“Quem pode dizer: Purifiquei meu
coração; limpo estou do meu pecado?” (Provérbios
20:9)
É UMA
RESPOSTA IMPOSSÍVEL, PORQUANTO MOSTRA UM CARÁTER ATIVO: “purifiquei”
Entendamos bem a pergunta, porque se a
resposta mostra uma atividade do homem no tocante à purificação dos seus
pecados, então significa que há algo errado. Será que o homem não tem poder
para purificar-se a si mesmo? Será que não tem alguém neste mundo que possa
afirmar perante Deus e perante todos que um dia ele mesmo pode purificar-se do
seu pecado e declarar-se limpo? Resta que tomemos a Palavra de Deus para essa
resposta. Consideremos Naamã, o siro leproso (2 Reis 5). Quão arrogante se
mostrou quando soube que precisava ir ao Jordão e lavar-se a si mesmo, a fim de
livrar-se da perigosa lepra! Ele achava que os preciosos rios da Síria eram
muito melhores do que (na linguagem dele) o imundo Jordão de Israel. Havia em
seu coração o famoso preconceito religioso, tão carregado de superstição. Mas,
porque decidiu ir até o profeta Eliseu? Por que não ficou no seu país e buscou
os inúteis recursos médicos ali?
Ah! Quantos corações inchados de uma
perigosa soberba perante Deus! Quantos acreditam que tiveram habilidade
suficiente, para purificarem-se a si mesmos. Ó meu amigo! Quanta confiança vã e
perigosa está rondando sua alma! Quão sutil é o pecado em sua função de
enganar! Muitos acreditam que no batismo conquistaram a purificação de seus
pecados e prosseguem andando para a condenação, sem qualquer percepção dos
perigos que lhes esperam lá adiante. A lepra de Naamã nem pode ser comparada à
lepra do pecado. Nos dias de Naamã não haviam remédios que combatessem aquela
tão terrível enfermidade, mas hoje a medicina já tem resposta para atacar esse
mal. No que tange ao pecado, não há entre os homens, nem tampouco na religião
aqui qualquer meio que ataque e fulmine o pecado de uma vez para sempre.
Devido a soberba enganosa do pecado,
muitos ficam sedados espiritualmente e não percebem que estão sob a ira de
Deus. Não existe apenas a confiança que o batismo resolveu seu problema diante
de Deus. Muitos creem que tudo está bem, devido à sua atividade numa igreja. Conheci
alguém que estava completamente enganado, pelo fato que o pastor na igreja onde
ele frequentava lhe deu a oportunidade de tocar violão. Aquela atividade religiosa
encobriu o perigo que lhe aguardava. Um dia, ao ouvir a verdade do evangelho,
ele confessou que jamais tinha se convertido. Outros confiam que por terem sido
criados numa igreja, tendo os pais crentes, então já estão basicamente
purificados dos seus pecados. Saulo de Tarso foi um que confiou em sua origem
religiosa. Mas quando foi achado pela graça percebeu que não passava de ser o
principal dos pecadores.
Outros confiam em suas obras, acham que
praticando caridades e ajudando os pobres conseguem essa purificação. Alguns
dizem: “Hoje fiz minha boa ação”. Nada contra essas ações, mas quão inúteis
elas são e vêm como um calmante onde há veneno. Nossos atos de justiça aqui têm
serventia aqui mesmo, aos olhos dos homens, mas diante de Deus tem o mesmo
valor de trapo imundo. Quantas almas precisam ser acordadas! Satanás não para
com seus truques e armadilhas colocadas ao longo do caminho largo, por isso a
mensagem santa vem para despertar os que estão dormindo.
Meu amigo, qualquer confiança em sua
capacidade para purificar seu coração do pecado é a mais perigosa e letal
confiança que existe. Homens e mulheres são chamados ao arrependimento. Os
melhores homens do mundo são convocados ao arrependimento. Os mais sábios e
conhecedores da verdade são chamados ao
arrependimento, porquanto todos estão em igualdade perante Deus – todos são
culpados.
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