“Enquanto calei os
meus pecados, envelheceram os meus ossos, pelos meus constantes gemidos todo o
dia. Porque a tua mão pesava dia e noite sobre mim, e o meu vigor se tornou
como sequidão de estio” “Salmo 32:3,4)
AS TRISTES CONSEQUÊNCIAS: “Enquanto
calei os meus pecados envelheceram os meus ossos...”
Retornemos ao texto para um exame mais minucioso
dos versos 3 e 4 desse impressionante e revelador Salmo 32. Estamos vendo que
felicidade não é algo que ocorre conforme o mundo busca e acredita. Toda
felicidade oferecida pelo mundo traz em sua testa a frase: “o mundo passa”,
porque segue as mesmas paixões; funciona como um gelo que derrete ante o calor
e como um fogo de palha. Então, com humildade e temor, acompanhemos o texto
para sabermos o que realmente significa felicidade à luz da bíblia e o que
causa a infelicidade do homem. Hoje quero tratar sobre as tristes consequências
de calar o pecado no íntimo, porque o texto mostra a experiência do salmista e
o que ocorreu em seu íntimo, certamente como drásticas consequências.
A primeira lição que subentendemos no
texto é que, mesmo que eu cale meus pecados, achando que eles estão bem
escondidinhos e disfarçados, Deus, entretanto os vê. Notemos como o pecado é
tão enganoso que tenta passar por cima dos atributos de Deus. Essa é uma das
mais poderosas farsas do pecado no coração. Os homens tentam de todas as formas
parecer que por fora estão saudáveis e aceitáveis; o rei Davi tentou governar o
povo, achando que podia passar despercebido, pois guardava suas maldades no
íntimo. Mas o Senhor tudo vê, tudo está plenamente escancarado perante Sua
gloriosa visão; não há distância para Deus. Eu mesmo, enquanto estou digitando,
preciso de um óculos para ver melhor o que estou fazendo. Em pouca distância já
consigo perder de vista muitas coisas. Mas não é assim com Deus, pois milhões e
milhares de quilômetros não fazem qualquer diferença para a visão do Senhor. O
universo inteiro, coisas grandes e pequenas, visíveis e invisíveis para nós, no
tocante ao Senhor não há diferença, pois tudo está claro e patente aos olhos
daquele a quem teremos de prestar contas.
Outro detalhe é que o pecado sempre foi
e será motivo do ódio acerbo de Deus. Nunca houve nem haverá um momento sequer
em que o Santo Deus terá qualquer prazer pelo pecado. A visão do pecado requer
punição da Sua parte, assim como desejamos matar uma víbora que porventura nos
ameaça. Não há negociação com qualquer iniquidade. Deus perdoa o penitente,
arrependido e contrito, mas as consequências ficam de forma desesperadora. No
perdão os efeitos condenatórios do pecado são removidos mediante a purificação
e justificação. Mas no tocante aos infiéis e rebeldes, eles continuarão debaixo
do furor santo de Deus, conforme vemos no Salmo 5 e em muitas passagens da
bíblia.
Infelizmente o pecado e suas
consequências estão sendo tratados com paliativos mundanos. Os homens hoje
rejeitam a revelação bíblica e acreditam que o mundo tem a solução para lidar
com o que eles chamam de “problemas”. Mas, voltemos ao texto, porque ali o
Salmista afirma, que quando calou seus pecados, o que aconteceu como resultado?
“...envelheceram os meus ossos...”. Ah! Quanto pensamos que a vida pode
prosseguir em sua normalidade, enquanto guardamos perigosíssimos terroristas no
íntimo. Meditemos nisso. Achamos que seremos felizes, preservando o mal em
nosso coração. O que os homens não veem, eis que Deus em Sua ira está vendo.
Com o crente, Ele há de tratar com o rigor de Sua amorosa, mas justa
disciplina. Mas com os infiéis não há solução, a não ser quando há
arrependimento e confissão, na busca do Salvador para sua alma.
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