“Sim, a verdade
desfalece, e quem se desvia do mal arrisca-se a ser despojado; e o Senhor viu,
e pareceu mal aos seus olhos que não houvesse justiça” (Isaías 59:15-18)
O
PREPARO DO GRANDE CONQUISTADOR (verso 17)
É impressionante a visão que temos em
Isaías 59 acerca da condição dos eleitos. Creio que é de grande valor para nós,
a fim de que vejamos que não há condição no homem para chegar a Deus por si
mesmo. Os eleitos percebem sua condição, mas não têm resposta neles mesmos, por
isso, em suas almas eles clamam. Notemos bem que quem vê a situação dos
perdidos é o próprio Deus: “...o Senhor viu e pareceu mal aos seus olhos que
não houvesse justiça” (verso 17). Precisamos lidar com essa verdade, pois não
temos poder para ver a miséria dos perdidos. Assim entramos nessa bendita
jornada, vendo o trabalho do grande conquistador.
O que Ele faz? Ele toma os instrumentos
de defesa: “A couraça da justiça”. Notemos bem que nosso Senhor é visto aqui
como um soldado que irá para a guerra e suas armas aparecem bem definidas. Não
é uma passagem paralela à de Efésios 6, onde os crentes são chamados a batalhar
contra o reino das trevas. Aqui nosso Senhor entra sozinho na peleja a fim de
implantar Sua justiça perfeita, a fim de justificar os eleitos. Ele é a própria
justiça de Deus e é chamado de o Justo. Nosso Senhor entrou no campo da
injustiça; nosso Senhor entrou num território da maldade, perversidade e de
todas as atrocidades das trevas. Ele veio ao mundo imbuído dessa couraça santa,
por isso enfrentou tudo aqui, para desfazer a injustiça com Sua morte. Notemos
bem que o Senhor examina a situação dos eleitos e mostra que não há outro para
socorrer os aflitos; não há braço forte como o Dele; não há alguém para
implantar justiça nos corações, por isso Ele expõe Seu braço forte, capaz de
trazer salvação.
É importante frisar que nosso Senhor tem
uma visão humana; antes de Sua encarnação Ele contempla a aflição dos eleitos e
se dispõe a vir; Ele vê que nada existe aqui no mundo que possa ser tomado para
servir nessa gigantesca obra de salvação. Toda armadura é Dele; todos os
elementos perfeitos vêm Dele e, além disso, ao entrar nesse território minado
de maldade e de terríveis adversários, Ele mesmo haveria de enfrentar tudo, por
amor ao Seu povo. Ao entrar munido da perfeita justiça, nosso Senhor teria de
enfrentar as hostes da injustiça. A Justiça perfeita é um peso de terror para
satanás e seu reino de trevas; a justiça perfeita é a bomba que poderosamente
destrói essa organização de maldade existente aqui neste mundo.
O grande conquistador dos eleitos é
chamado de o Justo; toda sua vida seria a perfeita justiça em ação, no viver,
no falar e em toda obra que seria feita. A meta era trazer justiça e
justificados os injustos. Sem justiça a ira de Deus não seria apaziguada; sem
justiça a lei perfeita de Deus não seria cumprida; sem justiça, o Justo Juiz
mostraria Sua competência em fuzilar os culpados com Sua ira santa e pura; sem
a justiça o reino de trevas não seria destruído e a terra que foi roubada não
seria tomada; sem a justiça não haveria qualquer base para o pleno e completo
triunfo do Senhor manifestado na vida dos eleitos.
Digo mais, que sem a
perfeita justiça não há paz. Como os crentes poderiam viver aqui? Como
encarariam a face de Deus? Como poderiam andar tranquilos e firmes, rumo ao
céu? Como poderiam os salvos cantar: “Na redenção firmado estou, meu cativeiro
já findou?” O grande conquistador dos eleitos se apresentou sozinho e sozinho
foi à rude cruz. Sozinho enfrentou as aterrorizantes hostes de inimigos;
sozinho apresentou com a couraça da justiça. Davi tomou a espada de Golias para
destruí-lo de uma vez. Os santos tomam os mesmos instrumentos do Senhor, a fim
de enfrentar a jornadas dos vencedores e assim seguem sendo triunfantes no
caminho que o Senhor veio e abriu para eles
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