“Fiel é a Palavra e digna de inteira
aceitação, que Cristo Jesus veio ao mundo para salvar pecadores, dos quais eu
sou o principal” (1 Timóteo 1:15)
Caro leitor, não podemos esquecer que a
mensagem do evangelho é a mensagem mais importante das Escrituras, porque todo
documento é para provar a verdade que “...Cristo Jesus veio ao mundo para salvar
pecadores...”. Reitero isso porque nossa tendência é sempre esquivar
dessa verdade e buscar nossos próprios métodos; sempre queremos curtir nossas
habilidades para atrair os homens e buscamos bênçãos de Deus sobre essas
inovações.
Digo mais que a mensagem do céu é a
mensagem salvadora, porque o próprio texto mostra isso: “...para
salvar...”. Vejamos bem que é uma salvação soberana, porque o evangelho
atua neste mundo com o objetivo bem definido, bem traçado na eternidade: “...salvar...”.
Então, aprendemos que o evangelho em si mesmo é suficiente, poderoso para
realizar os propósitos santos e soberanos. Paulo estava certo que o evangelho
pregado por ele era em si suficientemente capaz. Paulo não tinha que inventar,
adicionar suas espertezas e habilidades naturais. Óbvio, o apóstolo sabia como
lidar com judeus e gentios, mas jamais mudava o conteúdo da mensagem, a fim de
favorecer e atrair as pessoas. Todos seus esforços partindo dele mesmo tinham
como objetivo ficar frente a frente com as pessoas, a fim de levar com pureza
aquilo que recebera do Senhor.
Caro leitor estou certo que o evangelho
pregado em nossos dias é um evangelho fabricado no quintal de satanás, porque é
bem urdido de humanismo. O Jesus moderno, tão bem aceito no cenário evangélico
atual não passa de um deus patético, decepcionado com a incredulidade e que
agora tem cedido às necessidades sociais da população. Mas, a verdade é que o
evangelho pregado por Paulo e apresentado pelo Senhor da glória é um evangelho
soberano. É o poderoso evangelho que entra no mundo como fogo para queimar toda
vaidade e desfazer todo alicerce falso montado por satanás. O evangelho é
suficiente para entrar neste cemitério, a fim de dar vida aos mortos. É
exatamente essa a lição que nosso Senhor transmite em todo cap. 5 de João. Ali
Ele mostra que a Palavra de Deus tem a força de conceder vida aos mortos. Em
Hebreus 4:12 o escritor inspirado afirma que a Palavra de Deus é viva e eficaz.
Se ela é viva, então nossa confiança está na suficiência e eficácia desse
evangelho.
Digo mais que aqueles que foram
chamados à pregação devem ser pessoas que em suas vidas provaram o poder
vivificador da Palavra. Deus chama homens que foram transformados pelo poder da
Palavra e a eles o Senhor confia esse tesouro puro. Homens que estão convictos
de que foram chamados para essa função santa e celestial são trabalhados,
disciplinados e humilhados, para que jamais confiem neles mesmo, e sim no Deus
que ressuscita os mortos (2 Coríntios 1:9). Não é fácil carregar no coração e
ter nos lábios a chama do fogo celestial, porque o mundo e as forças das trevas
se voltam contra os emissários dessa verdade transformadora. Qualquer confiança
na sua capacidade, na oratória e nas habilidades deve ser completamente
destruída, porquanto a força é absolutamente do evangelho e não do homem.
Mais do que isso, aqueles que são
chamados à pregação devem lembrar que Deus coloca Seu tesouro em vasos de
barro. Ora, Deus faz dos Seus servos instrumentos da Sua compaixão e santidade.
Seus corpos são como que fornos onde o evangelho passa e ali é assado nas
brasas das entranhas de compaixão do Senhor. Por isso os homens chamados à
pregação da verdade revelada, devem estar continuamente curtidos na palavra e
na oração. Seus pensamentos e emoções devem brotar dessas verdades e
sentimentos que partem do coração Daquele que a Si mesmo se entregou na cruz.
Todo componente desse evangelho deve fazer parte de seu viver. Toda perfeita
justiça, toda verdade, a plenitude desse evangelho e, enfim toda glória e
grandeza da tão grande salvação deve ser o tesouro que habita em seu ser, a fim
de que possa pregar, pregar e pregar toda verdade de Deus num mundo envolvido
em densas trevas.
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