTA VIDA: “...se o viver na carne
traz...”.
Sempre devemos lembrar que não atingiremos
a perfeição enquanto aqui estivermos. Nosso corpo onde habitamos nos mergulha
constantemente nesse mar de corrupção, morte e lutas tremendas, até que aquele
dia chegue, quando com nossos corpos perfeitos, seremos semelhantes àquele que
morreu, ressuscitou e que é vive para sempre. Afirmar que nesta vida alcançamos
a perfeição é encher-se de mentiras. Lutamos por maturidade, por querer que
nossa vida seja bem útil enquanto aqui vivermos; desejando que nossas luzes brilhem
e que jamais venham a apagar com qualquer contaminação e imundície da carne.
Lembramos, também que quanto mais santos
formos, é melhor. Mas o preço é alto para viver em santidade. Quanto mais alto
subirmos, mais longe o mundo fica de nós; quanto mais perto do Senhor andarmos
aqui, é certo que o mundo nos odiará, tanto quanto odiaremos o mundo. O nosso
desejo por viver por Cristo, agradá-lo e deseja-lo mais deve ampliar à cada
momento, porque quanto mais perto do Santo, mais o mundo será visto como um
lugar mesquinho, miserável e indesejável. Em Gênesis é dito que Enoque andou
com Deus. Ora, o mundo naquele tempo era um lugar muito melhor para viver do
que este mundo atual. A idade dos homens era milenar e havia vasta prosperidade
em tudo, mas mesmo assim Enoque preferiu andar na presença santa, sábia e
aconselhadora do Senhor, do que prezar um mundo erigido por uma mente perversa,
como foi a de Caim.
Outro detalhe de infinita importância é
que o “viver e morrer” ensina sabedoria. A verdadeira arte da sabedoria não
está em ganhar o mundo; não está em conquistar as conquistas daqui, mas sim em
saber que aquilo que conquistarmos agora, por mais precioso que for, fatalmente
haveremos de deixa-lo. Os que temem a Deus percebem logo o vazio desta vida e
recusam por seus corações naquilo que não passa de sonho e que logo desaparece.
O que temos aqui? Nada! O que vamos levar daqui? Nada! Nossos bens, filhos,
pais, casas, etc. hão de dizer adeus para nós. Um dia fecharemos nossos olhos
mortais e despediremos para sempre daquilo que achávamos que jamais
deixaríamos.
Não significa que essas coisas presentes
não tenham valor. Mas o fato é que elas, quando se tornam nossa glória aqui,
então fatalmente obstruem a visão eterna que precisamos ter. Nosso Senhor
quando aqui andou, ele procurou apagar todo desejo terreno que era lícito, a
fim de exaltar o que era permanente. Ele mesmo afirmou que sua família não era constituída
por elementos naturais, mas sim espirituais, por aqueles que faziam a vontade
de Deus no viver. A conversão de Saulo fez com que sua visão terrena fosse
ofuscada pela glória de Cristo. Ele considerou as vantagens deste mundo como
lixo, porque simplesmente queria ganhar Cristo. Aquele que lhe chamou para ser
dele era seu maior tesouro. O Filho de Deus lhe conheceu e lhe amou na
eternidade, agora ele – Saulo, queria ganhar Jesus; queria ser como ele é e
andar com ele aqui. Para Paulo esse era o segredo de viver. Não deve ser esse
nosso entusiasmo e propósito nesta vida passageira?
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