“Tributai
ao Senhor, ó famílias dos povos, tributai ao Senhor glória e força. Tributai ao
Senhor a glória devida ao Senhor nome; trazei oferendas e entrai nos seus
átrios. Adorai o Senhor na beleza da sua santidade; tremei diante dele, todas
as terras” (Salmo 96:7-9)
A
EXCELÊNCIA NA ADORAÇÃO: “Adorai ao Senhor na beleza...”
Acheguemo-nos para adorar ao Senhor na
beleza da sua santidade. Todos os crentes são chamados a esse lugar santo a
cada instante, onde estiver, em qualquer lugar, sozinhos, com o povo de Deus na
comunhão de um culto, em oração, no trabalho, na escola, no lar, etc. O Senhor
que nos amou e nos comprou com seu sangue é o nosso Deus, ele está perto e nos
ama. Estamos partindo para a glória eterna e lá conheceremos perfeitamente aquele
que nos chamou para si. Desprezemos o mundo com suas paixões, a fim de
desfrutarmos, de forma antecipada, dessas maravilhas que somente os santos
podem desfrutar pela fé.
Outra lição deve ocupar nossos corações,
a fim de que venhamos a sentir a santa ousadia em adorar nosso Senhor
continuamente, é o fato que sua santidade é bela: “...na beleza da sua
santidade”. Será que podemos entender esse fato? O que nosso Senhor quer nos
ensinar com isso? A primeira lição é que sua santidade irradia as maravilhas da
salvação. A conquista da cruz não anulou a beleza e a glória de Cristo. O fato
que ele veio e tomou sobre si nossos pecados, em nada conspurcou sua glória.
Pelo contrário, irradiou ainda mais a beleza do Senhor diante do seu povo. A
salvação que nos foi dada é belíssima, santa, pura; os que entraram nesse
recinto de vida eterna perceberam que esse lugar, de fato transmite temor, mas
ao mesmo tempo é um ambiente de amor, de liberdade, de alegria e paz. A
salvação em Cristo nos tirou das trevas para a maravilhosa luz, para um
ambiente do amor do Filho de Deus, onde fomos aceitos como filhos.
Notemos bem que aquelas três mil almas
que se converteram, imediatamente se uniram numa só alma, porque juntas elas
tinham o mesmo temor, a mesma fé e a mesma disposição de alegria para amar ao
Senhor e aprender dele. A santidade de Deus não perturba a alma salva, não a
afugenta, pelo contrário, ela se aproxima para conhecer o que significa
deleitar-se no Senhor. Há um antigo hino, cujo autor transmite a verdade de
como a fé ordena a alma a aproximar-se do Senhor em santa felicidade:
Oh! Minha alma, sem
demora, ergue-te para entoar
Os louvores do teu
Cristo e seu nome celebrar!
Notamos bem nessas palavras o quanto a
salvação nos leva a sentir atraídos pela santidade de Cristo, porque é algo
impressionantemente belo. Fomos ligados a ele; fomos unidos para sempre à sua
natureza santa; somos agora participantes dessa santidade. Salvação que não une
o homem à santidade do Senhor não é salvação bíblica; é fraude religiosa. Salvação
que mantem o homem ligado ao mundo e amante desse sistema, jamais conheceu o
perfeito salvador no íntimo. Tudo o que resulta da salvação é belo e santo. O
perdão, a justiça, a vida eterna, a chamada, a eleição, a posição de filhos de
Deus, a adoção, etc. Tudo isso declara que o ambiente do salvo é de pura
santidade e que pela fé somos impulsionados a amar ao Senhor, a adorá-lo, a
pensar nele e ter nossos afetos nele. Assim entenderemos o que significa a
beleza da sua santidade.
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