“Sim, a verdade
desfalece, e quem se desvia do mal arrisca-se a ser despojado; e o Senhor viu,
e pareceu mal aos seus olhos que não houvesse justiça” (Isaías 59:15-18)
O
PREPARO DO GRANDE CONQUISTADOR (verso 17)
O Senhor aparece no texto tomando o “capacete
da salvação”. Impressionante! Importa que saibamos que não é o que os crentes
fazem. Nós os salvos, tomamos o capacete da salvação (Efésios 6) com o objetivo
de assegurar nossa firmeza na esperança da glória, tendo em vista o fato que
satanás nos acusa e quer roubar nossa confiança na segurança eterna que temos
em Cristo. Nosso Senhor tomou o “capacete da salvação” a fim de conquistar essa
salvação, pois Ele é o Autor da salvação. Ele colocou esse “capacete” na
cabeça, porque foi Sua meta em lutar por isso, tendo em vista o bem-estar dos
eleitos e desse objetivo jamais se desviou. Claro que Ele também foi alvo dos
ataques de Satanás; foi como Homem mobilizado a descrer em Deus e perder a
segurança em Seus objetivos.
O grande conquistador dos eleitos tomou
o “capacete da salvação” e sozinho enfrentou a ferocidade do inimigo. O bem eterno
dos eleitos estava em jogo e para arrancá-los do perigo do inferno e dos
terrores da morte era necessário encarar todos os tão terríveis inimigos. Nosso
Senhor não ficou intimidado em invadir o território inimigo. Desde o Seu
nascimento Ele foi aos poucos caminhando para o campo minado; aos poucos,
amigos foram se afastando, a fim de deixa-Lo sozinho nessa missão. Afinal, quem
poderia fazer isso? Acharia alguém aqui capacitado para tal tarefa? Claro que
não! A paz veio do céu e a justiça perfeita beijou a terra.
Nunca houve na terra um acontecimento
igual a esse, que mexeu com os céus e sacudiu a terra toda. No Velho Testamento
várias conquistas sacudiram o mundo de então. Raabe testemunhou para os espias
o fato que ao tirar o povo do Egito e abrir o mar vermelho para o povo passar,
com a consequente morte do exército, fez com que as nações temessem e tremessem
(Josué 2). Jericó foi abalado e suas fortes muralhas caíram com a ordem do Deus
de Israel. Mas nada disso compara ao que foi feito na cruz. Para tirar o povo
do Egito, Deus usou Moisés como instrumento. Usou Josué para tomar posse da
terra prometida. Usou Sansão no grande livramento de Israel das mãos dos
filisteus; usou Davi como um grande general, a fim de estabelecer o reinado de
Israel. Mas no tocante à cruz: “Sozinho foi que o Salvador, sofreu lá no
jardim, o amargo fel ali bebeu; sofreu, penou, por mim”.
Além de tudo isso, o grande conquistador
dos eleitos foi abandonado do próprio Pai. Não foi enviado nenhum anjo para ajudá-Lo
para livrá-lo. Toda conquista seria totalmente Dele; todos os eleitos seriam
tomados para Ele; toda força Dele seria do poder da graça tomando posse Dele.
Que conquista! Que história incrível! A igreja está impressionada, encantada
com seu Amado! A igreja conta Sua história e canta essa história que nunca, jamais
será apagada da memória dos santos. Naquele momento, não houve nenhum inimigo
que não estivesse cercando o Senhor. As hostes mundanas e dos anjos caídos
sitiaram a cruz, mas o aparente sucesso delas foi transformado em terror.
O mundo sempre teve suas vitórias
temporárias; as conquistas deste mundo duram pouquíssimo tempo. E não foi assim
com o Senhor? Veio aquela noite de terror, para chegar uma manhã de glória.
Aquele que se submeteu aos gritos, às lanças e chicotes dos inimigos, eis que
nem sequer precisou da força de um anjo para remover a pedra, pode Ele sair da
sepultura para sempre!
Essa é a história contada
do grande conquistador dos eleitos. Não é Ele digno de todo nosso amor? Não é
ele motivo de nosso consagrado desejo de viver por Ele e para Ele? Não é Ele
digno de nossas mais altas expressões de louvor?
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