“Sendo assim, todo
homem piedoso te fará súplicas em tempo de poder encontrar-te. Com efeito,
quando transbordarem muitas águas, não o atingirão. Tu és o meu esconderijo; te
me preservas da tribulação e me cercas de alegres cantos de livramento” (Salmo
32:6,7)
INTRODUÇÃO:
Caros leitores, irmãos e amigos,
entramos agora numa nova etapa do ensino acerca da verdadeira felicidade neste
Salmo. Nota-se que há uma incrível organização, porquanto em toda sua extensão
o Salmista está tratando sobre a felicidade, ou bem-aventurança que o homem tem
a partir da sua conversão, conforme vimos nos versos 1 e 2. Percebemos nos
versos 3 e 4 como o salmista conta como foi sua miséria no coração, ao tentar
silenciar seus pecados no íntimo. Mas é a partir do verso 6 que a felicidade
bíblica no homem salvo começa a apresentar como ela é e como se desenvolve no
viver do crente.
Veja bem como a felicidade dada por Deus
em nada parece com aquilo que os homens buscam e acham no mundo. A felicidade
aqui, além de ser transitória ela é enganosa e tende a ludibriar a alma, porque
depende inteiramente daquilo que é visto, buscado e achado num mundo que
oferece paixões e fama, coisas que são destruídas pelo tempo e finalmente pela
morte. A felicidade bíblica, vinda de Deus tem um firme e inabalável
fundamento, porque se baseia em um Deus justo e santo, o qual providenciou por
meio de Cristo o perdão e a purificação dos pecados. Notemos bem que felicidade
se fundamenta numa plataforma de justiça e assim ela é edificada. A salvação
eterna implantada como certeza de que tudo está certo entre o homem e Deus é
princípio desse santo viver, o qual começa aqui e salta para a eternidade após
a morte.
Outro detalhe que é de vital importância
é que a felicidade, tendo seu fundamento firme pela fé na obra da cruz, ela tem
seu processo de crescimento. É a luz do justo que vai brilhando mais e mais até
ser dia perfeito. É exatamente isso o que veremos nos versos 6 e 7, os quais
serão tratados a partir de hoje. Peço aos meus leitores que examinem o texto e
as explicações com santo zelo em suas almas. Queremos viver a realidade da vida
à luz da verdade que nos foi entregue. Queremos fugir sim deste mundo e suas
propostas de felicidade que surgem perante nossos olhos continuamente. Há um
antigo hino antigo, onde na primeira estrofe o autor diz: “Riquezas não preciso
ter, mas sim celestes bens”. Era esse o tipo de felicidade que ele queria
extrair de Cristo e em Cristo. Minha esperança é que esse seja o desejo de meus
leitores também. O mundo moderno não cessou de nos cercar com suas tentadoras
propostas de felicidade salpicada de veneno. Que o Senhor nos livre desses
manjares do inferno.
Sendo assim entremos nos dois versos que
almejamos conhece-los de perto. Nosso professor é o Espírito Santo e Ele veio
nos guiar em toda verdade. É bem perceptível a ordem em que o Espírito de Deus
organizou os assuntos. Passamos pelos primeiros versos mostrando que o homem
bem-aventurado, feliz, é aquele que Deus o faz feliz. Nada tem a ver com o belo
e largo caminho, cheio de adornos da prosperidade carnal, leviana e passageira,
conforme este mundo apresenta e que atrai o coração corrompido do homem no
pecado.
Que o Senhor, tão amável e perfeito
comunicador venha nos encher de gozo e real felicidade achados somente em
Cristo. Que nosso prazer em conhecer acerca daquele que nos amou e nos amará
para sempre venha encher nosso coração. O que busca no lado externo da vida,
nós achamos em Cristo somente. Impressionante é que a riqueza Nele nos compele
a alegrar naquilo que fez aqui e que Dele recebemos para nosso viver.
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