quarta-feira, 3 de julho de 2013

SANTIDADE



Ai de mim, que vou perecendo! porque eu sou um homem de lábios impuros…” (Isaías 6:5)

       Quando entro na presença de Deus, não faço ideia de que sou um pecador, num sentido indefinido, mas, de repente, eu percebo que o foco da minha atenção está voltado para a concentração do pecado numa determinada área da minha vida.
       Qualquer pessoa pode facilmente dizer: "Oh, sim, eu sei que eu sou um pecador", mas, quando ela entra na presença de Deus, ela não pode escapar com uma declaração tão ampla e indefinida. A nossa convicção é focada no nosso pecado específico, e percebemos, como Isaías fez, o que realmente somos. Isto é sempre o sinal de que uma pessoa está na presença de Deus. Nunca há alguma vaga sensação de pecado, mas há uma focagem na concentração do pecado em algumas áreas específica da vida pessoal.
       Deus começa por nos convencer da mesma coisa para a qual o Seu Espírito dirigiu a atenção da nossa mente. Se nós nos rendermos, submetendo-nos à Sua convicção desse pecado particular, Ele levar-nos-á até onde Ele pode revelar-nos a vasta natureza básica do pecado. Essa é a maneira como Deus lida sempre conosco quando estamos conscientemente cientes da Sua presença.
            Esta experiência da nossa atenção estar sendo direcionada para a concentração do nosso pecado pessoal é verdade na vida de todos, desde o maior dos santos até ao pior dos pecadores. Quando uma pessoa começa a subir a escada da experiência, ela pode dizer: "Eu não sei onde foi que eu errei", mas o Espírito de Deus chamará a sua atenção para alguma coisa definida e específica nela.
       O efeito da visão da santidade do Senhor sobre Isaías foi o direcionamento da sua atenção para o fato de que ele era “um homem de lábios impuros.” "E com ela [uma brasa viva] tocou a minha boca, e disse: Eis que isto tocou os teus lábios; e a tua iniquidade foi tirada, e purificado o teu pecado." (Isaías 6:7). O fogo purificador teve de ser aplicado onde o pecado se havia concentrado.

 Oswald Chambers
Tradução de Carlos António da Rocha

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