“Quando,
dentro de mim, desfalecia a minha alma, eu me lembrei do Senhor e subiu a ti a
minha oração, no teu santo templo. Os que se entregam à idolatria vã abandonam
aquele que lhes é misericordioso. Mas, com voz do agradecimento, eu te
oferecerei sacrifícios; o que votei pagarei. Ao Senhor pertence a salvação”
(Jonas 2:7-9).
O
HOMEM LÁ EM BAIXO: “...eu me lembrei do Senhor...”.
Não há dúvidas que o livro desse profeta
é prova clara da inspiração divina. O que temos em cada capítulo é a notória
manifestação da compaixão de Deus trazendo sua bondade e graça. No primeiro
capítulo temos um avivamento no navio. No segundo temos um avivamento no mar.
No terceiro temos um avivamento na cidade e no último vemos como Deus mostra
que é um Deus de compaixão em favor de uma raça caída. Sendo assim, podemos
tirar desse grandioso livro riquíssimas lições para nossos dias tão maus e amadurecidos
para o juízo de Deus, sabendo que em sua ira Deus se lembra da sua
misericórdia.
Agora nossa atenção se volta para o
profeta já atirado no mar e engolido pelo grande peixe. A sobrevivência dele na
barriga de um grande animal marinho não deve levar a fé a duvidar da
autenticidade dessa história, porque o Deus da revelação bíblica opera
maravilhas. Quem não crê não aceitará nada da bíblia, porque a palavra de Deus
não é dirigida aos corações arrogantes, levados pelo combustível da
incredulidade. Jonas estava sob a proteção de Deus, sendo assim não havia um “apartamento”
melhor para ele do que o ventre daquele imenso peixe. Foi ali que Deus deixou
seu servo sozinho, desamparado, a fim de falar ao seu coração orgulhoso. É assim
que Deus faz com muitos homens e mulheres, deixando-os atirados na solidão e desespero,
para que sua voz de amor seja ouvida.
No caso de Jonas vemos o que acontece
com uma alma arrependida. Não tem algo mais maravilhoso que possa acontecer na
vida de homens e mulheres do que o arrependimento, quando vem de Deus. A vida
de alguém começa no arrependimento, porque é nessa amarga experiência que o
homem se vê só; quando esvai toda vaidade e toda soberba. É óbvio que milhares
são jogados à essa condição, sem contudo conhecer o real significado do
arrependimento. Judas foi atirado ao desamparo, mas o que houve nele foi
remorso e não arrependimento. Milhares se suicidam, choram, se desesperam e
buscam desesperadamente ajuda de psiquiatras e psicólogos. Mas não é
arrependimento que vem de Deus.
O que aconteceu com Jonas? Sua boca foi
aberta para invocar o Senhor: “...e subiu a ti a minha oração...”. Eis aí o
toque do sublime trabalho da graça no coração do homem. Sem Deus ele se atira
ao desespero; ele invoca seus ídolos e busca o socorro do homem. Mas não é
assim no caso do arrependido. Quando o homem ora ao Senhor de todo coração, é
porque o Senhor está perto dele. Quando o homem desce às profundezas da sua
miséria, então sua invocação funciona como uma flecha. Sua descida é como o
puxar do arco com força para baixo, assim a flecha da oração sobe às alturas.
Quando isso acontece? Quando os homens são
rebaixados, humilhados, postos na posição de vermes, indignos e vis. Quem faz
isso? Deus! Precisamos dessas manifestações da ternura e bondade do Senhor em
nossos dias, trazendo nas asas da graça a sua visitação que leva homens e
mulheres a clamar, invocar seu nome para serem salvos.
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