sexta-feira, 3 de outubro de 2014

TRABALHO PERFEITO DO EVANGELHO (12)




Curai enfermos, ressuscitai mortos, purificai leprosos, expeli demônios; de graça recebestes, de graça daí” (Mateus 10:8).
LIDANDO COM O PECADO: “...purificai leprosos...”    
         Caro leitor, talvez você esteja considerando a lepra como fazendo parte das enfermidades. Eu entendo, justamente porque não posso forçar as Escrituras a falar aquilo que eu quero ou penso. Ao fazer assim estarei caminhando para os perigos das heresias. Mas usemos um pouco do raciocínio e assim veremos que nosso Senhor poderia ter incluído essa terrível moléstia com todas as enfermidades e nem sequer mencioná-la nas quatro ordens: “...purificai leprosos...”. Pelo aspecto físico a lepra deveria estar contada entre as enfermidades. Mas quero aqui mostrar como ela deve ser separada, como nosso Senhor a separou, para mostrar o quanto ela se identifica com o pecado.
         Posso levar o leitor atento aos dois capítulos 13 e 14 de Levítico, que tratam da lepra e como deveria ser tratada na sociedade judaica. É claro que muitos ensinos da lei dados em Israel serviam como símbolos das realidades eternas vistas agora na graça. Por exemplo, vemos no cap. 11 do mesmo livro acerca dos animais limpos e imundos, os quais deveriam servir ou não servir como alimentação para a nação. Está bem claro em Atos 10 que trazendo para a graça Deus mostra que o evangelho é para todos os povos. Assim também devemos tomar a lepra como um símbolo do pecado, pois ali vemos como era aterrorizante e extremamente contagiosa essa moléstia e como deveria ser tratada, a fim de não dizimar toda nação. O que a lepra é para o físico, o pecado é para o homem em todo aspecto. Façamos uma comparação.
         A lepra era destruidora, contagiante, repulsiva, etc. Assim é o pecado em todas as suas manifestações. O leproso era afastado da sociedade, considerado imundo e inútil. O pecado do ponto de vista da Palavra de Deus tornou o homem assim também. Em Romanos 3:12 Paulo afirma: “Todos se extraviaram, à  uma se fizeram inúteis...”. No pecado o homem está numa condição tão vil que é impossível oferecer culto a Deus em todos os aspectos do seu viver. A lepra quando não era tratada simplesmente destruía todo sistema nervoso da pessoa e todo seu corpo era levado aos poucos a falência.
         Caro leitor, o pecado é infinitamente pior, porque trouxe primeiramente a morte espiritual e ao poucos vai matando o homem em seu corpo. O pecado não respeita idade, não admira a infância nem a força da juventude. No pecado o homem já entra no mundo pronto para morrer a qualquer instante. No pecado o homem é chamado de imundo (Isaías 64:6) e não há qualquer esperança de recuperação nele mesmo. No pecado o homem está isolado, atirado entre os mortos. No pecado o homem está amadurecido para o juízo, a fim de ser atirado ao Geena de fogo.
         Onde está a esperança para o pobre pecador? Milhares nada sentem dos distúrbios e aflições do pecado, porque satanás utiliza seus recursos enganosos a fim de dar alívio aos homens. A esperança para o pobre pecador está no evangelho: “...purificai leprosos...”. Eis aí a ordem do céu por meio do evangelho para trazer purificação para as almas infectadas pelo pecado. O leproso na sociedade judaica era levado ao Sumo Sacerdote. O pecador agora é chamado para aproximar-se do glorioso Sumo-Sacerdote celestial, o Senhor Jesus. Ele, com Seu próprio sangue, pode purificar para sempre o pecador.

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