sexta-feira, 3 de outubro de 2014

A VISÃO DE DEUS A RESPEITO DO HOMEM (10)




Uma voz diz: Clama; e alguém pergunta: Que hei de clamar? Toda carne é erva, e toda a sua glória como a flor da erva; seca-se a erva, e caem as flores, soprando nelas o hálito do Senhor. Na verdade, o povo é erva; seca-se a erva, e cai a sua flor, mas a Palavra de nosso Deus permanece eternamente”. (Isaías 40:6-8)
O JUÍZO DE DEUS SOBRE A CARNE COM SUA GLÓRIA: “Seca-se a          erva...”
         Caro leitor, o que acontece conosco, pobre ervas frágeis? O tempo aparece para mostrar como os homens secam imediatamente, assim como acontece com ervas, as quais não suportam a força do sol. Toda nossa glória é simplesmente débil, pois mesmo os jovens se cansam e se fatigam (Isaías 40:30). As enfermidades estão nos cercando e todas bem munidas de armas mortais, a fim de ceifar nossa curtíssima existência neste mundo. Por que se gloriar em nossas habilidades? Por que achar que estamos seguros com nossos bens?
         Caro leitor, meditemos juntos sobre esses instrumentos usados para fazer com que “a flor da erva” venha a cair. Não há como segurar o tempo, pois ele está trabalhando contra nosso viver aqui e nem declara os mistérios que traz consigo a cada dia. A alegria de hoje não pode ser contada amanhã, pois bem pode ser que a felicidade esteja de malas prontas para partir. A nossa esperança de desfrutar desta vida, de ver nossos queridos, de alcançar nossas metas, pode bem ser que sua luz seja apagada amanhã: “Louco, esta noite te pedirão a tua alma...”. Não sabemos que distância está nosso final, onde foi que a morte marcou um encontro, se está em nosso quarto, ou mesmo ao nosso lado no carro, ou participando da mesa numa refeição.
         Caro amigo, o pecado também desfaz toda formosura; as enfermidades consomem toda nossa vaidade. Quanto desespero o mundo acumula! Quantos pais chorando ao ver seus filhinhos hospitalizados por causa de uma enfermidade incurável. Quantas notícias terríveis tocam a campainha de nossas casas! Um amigo meu contou para mim quanta agonia passou vendo sua filha sofrendo com um câncer até a morte, e ele sem nada poder fazer. A morte habita neste mundo maligno e não há um instante sequer quando ela descansa. Ela ri das vaidades dos ricos e das esperanças dos pobres. Ela chega e desfaz os sonhos da juventude e os planos de felicidade conjugal. Ela chega para arrancar nossos amigos e traz consigo a solidão.
         Não posso esquecer-me de uma mãe que em pouco tempo perdeu o marido e dois filhos. Ao visitá-la só podia simplesmente ficar quieto e ouvir seu lamento. O que fazer? Ela não queria conselho, ela queria alguém que pudesse ouvi-la e entender seu sofrer. Num momento como esse até mesmo parece que Deus está longe e que demora em trazer seu consolo aos corações aflitos. Aquilo que para ela era seu tesouro, simplesmente Deus arrancou como se arranca uma raiz. Esta vida mostra ser exatamente o lugar onde os homens não passam de uma pobre erva, porque tudo é posto num só pacote e como que atirado ao monturo do esquecimento.
         Prezado amigo, há como mudar essa situação? Humanamente falando não! O mundo jamais será diferente; nosso Senhor preparou seus discípulos, quando os advertiu acerca deste mundo: “No mundo passais por aflição”. Ele não tocou este mundo com uma varinha mágica, a fim de fazê-lo melhor. O que Ele fez foi ir sozinho até a cruz para ali enfrentar toda essa hoste inimiga e derrotá-la. Por isso Ele afirma aos Seus discípulos: “Eu venci o mundo” (João 16:33). A vitória do Cordeiro na morte e ressurreição desmantelou esse “quartel general” dos inimigos. Nosso Senhor veio ao mundo a fim de tirar pecadores dessa vil condição, das mãos tiranas do inimigo: “Digam-no os remidos do Senhor, os que Ele resgatou da mão do inimigo” (Salmo 107:2). Os salvos por Cristo têm uma história a contar, tem um motivo eterno de adoração a Deus, tem uma felicidade na alma: 
                          Muito contente estou, pois que Jesus me amou. 
                  Pra sim me chamou, por filho tomou. Feliz, tão feliz eu sou!
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