“Porque o salário do pecado é a morte, mas o
dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor”
Romanos 6:23.
A ALIANÇA COM A MORTE: (continuação)
Amigo
leitor, minha oração é que você volte de todo coração à verdade revelada! Pude
mostrar na meditação anterior como no pecado os homens renovam diariamente sua
aliança com a morte e com o além, à semelhança da liderança religiosa e
política de Jerusalém, nos dias de Isaías (Isaías 28). Um espírito de engano foi
e envoltura de seus corações, de tal maneira que eles achavam que podiam se
esconder nas mentiras e falsidades religiosas. Eles tomaram as leis de Deus e
conseguiram com elas tecer as fachadas espirituais por meio de regras e mais
regras, preceitos e mais preceitos. O próprio Deus invadiu o esconderijo deles
para trazer-lhes sérias advertências como vemos nesse impressionante capítulo.
Pelo
verso 15 de Isaías 28 podemos ver como os homens tentam ludibriar o próprio
salário do pecado – a morte. Eles têm na religiosidade externa uma forma que
pensam ser legítima para achar uma justificativa perante Deus. Porém, tudo é
feito tendo como base o engano do pecado. Isso significa que agindo assim eles
não têm qualquer fundamento debaixo de seus pés; não há qualquer presença da
paz que vem da cruz; não há qualquer indício de segurança quando a poderosa
morte se aproxima a fim de tragá-los. Saulo de Tarso viveu assim, e em
Filipenses 3 ele dá seu perfil religioso quando vivia no erro, erguido pelo
orgulho de um coração que nunca fora santificado pela verdade, não obstante sua
religião ser aparentemente bíblica. A sinceridade do religioso Saulo não era
pautada em fundamento firme e inabalável e suas esperanças eram vãs, inúteis,
porque quando pensava que subia rumo ao céu estava descendo para as prisões
eternas.
Quanto
perigo envolve o coração de uma alma enganada e ludibriada pelo pecado! Quantos
caminham neste mundo sem a paz com Deus (Romanos 5:1), paz que vem mediante o
sangue do Cordeiro! Quantas almas hoje sentem que estão subindo, mas não
percebem que são como bexigas cheias do vento enganador! Logo a morte chega
para estourar as “bexigas” que ornamentam as festas realizadas pelo pai da
mentira (João 8:44).
Os
evangelhos de Mateus, Marcos, mas especialmente Lucas 18 narram de forma
abreviada a respeito daquele homem que chegou a Jesus querendo saber como
poderia herdar a vida eterna. Os textos deixam bem claro como no seu coração
aquele judeu tinha feito uma aliança com a morte. Por fora parecia uma alma
necessitada da verdade, alguém bem requisitado para ser um bom membro de muitas
igrejas hoje, afinal era ele muito rico, com um dízimo bem cobiçado. Percebe-se
que ele usa uma capa de religiosidade, elogiando Jesus ao chamar-lhe de “bom
Mestre” e apresentando tudo o que havia feito como um bom praticante da
religião judaica desde a sua mocidade. Ele achava que sua moral religiosa
serviria como justificativa para ser aceito por Deus na eternidade e que tinha
dinheiro suficiente para comprar uma cobiçada casa na Nova Jerusalém.
O
que o Senhor fez com aquela alma enganada? Simples. Com seu terno amor e afeto destrancou o “cadeado” do coração daquele moço
e chegou ao santuário da alma para mostrar onde estava a fonte de engano
daquele homem. Ele tinha um altar erigido ali ao deus riqueza, e quando o
Senhor chegou e tocou no seu ídolo, para
que esse altar fosse derribado, a fim de que seu desejo fosse focado somente na
glória de Deus, ele simplesmente deu as costas para o Mestre e foi-se embora.
Caro
leitor, examine sua situação perante a verdade revelada; veja se houve algo tramado
no íntimo com a morte e com o além. Há perigo para uma alma enganada pelo
pecado, porque a soberba faz com que a pessoa pense que está subindo, quando
realmente ela desce rumo à perdição.
O
Filho de Deus veio ao mundo buscar perdidos (Lucas 19:10).
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