quarta-feira, 29 de novembro de 2017

A DESESPERADORA CONDIÇÃO DO HOMEM (4)



                    
“Ninguém há que clame pela justiça, ninguém que compareça em juízo pela verdade; confiam no que é nulo e andam falando mentiras, concebem o mal e dão à luz a iniquidade. Chocam ovos de áspide e tecem teias de aranha; o que comer os ovos dela morrerá; se um dos ovos é pisado, sai-lhe uma víbora” (Isaías 59:4,5)
VISTA SOCIALMENTE: 
COMPLETA IGNORÂNCIA DA CONDENAÇÃO MERECIDA: “Ninguém há que invoque a justiça com retidão...”
        Quando não é pregado o evangelho da perfeita justiça de Cristo, eis que os homens começam a mostrar o quanto parecem ser cheios de justiça. Sem a justiça de Cristo, os homens sobem na soberba, porque a mensagem dos falsos mestres começa a ser bem recebida, como se viesse do céu e pastores e pregadores começam a ser idolatrados. Onde a glória de Cristo no evangelho não é mostrada, então os homens enaltecem os homens. Estamos vivenciando isso em nossos dias, porque o que predomina não é o temor ao Senhor, mas sim a confiança que os homens têm nos homens. Os que tentam ser bonzinhos para com Deus, fazem isso porque querem apaziguar seus pecados com seus feitos.
        Caro leitor, não esqueçamos que o pecado é ludibriador, pois encobre a realidade das coisas com obras da carne. Quando Deus não está sendo glorificado por meio da sua santa mensagem, eis que a força da carne se desponta em feitos religiosos. A natureza carnal consegue fazer coisas inauditas, que até mesmo parecem ser espirituais. A mente do homem é capaz de querer sobrepujar as Escrituras e mostrar que pode mais do que Deus tem mostrado. As emoções dos homens operam com tamanha força que conseguem fascinar a carne e elevar as alturas da glória. Nada mais pode fascinar o homem do que as obras religiosas feitas na carne, porque elas se disfarçam bem e fazem os homens pensar que Deus está impressionado. As obras da carne tentam prevalecer de tal maneira que querem superar o temor, a oração, a santidade e a autoridade da palavra. Quanto perigo! Cuidemos porque o melado pode parecer com o mel e a bijuteria pode parecer com ouro.
        Também, a ausência da justiça de Cristo fortifica o orgulho e multiplica a religiosidade falsa. A perfeita justiça de Cristo no homem enche o coração de profundo temor, envolvendo seu viver em todos os aspectos. A justiça achada apenas em Cristo suplanta poderosamente a natureza carnal em sua tentativa de mostrar que é melhor, religiosa e cheia de bondade. Quando não há isso, eis que haverá ausência do verdadeiro culto a Deus; a tentativa de exaltar a Deus será feita no esforço da carne e não pela obra triunfante da cruz. A ausência da perfeita justiça alcançada na conversão genuína é mostrada no fato que a pessoa jamais mostrará ser uma ovelha de Cristo; o orgulho prevalece e a pessoa andará descuidada, sem qualquer desejo de ter a liderança do Senhor no viver.
        A falta da verdadeira justiça em Cristo faz com que a falsa paz ocupe o coração e ela estará acesa pelas obras da carne, mas apagará ante os momentos de trevas, de provações e na solidão da alma. Somente a poderosa justiça em Cristo que pode conceder a paz com Deus. Quando não há isso os homens estarão buscando a paz consigo mesmo e com os homens; o culto nunca será verdadeiro, porque seus lábios não testificarão da verdade no íntimo. A ausência da paz com Deus mediante o sangue fará com que os cultos sejam recheados de novidades, suplantará o sacrifício vivo santo e agradável a Deus, a fim de que o mundo entre com suas propostas de um culto que agrada o ego.
        A mensagem do evangelho proclama a paz com Deus mediante o sangue de Cristo e é essa a mensagem que silencia o velho homem, a fim de que Cristo, o Cordeiro seja manifestado em sua triunfante obra na cruz.

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