sexta-feira, 10 de novembro de 2017

VAIDADE OU MISERICÓRDIA (4)




“Quando, dentro de mim, desfalecia a minha alma, eu me lembrei do Senhor e subiu a ti a minha oração, no teu santo templo. Os que se entregam à idolatria vã abandonam aquele que lhes é misericordioso. Mas, com voz do agradecimento, eu te oferecerei sacrifícios; o que votei pagarei. Ao Senhor pertence a salvação” (Jonas 2:7-9).
O HOMEM LÁ EM BAIXO: “...eu me lembrei do Senhor...”.
        Quero permanecer um pouco mostrando quão maravilhosa é a graça em levar o homem ao desespero e sincera confissão, como ocorreu com Jonas: “...eu me lembrei do Senhor...”. O profeta reconheceu que sua atitude de raiva contra os ninivitas era raivosa; que ao desejar a morte de seus inimigos, realmente esqueceu que seu Deus era o Deus de compaixão. A vaidade não pode ser percebida no coração, senão quando Deus mostra, e muitas vezes faz isso levando a pessoa a experiências dramáticas, como ocorreu com Jonas. Diante dessas verdades precisamos saber o quanto a vaidade é de extremo perigo, especialmente porque em nossos dias satanás tem enchido este mundo com seus prazeres e promessas de um mundo melhor e mais aprazível.
        A vaidade é idolatria. E o que é idolatria? Não é desviar os olhos do Senhor, a fim de focar naquilo que é ilusão? Quantas vezes Deus chamou a atenção de Israel por causa da idolatria! Ele fez isso porque nossa inclinação natural é para aquilo que tanto interessa à nossa natureza pervertida e supersticiosa. Foi por isso que João encerrou sua primeira carta alertando os crentes contra esse perigo: “...guardai-vos dos ídolos”. A vaidade nos faz tirar os olhos do Senhor; nos faz arrogantes, dominados no íntimo pelas riquezas e pelas alegrias vistas neste mundo. A vaidade anula a piedade, a devoção, a consagração e até mesmo a gratidão. A vaidade nos faz esquecer de todo benefício recebido e nos leva a agir como crianças, egoístas e perversos.
        A vaidade é mostrada quando nos não cremos no Senhor e em suas promessas. Falamos de Deus, mas esse Deus é aquele que a própria vaidade criou em nosso enganoso coração. A vaidade aparece quando não agimos como ovelhas, simples, humildes e dependentes. Nossos atos mostram o quanto mais parecemos bodes, prontos para o ataque quando somos repreendidos. A vaidade é revelada quando queremos uma religião diferente, centrada em nossos interesses; quando não interessamos pelas verdades que são cruciais para nosso desenvolvimento na fé, na esperança e no amor. E quando não tratada com santa confissão perante o Senhor, eis que a vaidade prepara o caminho para outras atividades pervertidas. Se a nossa carne não for subjugada e dominada pelo poder do Espírito e da palavra, certamente se mostrará como é forte, monstruosa e dominadora.
        Hoje tenho visto como são poucos os sinceros crentes, que amam a palavra e que querem, de fato viver para a glória de Deus. Não vaidade quando estamos agradando o Senhor em nosso viver. Não há vaidade no dinheiro, nos filmes, nos passeios, etc. O perigo da vaidade aparece quando nos afastamos do Senhor, deixando de aproveitar a graça de Deus naquilo que é mais importante para nosso viver: Ouvir a palavra, viver em oração, meditação e leitura bíblica, estar com o povo de Deus na casa de Deus e também buscar conselhos com aqueles que querem ajudar nossa vida espiritual a crescer e prosperar cada vez mais em santidade, amor e esperança.

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