segunda-feira, 27 de novembro de 2017

A DESESPERADORA CONDIÇÃO DO HOMEM (2)



                         
“Ninguém há que clame pela justiça, ninguém que compareça em juízo pela verdade; confiam no que é nulo e andam falando mentiras, concebem o mal e dão à luz a iniquidade. Chocam ovos de áspide e tecem teias de aranha; o que comer os ovos dela morrerá; se um dos ovos é pisado, sai-lhe uma víbora” (Isaías 59:4,5)
         VISTA SOCIALMENTE: 
COMPLETA IGNORÂNCIA DA CONDENAÇÃO MERECIDA: “Ninguém há que invoque a justiça com retidão...”
         Caro leitor, minha oração é que seus olhos sejam abertos por Deus, a fim de que vejam como está a condição espiritual do povo em nossos dias. Esse texto de Isaías vem revelar o quanto a situação é de terrível endurecimento, quando a verdade é retirada e satanás aproveita o embalo para se apresentar disfarçado de Deus e de Cristo. Quero que você leitor, possa olhar o que está escrito, enquanto vou discorrendo o texto, a fim de que analisemos as condições atuais à luz daquilo que Deus nos revelou em sua palavra bendita.
         A primeira lição é ausência de justiça: “Ninguém há que invoque a justiça com retidão...”. Quando isso ocorre é porque o povo está contente com sua própria condição no coração. Satanás é esperto e consegue bem encobrir o poço da perdição, estado no qual está o coração do homem. O pai da mentira consegue fazer com que os homens se encham de atividades lindas, belas, religiosas e cheias de sentimentos, mas perigosas, letais, porque elas encobrem o coração e levam os homens à ilusão de que Deus está contente com eles e que são bem aceitos naquilo que fazem. Quando isso ocorre, eis que é impossível a verdade do evangelho entrar; é impossível para a espada do espírito penetrar a alma e cortar o coração. Então, ao invés de tristeza, temos só alegria; ao invés de humilhação, vemos a soberba carne se erguendo, bem disfarçada contra Deus e contra a verdade da cruz.
         Amado leitor, o que estamos tratando aqui é da ausência da justiça conforme Deus mostra. O homem nasce com uma grossa capa de justiça, tentando encobrir sua condição tão terrível, no qual o pecado lhe colocou. Ele luta para maquiar-se religiosamente; ele luta para mostrar que não é tão mal assim, como a bíblia fala. Ele permite que a sua condição seja vista superficialmente e não em sua profundidade. Por essa razão, nada é visto conforme Deus apresenta. Ora, o grande e Santo Senhor declara que, o que falta no homem é perfeita justiça. Ele afirma que a queda em Adão lhe deixou torto na alma, por essa razão seus pensamentos são errados; suas emoções não funcionam corretamente e seu caminho é cheio de miséria. A verdade vem revelar; o evangelho da glória de Cristo vem fazer notória a condição miserável do homem, conforme a linguagem vista em Isaías 64:6: “Mas todos nós somos como o imundo...”.
         Quais são as consequências disso? A primeira é o forte humanismo, que cresce e espalha como ervas daninhas. Deus, então, é visto como um ser que busca nossa felicidade terrena; que os homens merecem as coisas de Deus e que a salvação consiste em buscar essa felicidade social aqui. O que vemos ocorrendo não o temor ao Senhor; não são almas com sede do Deus vivo; não é um interesse desperto pelas notícias eternas da graça. O que vemos é uma busca pelo divertimento, por alegria passageira, por comida, festas e outras atividades. Nesse ambiente mundano e social não há lugar para humilhação, disposição de agradar a Deus; disposição de sofrer perseguição empreendida pelos ímpios, de ficar só, de carregar a cruz.
         Que momento terrível! O que precisamos agora é de homens e mulheres que estão dispostos a pagar o preço da oração, do clamor, da súplica, a fim de que as misericórdias do alto venham a acender sobre essa geração perversa que caminha para a perdição sem perceber o perigo adiante.

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