C. H. Spurgeon
“No último dia, o grande dia
da festa, levantou-se Jesus e exclamou: Se alguém tem sede, venha a Mim e beba.”
(Jo 7:37)
A
paciência tem o seu perfeito trabalho no Senhor Jesus, e até o último dia da
festa Ele falou aos judeus, assim como nos fala e espera ser gracioso para conosco.
É verdadeiramente admirável a longanimidade do Salvador em suportar alguns de
nós ano após ano, apesar das nossas provocações, rebeliões e resistência ao Seu
Espírito Santo. Maravilha das maravilhas é estarmos na terra da misericórdia!
A
provisão é feita abundantemente; tudo é providenciado para que o homem possa
mitigar a sede da sua alma. Para a sua consciência, a expiação traz paz; para a
sua compreensão, o exemplo traz a mais rica instrução; para o seu coração, a
pessoa de Jesus é o mais nobre objeto de afeição; para todo o homem, a verdade
como é encontrada em Jesus provê a nutrição mais pura. A sede é terrível, mas Jesus
pode removê-la. Embora a alma esteja totalmente faminta, Jesus pode
restaurá-la.
A
proclamação é feita livremente para que cada sedento seja bem-vindo. Nenhuma
outra distinção é feita senão a da sede. Quer seja a sede da avareza, da
ambição, do prazer, do conhecimento ou de descanso, aquele que sofre disso é
convidado. A sede pode ser má em si mesma, e não ser um sinal de graça, mas
antes um sinal de pecado imoderado ansiando para ser gratificado com goles mais
profundos de lascívia; mas não é a bondade na criatura que leva ao sedento o
convite; o Senhor Jesus envia-o, gratuitamente, sem acepção de pessoas.
A
personalidade é declarada mais plenamente. O pecador deve vir a Jesus, não a
trabalhos, ordenanças ou doutrinas, mas a um Redentor pessoal, que carrega os
nossos pecados em Seu próprio corpo sobre a cruz. O Salvador sangrando,
morrendo e ressurgindo é a única estrela de esperança para um pecador. Oh! como
anelo por graça, a vir agora e beber, antes que o Sol se ponha!
Beber
representa uma recepção para a qual nenhuma aptidão é requerida. Um louco, um
ladrão, uma prostituta podem beber; e tal pecaminosidade de caráter não é
empecilho para o convite ao crente em Jesus. Não precisamos de taça de ouro,
nem de cálice adornado, para transportar a água para o sedento; a boca da
pobreza é convidada a inclinar-se e tomar goles da corrente que flui. Lábios
cheios de bolhas, leprosos, sujos, podem tocar a corrente do amor divino; eles
não podem poluí-la, mas eles serão purificados. Jesus é a fonte da esperança.
Caro leitor, ouça a voz amorosa do amado Redentor quando proclama a cada um de
nós:
“SE ALGUÉM TEM SEDE, VENHA A MIM
E BEBA”.
(extraído de NO CAMINHO DE JESUS.
Tradução de Antônio Carlos)
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