“Porque foi subindo
como renovo perante ele, e como raiz de uma terra seca; não tinha beleza nem
formosura e, olhando nós para ele, não havia boa aparência nele, para que o
desejássemos”. (SAÍAS 53:2)
DESPREZO NA
APRESENTAÇÃO SOCIAL. Verso 3
Não podemos avaliar o sofrimento do
nosso Salvador, porquanto, aquele que jamais conheceu pecado estava habitando
de uma sociedade corrompida: “Como um de quem os homens escondem o rosto,
era...”. O mundo aceita o mundo com seus costumes. O mundo não pode tolerar
estranhos em seu ambiente. Os mundanos se adaptam às diferenças, eles riem,
zombam, desprezam, mas cada um é aceito dentro dos parâmetros desse ambiente
caído. Mas não foi assim no caso do Salvador, porque Ele foi objeto de
desprezo. O mundo pode pegar um sofredor ou qualquer que seja digno de dó, a
fim de tornar num objeto de idolatria e superstição. O que o mundo produz pode
bem servir para os objetivos religiosos e idólatras dos homens. Não fizeram
assim com Chico Xavier e outros?
Nosso Senhor foi o único homem estranho,
jamais visto pelo mundo, porque Ele foi único que não nasceu em Adão. Seu
título de “Filho do homem” tinha como motivo mostrar Sua humilhação e
identificação com o povo caído. Mas Ele, intrinsecamente era diferente em tudo.
Sua condição física não foi como a nossa. Nós sofremos em nossos corpos aquilo
que nós mesmos semeamos na queda e não há ninguém aqui que possa sentir
diferente, mesmo tendo um belo corpo, ou tendo todos os recursos para viver
mais comodamente aqui. Os efeitos do pecado estão aí para mostrar que todos têm
o mesmo pai e mãe e que todos vieram da mesma queda: “Assim como por UM SÓ
HOMEM...” (Romanos 5:12). Tal verdade, entretanto não se aplica ao nosso
Senhor, por essa razão Seus traços de glória inerentes revelavam que Ele veio
de Deus, que Sua origem é do Pai e não da terra. Ele mesmo repete essa verdade
no livro de João.
Nosso Senhor era o Homem da verdade. Por
mais que tentemos ser diferentes, nós somos da mentira. Se houver alguns traços
da verdade em nossa maneira de viver, logo esses traços serão tragados pela
mentira. Não há um ser humano que consiga segurar a verdade por muito tempo.
Nosso Senhor trilhava o caminho da verdade; seus passos seguiam o rumo da
obediência a Deus e isso significa que anda o curso contrário aos princípios
deste mundo; que Ele era uma completa oposição aos planos do diabo. O mundo
segue com prazer o curso deste mundo (Efésios 2:2); os homens vão do nascimento
até à morte, sem perceberem que estão indo para o abismo. Nosso Senhor não era
cego, Sua visão era a realidade da cruz, Seus planos foram perfeitamente traçados
na eternidade e enquanto a multidão descia, eis que Ele subia.
As palavras do Senhor também mostravam
verdade. Nunca houve um instante sequer que o Senhor falou qualquer mentira;
jamais qualquer coisa que lisonjeasse os homens; jamais houve malícias e maldades
em seus discursos. Os discursos Dele eram talhados de toda verdade, mas não
eram meras verdades aceitas pelo mundo. Ele estava engajado na verdade eterna;
Suas palavras brilhavam a luz do céu. Por essa razão suas palavras vinham como
espada, ferindo o orgulho dos homens e revelando todas corrupções dos seus
corações. Foi por essa razão que tentaram matar-lhe antes da cruz.
Não é essa a verdade acerca do Salvador?
O mundo mudou sua atitude em relação a Ele? Não! O mundo é o mesmo e prova o
quanto o Salvador ainda é objeto do seu desprezo. O mundo idolatra a história
da morte de Jesus, porque quer vê-Lo morto, mas não pode tolerar o fato que Ele
ressuscitou e que aparece agora no modo de viver santo e justo do povo de Deus.
O Salvador continua sendo objeto do desprezo do homem natural, mostrando isso
na forma como atacam os santos de Deus.
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