terça-feira, 16 de julho de 2019

“UMA DESAFIADORA PERGUNTA” (4)



“Quem pode dizer: Purifiquei meu coração; limpo estou do meu pecado?” (Provérbios 20:9)
O DESAFIO DA PERGUNTA MOSTRA O TERRÍVEL PODER DO PECADO.
        Quando tratamos da nossa alma, não temos como remover as imundícies que assolaram nosso ser. Os efeitos mortais do pecado em nosso corpo são resolvidos, mediante os bondosos meios divinos. A fome, a sede e várias enfermidades são solucionadas por pouco tempo aqui. Mas no que tange à alma, eis que é impossível, porque não há no mundo como remover a nódoa da iniquidade. Os problemas do pecado na alma vêm a refletir no corpo. A bíblia deixa claro que todo problema do homem está no coração dele e não por fora. O conhecido verso de Habacuque 2:4 trago  novamente aos meus leitores: “Eis o soberbo, sua alma não é reta nele...”.
        Tentar remover o pecado é um trabalho tão inútil quanto tentar remover a cor da pele. Milhares tentam fazer isso, sem perceber o quanto estão sendo iludidos em seus corações. À princípio parece que dá certo; parece que a pessoa se sente bem ao pensar que o batismo resolveu o problema de sua alma. Mas não demora para que a ilusão seja desfeita e a pessoa venha a ver a realidade do seu coração dominado pela arte do pecado. Às vezes o engano pode durar por muitos anos, até à morte. Muitos percebem tardiamente que estão enganados. O engano ao pensar que conseguiu se limpar perante Deus é uma experiência perigosa e milhares estão envolvidos nela. Alguns são acordados mediante a verdade. Nicodemos ao enfrentar as palavras espirituais e sábias do Senhor revelou estar aturdido ante as realidades jamais ouvidas sobre o novo nascimento (João 3).
        Essa atividade oculta do engano do pecado no coração poderá tornar a pessoa extremamente zelosa por fora em sua religião. Os judeus fanáticos eram movidos por um intenso zelo sem qualquer entendimento (Romanos 10:2). A reação deles diante das verdades gloriosas vindas dos lábios do Senhor revelava um ódio mortal, na plena disposição de assassinar o Senhor (João 6 e 8). Essa atividade tecida no íntimo tende a levar milhares a gastar suas vidas numa religião onde eles se sintam bem; eles gastarão seus bens ali e dedicarão de forma consagrada seu ser em receber todo ensino falso, desde que fique claro que estão bem diante de Deus. Só o poder de Deus é capaz de acordar o pecador desse estado mórbido onde fica mantido até sua morte. O trabalho do pecado no íntimo é fazer o pecador se sentir bem. Se olharmos bem as mensagens de Jeremias ao povo judeu, notaremos que toda intenção de Deus era acordar o povo. Eles beberam um tipo de “morfina”, dada pelos falsos mestres; seus corações ficaram recheados da famosa falsa paz e isso fez com que eles se tornassem duros e obstinados contra os servos de Deus.
        Como podemos ignorar os ardis do diabo e o poder enganador do pecado? Milhares seguem trilhando o caminho largo, descendo com prazer para o inferno, sem, contudo perceber o perigo que lhes cerca. Nosso Senhor deixa claro no fim do sermão do monte (Mateus 7) que muitos naquele dia vão perceber que foram levados por um coração traiçoeiro e ardiloso, quando estiverem perante Ele – o grande Juiz. Não é melhor ser acordado agora? Até mesmos os salvos podem ser ludibriados pelo orgulho, em achar que conseguem lavar seu coração e purificar a si mesmo. Por essa razão Pedro faz questão que eles lembrem constantemente que não foi por prata nem por ouro que foram resgatados do fútil procedimento que nossos pais nos deixaram (1 Pedro 1:18).
        Meu amigo, que momento para o grande despertamento em sua vida! Que momento para ser acordado e assim perceber o trágico estado do coração! Que momento para que o pecador enganado veja que não há esperança fora do sangue vertido na cruz pelo Cordeiro puro e sem mácula – o Senhor Jesus.

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