“Sendo assim, todo
homem piedoso te fará súplicas em tempo de poder encontrar-te. Com efeito,
quando transbordarem muitas águas, não o atingirão. Tu és o meu esconderijo; te
me preservas da tribulação e me cercas de alegres cantos de livramento” (Salmo
32:6,7)
DEPENDÊNCIA DE DEUS:
“...te fará suplica em tempo de...”.
Nossa próxima lição que emana do texto
acima tratará da dependência que o homem piedoso tem de Deus, porquanto a vida
de oração incrivelmente logo se manifesta. Quando Deus mandou que Ananias fosse
encontrar com Saulo na Rua Direita, ele encontraria Saulo orando. Eis aí o
resultado imediato de uma santa conversão. Acontece isso com o crente, porque
quando há algo errado na vida, imediatamente ele para de orar. O pecado torna o
homem independente de Deus. No arrependimento a voz da confissão ressoa em
clamor: “Tem misericórdia de mim”, como ocorreu com Davi (Salmo 51). Quem
imaginava ver Saulo orando perante Aquele a quem estava perseguindo de forma
insana? Mas é justamente isso o que ocorre numa sincera conversão a Cristo.
Veja bem o que ocorre na conversão,
porque tudo aparece em forma de oração: “Todo aquele que invocar o nome do
Senhor será salvo”. Podemos facilmente entender que invocação é uma oração em
forma de súplica. Ninguém invocará um nome qualquer sem se ver antes em perigo.
Os homens no pecado clamam aos homens e aos seus ídolos, mas não ao Deus da
bíblia. Permita que eu trate um pouco mais sobre o fato que o evangelho tão
humanista de nossos dias não leva os pecadores à invocação. Não estou falando
que seja algo audível a nós, mas sim da invocação de um coração quebrantado,
arrependido. O resultado é que a igreja de Deus está cheia de elementos que não
consideram o viver cristão com humildade e santo temor. A força da carne tem
puxado o mundo para dentro da igreja e a igreja tem se associado ao mundo,
mesclando tudo. Isso significa que hoje não há homens santos de Deus, os quais
buscam socorro em Deus, a fim de serem fortalecidos para a batalha.
Mas todos devem saber que se tudo
começou com invocação e seguirá em invocação. O que é a vida cristã? É o homem
com sua visão aberta pelo Espírito Santo para ver a verdade como a vida é.
Passamos a trilhar o caminho certo; passamos a ter toda oposição do inferno
contra nós; passamos a sentir o ódio mortal dos mundanos e do diabo investindo para nos derrubar e
destruir nossa fé, a fim de que profanemos o nome do Senhor. Se o caminho do
chamado crente parece ser pacífico com o pecado e com o diabo, então tal pessoa
está sendo enganada. Os crentes estão engajados numa guerra contra a carne, o
mundo e o diabo, claro em circunstâncias que diferem uns dos outros.
Mas o que ocorre é que aquele que obteve
a salvação que há em Cristo passa a ter seu Deus como fonte de socorro. Essa
dependência de Deus é algo normal no viver de um crente. É claro que os salvos
vão aprendendo sempre. Muitas vezes eles falham, muitas vezes decepcionam e
caem, mas não há desânimo perpétuo na fé cristã. Quando parece que o túmulo
mundano engoliu a fé, eis que de repente os santos se erguem da cinza para
mostrar que estão humildemente na dependência da graça para viver. Os pastores
sabem o que é lidar com os crentes, eles dão prazer, porque amam a palavra e
buscam conselhos. Os salvos diferem dos não crentes, porque estes realmente atrapalham
o ministério pastoral; eles não andam e não deixam os outros andarem, pois
estão sempre em oposição à verdade. Os salvos têm uma ligação de dependência
com o Senhor, eles amam a Cristo e mostra isso pelo desejo de conhece-Lo melhor
na palavra, a fim de apegar a Ele e viver por Ele.
Vemos essa dependência dos salvos na
letra da primeira estrofe de um antigo hino: “Guia-me meu Salvador, sempre me
conduz Senhor, certo firme, forte estou, pois contigo andando vou”
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