terça-feira, 20 de abril de 2021

O VIVER DO HOMEM FELIZ (1)

 

“Sendo assim, todo homem piedoso te fará súplicas em tempo de poder encontrar-te. Com efeito, quando transbordarem muitas águas, não o atingirão. Tu és o meu esconderijo; te me preservas da tribulação e me cercas de alegres cantos de livramento” (Salmo 32:6,7)

INTRODUÇÃO:      

        Caros leitores, irmãos e amigos, entramos agora numa nova etapa do ensino acerca da verdadeira felicidade neste Salmo. Nota-se que há uma incrível organização, porquanto em toda sua extensão o Salmista está tratando sobre a felicidade, ou bem-aventurança que o homem tem a partir da sua conversão, conforme vimos nos versos 1 e 2. Percebemos nos versos 3 e 4 como o salmista conta como foi sua miséria no coração, ao tentar silenciar seus pecados no íntimo. Mas é a partir do verso 6 que a felicidade bíblica no homem salvo começa a apresentar como ela é e como se desenvolve no viver do crente.

        Veja bem como a felicidade dada por Deus em nada parece com aquilo que os homens buscam e acham no mundo. A felicidade aqui, além de ser transitória ela é enganosa e tende a ludibriar a alma, porque depende inteiramente daquilo que é visto, buscado e achado num mundo que oferece paixões e fama, coisas que são destruídas pelo tempo e finalmente pela morte. A felicidade bíblica, vinda de Deus tem um firme e inabalável fundamento, porque se baseia em um Deus justo e santo, o qual providenciou por meio de Cristo o perdão e a purificação dos pecados. Notemos bem que felicidade se fundamenta numa plataforma de justiça e assim ela é edificada. A salvação eterna implantada como certeza de que tudo está certo entre o homem e Deus é princípio desse santo viver, o qual começa aqui e salta para a eternidade após a morte.

        Outro detalhe que é de vital importância é que a felicidade, tendo seu fundamento firme pela fé na obra da cruz, ela tem seu processo de crescimento. É a luz do justo que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito. É exatamente isso o que veremos nos versos 6 e 7, os quais serão tratados a partir de hoje. Peço aos meus leitores que examinem o texto e as explicações com santo zelo em suas almas. Queremos viver a realidade da vida à luz da verdade que nos foi entregue. Queremos fugir sim deste mundo e suas propostas de felicidade que surgem perante nossos olhos continuamente. Há um antigo hino antigo, onde na primeira estrofe o autor diz: “Riquezas não preciso ter, mas sim celestes bens”. Era esse o tipo de felicidade que ele queria extrair de Cristo e em Cristo. Minha esperança é que esse seja o desejo de meus leitores também. O mundo moderno não cessou de nos cercar com suas tentadoras propostas de felicidade salpicada de veneno. Que o Senhor nos livre desses manjares do inferno.

        Sendo assim entremos nos dois versos que almejamos conhece-los de perto. Nosso professor é o Espírito Santo e Ele veio nos guiar em toda verdade. É bem perceptível a ordem em que o Espírito de Deus organizou os assuntos. Passamos pelos primeiros versos mostrando que o homem bem-aventurado, feliz, é aquele que Deus o faz feliz. Nada tem a ver com o belo e largo caminho, cheio de adornos da prosperidade carnal, leviana e passageira, conforme este mundo apresenta e que atrai o coração corrompido do homem no pecado.

        Que o Senhor, tão amável e perfeito comunicador venha nos encher de gozo e real felicidade achados somente em Cristo. Que nosso prazer em conhecer acerca daquele que nos amou e nos amará para sempre venha encher nosso coração. O que busca no lado externo da vida, nós achamos em Cristo somente. Impressionante é que a riqueza Nele nos compele a alegrar naquilo que fez aqui e que Dele recebemos para nosso viver.

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