“Eis que a mão do
Senhor não está encolhida, para que não possa salvar; nem surdo o seu ouvido,
para não poder ouvir. Mas as vossas iniquidades fazem separação entre vós e o
vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não
ouça” (Isaías 59:1,2).
INTRODUÇÃO:
Creio que posso permanecer um pouco mais
nessa introdução, a fim de que possa fixar com mais firmeza as verdades que
envolvem o contexto social em Israel e como essas lições são incrivelmente
relevantes para nossos dias. Por essa razão peço a paciência do leitor, pois
quero dirigir-me aos que realmente amam a verdade e que por isso querem
estabelecer a fé e o viver na verdade, conforme nos foi revelado. A nação de
Israel estava sendo regida por profundo orgulho religioso, e o engano do pecado
lhes levava a pensar de forma enganosa que tudo o que faziam era bem aceito por
Deus. Eles, aos olhos dos homens faziam exatamente o que faziam os fariseus nos
dias do Senhor Jesus na terra. Eles jejuavam e todos ficavam sabendo; faziam
sacrifícios extravagantes, porém seus corações não eram do Senhor. Eles eram
mundanos, idólatras e cheios de paixões que viviam encobertos, mas que eram
vistos por Deus.
O que aquele povo fazia três mil anos
atrás em nada difere daquilo que vemos ocorrendo nestes dias modernos. Pelo
menos o que vejo aqui no Brasil é muita religião nova, muitas atividades,
muitos louvores, muita alegria mobilizada pelo sentimento, mas não pela
verdade. O que realmente acontece é que a palavra de Deus está sendo
gradativamente rejeitada. Eles querem ouvir a palavra, mas naquilo que gostam
de ouvir. Eles querem ouvir que vão para o céu, que foram eleitos, que foram
definitivamente salvos e que com essa salvação estão eternamente seguros, mesmo
que andem de qualquer maneira neste mundo. Mas é fato que seus ouvidos estão
surdos para a verdade; não querem ser descobertos pela espada do Espírito; não
querem que o fogo santo da verdade venha para queimar a falsa paz e destruir a
soberba acobertada pela falsa espiritualidade.
Não há um caminho melhor para satanás
enganar a população, do que o caminho religioso, dando a impressão que está
ocorrendo um avivamento. Mas a verdade é que é mentira bem disfarçada. Quanto
mais os homens se tornarem mais “evangélicos”, carregando consigo alguns versos
bíblicos, eis que seus corações ficam ainda mais endurecidos contra a verdade.
O efeito é devastador, porque o amor ao dinheiro fará com que pastores agradem
mais os homens do que a Deus; fará com que os verdadeiros princípios de culto a
Deus sejam ocupados por sistemas mundanos que atraem a natureza carnal e
corrompida dos homens. O que teremos a seguir? As experiências ocupando o lugar
do ensino; a piedade cristã sendo apenas uma manifestação externa de vida e não
algo do coração; as pregações sendo preleções que agradam o ego e enaltecem o
pregador aos olhos da multidão.
Assim, a maldade entra de forma encoberta
na igreja e aos poucos elementos profanos e iníquos aparecem para subornar
pastores, a fim de que façam o que eles querem. Eis aí a força do humanismo que
engrossa o caldo dia após dia! Eis aí a glória de Deus sendo encoberta pela
glória do homem e deste mundo! Eis aí a grande vitória do diabo, o pai da
mentira, porque assim ele consegue encobrir a realidade do homem no coração.
Que o Senhor nos envolva com sua misericórdia e que ainda vejamos sua visitação
chegando no meio dos homens, em lugar de seu aterrorizante juízo.
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