“Todos falavam bem Dele, e maravilhados com
as palavras de graça que saíam de sua boca, diziam: Não é este o filho de José”
(Lucas 4:22)
Caro
leitor, quando acerca dessa experiência tida por nosso Senhor em Nazaré, certamente
brilha perante nossos olhos o ensino claro da depravação total. Notemos bem que
nosso Senhor entrou numa Sinagoga em pleno sábado. Era como se Ele tivesse
entrado numa Escola dominical a fim de participar do culto. Aparentemente era
um belo culto, todos estavam ali para aprender dos ensinos das Escrituras;
todos queriam ouvir belas palavras de amor, consolo e promessas. Jesus como
homem era um judeu e amava Seu povo. Ele era bem conhecido de todos, porque foi
criado em Nazaré. Agora estava ali assentado e de repente, para a surpresa de
todos deixa de ser um mero ouvinte e toma a frente para dirigir a Palavra. Que momento que parecia tão abençoado!
Aqueles ouvintes pareciam tão atentos! O Senhor abre a Bíblia e no livro do
profeta Isaías começa a mostrar a lição acerca do Messias prometido. Que
momento maravilhoso, pois aquele povo parecia beber daquelas palavras! Eles
estavam espantados com as Palavras graciosas que saíam da boca do Senhor. Eles
estavam como que dizendo: “Ah, como esse homem é maravilhoso; Como ele fala bem
e como suas palavras são belas!” Eles queriam ouvir mais, pois tudo indicava
que eles estavam famintos pela verdade e que o Senhor receberia honras e
aplausos deles.
Mas
quanto engano! Aquele “papel” da aparência religiosa apenas escondia seus
corações malignos e corrompidos. Eles frequentavam a sinagoga apenas para
manter suas tradições e encobrir seus pecados. Eram apenas religiosos, mas não
salvos; mostravam fervor apenas na aparência, mas encobriam seus corações e a
disposição assassina de levantar contra todos os que se levantassem contra
essas tradições, mesmo que usassem as Escrituras. Assim que nosso Senhor abriu
mostrou-lhes que o Deus de Israel era o Deus que amava pecadores gentios, e que
estendia Suas bênçãos às pessoas de outras nações, assim como ocorreu nos dias
de Elias e Eliseu, então nosso Senhor estava no meio de verdadeiras “feras”
religiosas que estavam prontas para matar o Senhor. Só não fizeram porque não
havia chega Sua hora ainda.
Caro
leitor, quanto somos enganados com a aparência religiosa! Sempre pensamos que o
fato de um grupo estar com suas bíblias, cantar hinos e apreciar belas
mensagens, realmente estamos diante de verdadeiros crentes. Muitos chamados
religiosos e “crentes” estão apenas disfarçados em suas igrejas; muitos são
tradicionais na aparência; muitos gostam de ouvir boas pregações; muitos têm
suas mensagens preferidas e aplaudem aqueles que falam bonito e pregam “boas”
mensagens que tanto lhes agradam. Mas quando a Palavra de Deus chega para rasgar
tudo isso e mostrar que no coração estão longe do Senhor e que são orgulhosos e
atrevidos no íntimo; quando a verdade chega mostrando que vieram de Adão caído
e que precisam se arrepender e se converter a Cristo para serem salvos, então
logo desperta sua fúria e se levantam contra os verdadeiros arautos do
evangelho.
Caro
leitor estamos vivendo em dias de “camuflagem religiosa”. Muitos têm tomado
esse sistema evangélico moderno, a fim de ocultar seus corações amantes do
pecado, do mundo e odiadores de Deus. Muitos estão aptos para gastar seus
recursos a fim de ouvir mensagens agradáveis e que fazem cócegas em seus
ouvidos. Precisamos de um grande despertamento! Carecemos de homens e mulheres
humilhados, que chegaram ao pó e desespero! Precisamos ver homens e mulheres
santos, piedosos no viver e que provam isso pela santidade de vida.
Que
o Senhor em Sua compaixão derrame do céu Sua gloriosa Palavra e venha trazer
dias preciosos em Sua visitação!
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