terça-feira, 14 de novembro de 2017

VAIDADE OU MISERICÓRDIA (6)



                                
“Quando, dentro de mim, desfalecia a minha alma, eu me lembrei do Senhor e subiu a ti a minha oração, no teu santo templo. Os que se entregam à idolatria vã abandonam aquele que lhes é misericordioso. Mas, com voz do agradecimento, eu te oferecerei sacrifícios; o que votei pagarei. Ao Senhor pertence a salvação” (Jonas 2:7-9).
O RESULTADO DESASTROSO NO VIVER: “...deixam a sua         misericórdia”.       
        Agora quero considerar no texto a frase: “...deixam a sua misericórdia”. Vejo essas palavras que saem da boca de um homem humilhado no ventre de um grande peixe como palavras de sabedoria. Quando homens veem a loucura em ter dado lugar às vaidades e trivialidades deste mundo e da carne, imediatamente descobrem que abandonaram a misericórdia de Deus. Aliás, o grande Deus de Jonas é o Deus de misericórdia; seu principal ensino no trato com os homens no mundo é que ele age por misericórdia, assim como tratou com o cruel povo assírio da cidade de Nínive.
        Mas quero aqui mostrar o quanto o engano do pecado cerca os corações com mentiras acerca de Deus. A primeira lição é que os homens veem tudo na vida aqui como se eles tivessem direito. Aliás, já entramos neste mundo chorando, gritando, esperneando e no coração declarando que tudo é nosso e que nosso alvo é conquistar tudo para nós. Esse é o poderoso legado do pecado no coração. Um homem de Deus como Jonas não escapou dessa trama do coração, porque sabendo que Deus é um Deus de misericórdia, mesmo assim lutou para que Deus mudasse de atitude e matasse toda aquela população. Foi assim com discípulos do Senhor, porque quando o povo samaritano não os recebeu, queriam orar para que o fogo do céu descesse e destruísse todos eles. É óbvio que imediatamente foram repreendidos pelo Senhor, o qual mostrou que sua missão não era destruir, porém salvar os homens.
        O chamado cristianismo de hoje ignora completamente o trabalho compassivo de Deus em favor da raça caída, porque em nada somos diferentes do perverso povo assírio. Mas eu sei o quanto o forte humanismo pesou muito na concepção de salvação. A maior parte do povo chamado crente crê que a fé vem do homem; nada conheceram do arrependimento de onde provem a fé verdadeira. Quando a mensagem é centrada no homem, eis que eles continuam egoístas e centrados em seus miseráveis e terrenos interesses. Quando buscamos a felicidade no mundo e não no Senhor, eis que este é tão desprezado, Israel desprezou o Maná no deserto. Sendo assim, tudo o que é valioso e eterno perde o valor em nossos corações. Passamos a olhar com desprezo as almas de milhares; passamos a ignorar que Deus trata aos homens com imensa compaixão. Queremos os homens quando eles têm um significado importante naquilo que nos interessa.
        Assim, a negação de Deus no viver é inevitável. Se jamais fomos humilhados em nossa miserável condição, então não teremos qualquer condição de buscar o bem eterno de nossos semelhantes. Quando o domínio do pecado não for tirado no coração, então queremos agarrar a paz de qualquer maneira aqui, para nosso prejuízo e prejuízo de todos que estão ao nosso derredor. Então, eis que satanás se manifesta como sendo ele mesmo Deus; ele aparece bem disfarçado de Cristo e de um bom consolador. Assim ele leva os corações arrogantes a buscar uma divindade adaptada aos nossos gostos. Que triste situação! Que o Senhor nos livre dessas fraudes do pai da mentira!

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