“Eis que a mão do
Senhor não está encolhida, para que não possa salvar; nem surdo o seu ouvido,
para não poder ouvir. Mas as vossas iniquidades fazem separação entre vós e o
vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não
ouça” (Isaías 59:1,2).
A FIDELIDADE DO DEUS
SALVADOR “Eis que a mão do Senhor não está...”
Que Deus fiel! Que Senhor compassivo com
seu povo! Não é isso o que aprendemos? Nossa natureza adâmica, cheia de
idolatria, amante de si mesma, sempre há de duvidar desse Deus da bíblia.
Quando diz que a mão do Senhor não está encolhida é Deus mesmo mostrando que
ele permanece sendo ele o mesmo poderoso salvador. Os braços de Moisés
cansaram, por isso Arão e Ur tiveram que segurá-los, a fim de que a vitória contra
os Amalequitas fosse completa (Êxodo 17); homens fortes e valentes como Davi e
Josué, sentiram na velhice o quanto estavam fisicamente fracos e impotentes.
Mas não é o caso do grande Deus de Israel, porque os milhares de anos passam,
gerações vão e vem, e ele permanece o mesmo Senhor e Salvador, porquanto sua
mão continua estendida, pronta para a batalha da salvação. Que grande guerreiro!
Quão glorioso e valente é esse Deus Autor da salvação!
A figura de linguagem usada a respeito
de Deus: “a mão do Senhor”, é para que nós entendamos o fato que ele está em
plena atividade no tocante à salvação dos pecadores. No próprio capítulo 59 de
Isaías Deus mostra seu Messias – Jesus como seu braço forte: “Viu que não havia
ajudador algum e maravilhou-se de que não houvesse um intercessor; pelo que seu
próprio braço lhe trouxe a salvação, e a sua própria justiça o susteve” (verso
16). O braço de Deus é uma referência ao Salvador Jesus que viria ao mundo para
a grande conquista na cruz, conforme a profecia do conhecido capítulo 53. O “braço
de Deus” também mostra que não há outro; que entre os homens não foi achado
ninguém que pudesse conquistar essa imensa e eterna redenção aos homens
perdidos. Deus está declarando que essa atividade é total e exclusivamente do
grande Deus: “E não salvação em nenhum outro...” (Atos 4:12).
Outra lição que surge dessa verdade é
que, em qualquer época, em qualquer circunstância; em dias de guerra, de
prosperidade, de apostasia ou de profundas trevas que assolam este mundo, o
Senhor não mudou, ele é o mesmo Salvador. O Salvador não é uma mera história
passada; a salvação não foi uma conquista para épocas diferentes. Não! Cristo é
o mesmo poderoso salvador. Procuro acentuar essa verdade porque nossa tendência
é ignorar isso; é com o tempo achar que as coisas mudaram, que Deus mudou e que
não age da mesma forma como fazia antigamente. Sempre estamos querendo
manipular as Escrituras e passar por cima de coisas imutáveis.
Assim, estas lições vêm nos mostrar que
as coisas não ficaram diferentes no que tange a salvação de Deus. O mundo
moderno é cheio de beleza, tecnologia, e revelam o quanto os homens são
espertos, capazes, comunicativos, etc. Tudo agora está, como que dizendo que
não precisa de Deus; que ele enfraqueceu e que já declinou seu ministério de
salvar. Parece que os homens têm agora a incumbência de “faça a tua parte que
eu te ajudarei”. Foi assim com Israel nos dias de Isaías, pois a maldade
avançou e parecia que a porta do céu tinha fechado. Mas, eis que o grande Deus
mostra a nós seu forte braço; está declarando que ele é o mesmo; que no tocante
à sua salvação ele opera como sempre operou em relação aos pecadores.
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