“E a si mesmo se
purifica todo o que nele tem esta esperança, assim como ele é puro” (1 JOÃO 3:3)
INTRODUÇÃO:
Eu realmente me acho incapaz de explicar
a importância desse texto de 1 João 3:3.
Aliás, ele se abriga num contexto, onde o apóstolo envolve os santos no amor de
um Deus que tudo fez para lhes chamar à uma maravilhosa e grandiosa salvação. O
capítulo trata sobre o novo nascimento e que, devido a isso os crentes foram
feitos filhos de Deus. Nessa santa posição de amor e de amados, o mundo há de
odiar os crentes. João faz questão de alertar os santos para surpresas que envolverão
nossas vidas num ambiente que odeia Deus e que ama o pecado. Ora, neste mundo
damos valor àquilo que compramos com muita dificuldade. E aquilo que Deus nos
deu em Cristo para nossa bem-aventurança eterna? Terá pouco ou quase nenhum
valor?
Este não é o primeiro escrito meu acerca
da carta de 1 João. Retorno à epistola, porque é cheia de riquezas,
especialmente por tratar de uma carta de amor entre Deus e Seu povo. A carta é
notavelmente cheia de ensinos preciosos das doutrinas da graça. Temos o andar
na luz com Deus, redenção pelo sangue, separação do mundo, manifestação de ódio
do mundo contra os santos, novo nascimento, os corpos de glória uma vez que
seremos semelhantes a Cristo, vidas santificadas para Deus, perigos dos últimos
dias e o espírito de anticristo e do falso profeta. Claro que não mencionei os
detalhes, mas foi o suficiente, a fim de incentivar os que amam a Palavra a
desejar conhecer essa tão preciosa e íntima missiva celestial.
Estou na abordagem do capítulo 3 verso
3. Temos nesse capítulo ensinos que
enchem a vida do crente de dinamismo, ao enxergar o que lhes aguarda lá
adiante. Somos um povo que vive da esperança, mas eterna esperança. Não nos
alimentamos dessa esperança terrena; não nos abrigamos em refúgios onde lobos
vorazes nos pegam de surpresa; não nos afinas com as propostas mundanas, pois
elas fracassam diante do poderio do diabo, do pecado da morte e do inferno. O
mais valioso que o mundo oferece não passa de lixo depositado para o fogo,
assim como foram queimados os valores de Sodoma e Gomorra ante o fogo do céu.
O que significa a vida cristã no mundo?
Não significa que não devemos obter do melhor e justo que o mundo nos oferece.
O perigo está em amar este sistema e tentar estabelecer a vida aqui em cima de
suas promessas inúteis. Eliseu poderia com justiça ficar com os tesouros
trazidos da Síria, mas resolveu não aceita-los, para que a glória de tudo o que
foi feito ficasse com seu Senhor. Moisés recusou a vida cômoda e cheia de luxo
do Egito, a fim de sofrer com o simples povo de Deus. Santos de Deus do Velho
Testamento foram valentes e corajosos nessa separação. Por que não podemos nós
tomar decisões firmes, pela fé, a fim de agradar o Senhor, uma vez que nossa esperança
de coisas infinitamente melhores nos acompanham aqui?
É exatamente o que o texto nos ensina.
João mostra que somos filhos de Deus
pelo novo nascimento, por essa razão não
somos benvindos aqui. Vemos que não
participamos da esperança terrena nem desse espírito vil e enganador que domina
pensamentos e emoções deste
sistema. O que esperamos? O texto nem
trata das riquezas da
glória, da cidade dourada, do fato que nunca mais ouviremos falar da morte, da dor, dos gemidos, das
angústias, das abominações, etc. O texto nos leva ao excelente, pois seremos semelhantes
ao Senhor; teremos corpos de glória semelhante ao Seu corpo glorificado na
ressurreição.
Diante de tudo isso, não é para que busquemos
nos separar inteiramente para ele, a
fim de
vivermos somente para o nosso Senhor?
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