“Ninguém há que clame
pela justiça, ninguém que compareça em juízo pela verdade; confiam no que é
nulo e andam falando mentiras, concebem o mal e dão à luz a iniquidade. Chocam
ovos de áspide e tecem teias de aranha; o que comer os ovos dela morrerá; se um
dos ovos é pisado, sai-lhe uma víbora” (Isaías 59:4,5)
VISTA
SOCIALMENTE:
COMPLETA IGNORÂNCIA
DA CONDENAÇÃO MERECIDA: “Ninguém há que invoque a
justiça com retidão...”
Quando não é pregado o
evangelho da perfeita justiça de Cristo, eis que os homens começam a mostrar o
quanto parecem ser cheios de justiça. Sem a justiça de Cristo, os homens sobem
na soberba, porque a mensagem dos falsos mestres começa a ser bem recebida,
como se viesse do céu e pastores e pregadores começam a ser idolatrados. Onde a
glória de Cristo no evangelho não é mostrada, então os homens enaltecem os
homens. Estamos vivenciando isso em nossos dias, porque o que predomina não é o
temor ao Senhor, mas sim a confiança que os homens têm nos homens. Os que
tentam ser bonzinhos para com Deus, fazem isso porque querem apaziguar seus
pecados com seus feitos.
Caro leitor, não esqueçamos
que o pecado é ludibriador, pois encobre a realidade das coisas com obras da
carne. Quando Deus não está sendo glorificado por meio da sua santa mensagem,
eis que a força da carne se desponta em feitos religiosos. A natureza carnal
consegue fazer coisas inauditas, que até mesmo parecem ser espirituais. A mente
do homem é capaz de querer sobrepujar as Escrituras e mostrar que pode mais do
que Deus tem mostrado. As emoções dos homens operam com tamanha força que
conseguem fascinar a carne e elevar as alturas da glória. Nada mais pode
fascinar o homem do que as obras religiosas feitas na carne, porque elas se
disfarçam bem e fazem os homens pensar que Deus está impressionado. As obras da
carne tentam prevalecer de tal maneira que querem superar o temor, a oração, a
santidade e a autoridade da palavra. Quanto perigo! Cuidemos porque o melado
pode parecer com o mel e a bijuteria pode parecer com ouro.
Também, a ausência da justiça de Cristo fortifica o orgulho e
multiplica a religiosidade falsa. A perfeita justiça de Cristo no homem enche o
coração de profundo temor, envolvendo seu viver em todos os aspectos. A justiça
achada apenas em Cristo suplanta poderosamente a natureza carnal em sua
tentativa de mostrar que é melhor, religiosa e cheia de bondade. Quando não há
isso, eis que haverá ausência do verdadeiro culto a Deus; a tentativa de
exaltar a Deus será feita no esforço da carne e não pela obra triunfante da
cruz. A ausência da perfeita justiça alcançada na conversão genuína é mostrada
no fato que a pessoa jamais mostrará ser uma ovelha de Cristo; o orgulho
prevalece e a pessoa andará descuidada, sem qualquer desejo de ter a liderança
do Senhor no viver.
A falta da verdadeira justiça em Cristo
faz com que a falsa paz ocupe o coração e ela estará acesa pelas obras da
carne, mas apagará ante os momentos de trevas, de provações e na solidão da
alma. Somente a poderosa justiça em Cristo que pode conceder a paz com Deus.
Quando não há isso os homens estarão buscando a paz consigo mesmo e com os
homens; o culto nunca será verdadeiro, porque seus lábios não testificarão da
verdade no íntimo. A ausência da paz com Deus mediante o sangue fará com que os
cultos sejam recheados de novidades, suplantará o sacrifício vivo santo e agradável
a Deus, a fim de que o mundo entre com suas propostas de um culto que agrada o
ego.
A mensagem do evangelho proclama a paz
com Deus mediante o sangue de Cristo e é essa a mensagem que silencia o velho
homem, a fim de que Cristo, o Cordeiro seja manifestado em sua triunfante obra
na cruz.
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