quarta-feira, 24 de julho de 2019

“UMA DESAFIADORA PERGUNTA” (9 de 10)



“Quem pode dizer: Purifiquei meu coração; limpo estou do meu pecado?” (Provérbios 20:9)
A PERGUNTA PODE SER RESPONDIDA SE ELA APRESENTAR UMA NOÇÃO PASSIVA: “Fui purificado, limpo estou...” (Apocalipse 5:9).
        Voltemos à palavra de Deus e veremos o quanto em toda sua extensão a mensagem é uma só – Redenção, purificação pelo sangue do Filho de Deus. Quem vive sob o engano de que pode purificar-se a si mesmo dos seus pecados, realmente está longe do conhecimento da verdade revelada; vive sob o controle do orgulho próprio e caminha para perigos terríveis. Muitos aprendem, mas ignoram a verdade; muitos se esquivam, porque não creem de coração que a bíblia é a palavra de um Deus que não pode mentir, por isso prosseguem resistindo até à morte.
        Saulo de Tarso foi um dos homens mais religiosos que já existiu; seu fervor era sincero e sua dedicação era inigualável quanto aos costumes dos fariseus. Mas quando conheceu o Salvador e a salvação, a compreensão do fato que sua alma e seu coração haviam sido purificados dos seus inúmeros pecados encheu sua vida de alegria e santo temor. Seu testemunho ao escrever para Timóteo foi que, dentre os pecadores ele era o principal. No orgulho do pecado os homens nem sequer querem pensar numa confissão semelhante. Sob o engano do pecado os homens sempre acham que são mais limpos dos outros; sempre estão se comparando com aqueles que fazem coisas piores. Quando minha esposa põe roupas na máquina de lavar, algumas peças estão mais sujas que outras, mas todas igualmente precisam da mesma água, da mesma quantia de sabão em pó, etc.
        Perante a face do Santo Deus todos estão na mesma condição pecaminosa. Se o coração não foi purificado, então é fato que as mãos não estão limpas. No templo em Jerusalém nenhum sacerdote podia entrar nem no lugar santo, nem tampouco no lugar santíssimo sem purificação; a morte era certa, caso não obedecesse. Como posso ajudar uma alma endurecida? O próprio Israel, nos dias de Isaías tentava, como que manipular Deus, achando que com suas ofertas, louvores e oferendas de sangue no templo seria aceito. A nação lidava com o Deus de Israel, como faziam as nações com seus ídolos. Os homens no pecado agem assim, porque eles fabricam seus ídolos no coração (Jeremias 17:1). Quão terrível, enganoso e corrompido é o coração do homem! Se não houver um ato milagroso da parte de Deus em chamar o homem ao arrependimento; se Deus não abrir os olhos e os ouvidos da alma, certamente o homem prosseguirá assim, mesmo diante da morte.
        Olhemos o homem rico que queria fazer algo para entrar no reino (Lucas 18). Era sem medida sua ignorância quanto Àquela pessoa com quem ele conversava, pois pensava que não passava de um mestre, um rabino: “Bom mestre, que farei...?”. Não sabia que estava perante o grande EU SOU, aquele que conhecia perfeitamente sua vida e seu coração. Ele era religioso e foi criado sob o ensino da lei de Moisés; ele se orgulhava do aprendera desde sua mocidade, até que o Senhor desvendou o altar de idolatria que ele tinha no coração; ele tinha um deus chamado mamon – o deus riqueza e queria comprar um lugar no reino com o que possuía. Certamente a tristeza encheu o coração do Senhor quando ele simplesmente virou-se e foi embora.
        Não é o que acontece com muitos? Não é essa ignorância e dureza de coração que tem levado milhares para a destruição eterna? Milhares tentam obstinadamente prosseguir em caminhos perigosos, especialmente aqueles que são feitos por sistemas religiosos. Alguns confiam no batismo, outros no fato que obtiveram conhecimento bíblico, outros porque nasceram numa família religiosa, outros confiam em sua vida moral.




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