"Assim diz o Senhor: Ponde-vos à margem no caminho e vede, perguntai pelas veredas antigas: qual é o bom caminho; andai por ele e achareis descanso para as vossas almas; mas eles dizem: não andaremos." Jeremias 6:16.
USANDO A INTELIGÊNCIA: (introdução)
A meditação de hoje introduz o terceiro ponto da nossa mensagem para abordar a frase: “... perguntai pelas veredas antigas: qual é o bom caminho...”. No segundo ponto da mensagem vimos que Deus trata cada ser humano como responsável pelos seus pecados e que, por isso há de prestar contas. Pudemos ver que o caminho certo para cada pecador é o caminho do arrependimento para humilhar perante o Deus que se revelou através da Sua Palavra.
Vamos adiante, porquanto vemos que há progresso na abordagem misericordiosa do Senhor no trato com os pecadores. Os homens são chamados a usar a inteligência, e tal fato é visto na frase: “... perguntai pelas veredas antigas...”. Toda tentativa de satanás neste mundo, especialmente nesta atual geração é justamente levar os homens a não pensar e ponderar acerca de sua responsabilidade. Muitos cultos são feitos onde os participantes são exortados a não pensar. A religião moderna faz de tudo para interceptar a ponderação dos homens acerca da necessidade de arrependimento. A música, a breve mensagem pregada, um ambiente emocional, enfim, tudo promove a aceitação do prazer momentâneo; o que importa é sentir-se bem, achar que Deus está presente e pronto para atender as necessidades materiais de cada um que buscá-Lo.
Mas, em Jeremias 6:16 Deus lida com os pecadores da mesma maneira que Ele o faz em toda Escritura por meio do evangelho. Os homens, em toda época, em cada lugar neste mundo são chamados ao arrependimento. O Senhor Jesus disse que veio chamar pecadores ao arrependimento (Mateus 9:13). O arrependimento é que leva o homem a avaliar sua situação diante de Deus; ele checa sua condição à luz da verdade revelada ao seu respeito; analisa seu caminho tortuoso no qual percorreu até aquele momento. O arrependimento realmente é o homem na posição em que ele deve estar perante o Deus de compaixão. Sem o arrependimento o homem não consegue dar a “meia volta” para a genuína conversão. No arrependimento Deus se inclina para conversar com o homem e falar-lhe ao coração.
Tendo esses fatos diante de nossos olhos, resta que agora eu passe a argumentar com meus leitores acerca daquilo que vemos na frase: “... perguntai pelas veredas antigas...”. Isso significa o quão importante é para o homem examinar o que está escrito! Por que fugir das Escrituras? Por que esconder-se da luz? A “Espada do Espírito”, de fato, fere nosso orgulho e atira nossa jactância ao pó, mas tem em mira mostrar a tragédia do pecado, a fim de que sejamos levados ao conhecimento do Grande Salvador e Senhor. Da mesma maneira que os doentes necessitam de médico, somente pecadores convictos buscam a preciosidade de Cristo, e vão entender Sua triunfante e gloriosa redenção na cruz do calvário, a fim de resgatar pecadores da maldição eterna.
Sendo assim, que momento glorioso para uma sondagem de sua alma! O homem convicto de seus pecados se vê só e espiritualmente despido diante de Deus. Ele reconhece suas culpas e merecida condenação. Somente assim ele reconhece ser Jesus, o Filho de Deus, o único Salvador e Senhor. O homem arrependido agarra-se à preciosidade desse dom de Deus em Cristo Jesus. Cristo veio ao mundo em busca desse tipo de pecador.
Como o pai da mentira tem iludido as multidões em nossos dias! Como os corações estão religiosamente enfeitiçados pelo deus deste século! Quantas consciências estão cauterizadas nas falsificações religiosas! Mas, a verdade do evangelho prossegue expondo a situação humilhante do pecado, convidando o pecador a ver a ternura de Deus nesse verso tão impressionante de Jeremias 6:16.
Prosseguindo em mostrar como Deus apela para que o pecador use sua capacidade de pensar, a frase: “... perguntai pelas veredas antigas...” leva-nos às seguintes advertências: Amigo, não continue no perigoso caminho que leva à perdição tão somente porque é largo e fácil. As veredas deste mundo são atraentes, e aparentemente nada pode ser visto de qualquer irregularidade. Aos olhos humanos parecem ser seu direito andar nelas, porque muitas são as veredas belas, adornadas de flores religiosas, mescladas de conforto e apoio dos homens. Pilatos nada enxergava de errado em seu caminho; era cumpridor de seus deveres e ambicionava agradar gregos e judeus, até que enfrentou a face do Filho de Deus, quando este fora levado ao julgamento. “O que é a verdade?” (João 1:38).
Esta foi a pergunta feita por um homem de alta posição na sociedade política; que gozava dos favores advindos do império romano, mas que, ante a face do Rei da Glória não passava de um verme. O mais importante para a vida de Pilatos, sua família, seu governo, seu futuro seria conhecer a Verdade. Mas que triste situação! Não prosseguiu em investigar. Parou naquela pergunta, não teve coragem de encarar a luz e decidiu não perscrutar a respeito da Verdade, preferindo persistir no caminho largo e fácil e posicionando-se ao lado da multidão, da fama e do sucesso.
Prossigo em levar as palavras de admoestações aos corações desejosos por conhecer a verdade salvadora. Quão perigoso é para o pecador continuar no caminho largo e fácil somente porque a multidão está nele. Milhares descem pelo caminho que tem rumo certo à perdição. A incredulidade associa-se ao mundo e sente o amparo e refúgio no próprio homem. O mundo promove exatamente aquilo que as multidões tanto ambicionam ter, até mesmo na religião. O famigerado Acabe tinha milhares de falsos profetas ao seu dispor a fim de anunciar profecias que lisonjeavam seu coração corrompido e avarento. Queria ser abençoado por Deus da maneira dele. Havia somente um homem de Deus, Micaías, capaz de enfrentar a face cruel daquele rei e anunciar-lhe aquilo que Deus ordenava que fosse pregado (1Reis 22:14). O mundo nunca mudou e jamais há de mudar, porquanto “... jaz no maligno” (1João 5:19). Meu amigo, sem salvação neste mundo, o homem está cercado por inimigos cruéis, os quais almejam sua destruição eterna.
Só tem um escape para o perdido pecador. O Filho de Deus foi entregue na cruz para destruir as obras do diabo (1João 3:8). Não há ninguém e nada aqui para livrar o perdido da triste condição eterna que o aguarda, e da escravidão que tanto lhe oprime nesta vida terrena e passageira. O Senhor veio buscar e salvar pecadores oprimidos, quebrantados, que agora põem Nele a completa confiança para a salvação de suas almas. A mensagem do evangelho não é para promover a prosperidade tão cobiçada pelo coração apegado às riquezas mundanas. Há uma prosperidade eterna para o pecador arrependido. Deus tem uma herança, reservada no céu para aquele que de todo coração confiar em Seu Filho para a salvação de sua alma.
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