terça-feira, 9 de maio de 2017

ADORANDO A DEUS (9)

Salmo 96:1-6
AS RAZÕES DA ADORAÇÃO A DEUS (vs. 4-6)
        O texto nos leva também a considerar o temor ao Senhor, porquanto é impossível amar e adorar o grande Deus, sem que tenhamos temor reverente em nossos corações. A bíblia nos leva a esse sentimento santo, mobilizado pelo conhecimento da verdade em nossos corações. Posso garantir aos meus leitores que, o que está ocorrendo em nossos dias com tanto barulho de louvor e adoração no meio evangélico, não é resultado de corações que temem e tremem diante da majestade celestial. A adoração a Deus não é mostrada por palhaços à frente da igreja fazendo a plateia rir, nem é mostrada por coreografias, mas sim por corações que estão paralisados de temor perante a grandeza de Deus revelada nas Escrituras sagradas.
        Cuidemos porque corações endurecidos lutam para negar a glória que pertence a ele. Corações obstinados podem encher um salão e dar uma impressão de que amam a Deus. Para Israel o bezerro de ouro era uma demonstração de que realmente estavam certos, mas o fato era que eles agiram em rebeldia contra Deus e não em temor. Quando homens negam a Deus no viver diário, normalmente eles tentam compensar isso com atividades religiosas cheias de fervor. Nada pode mudar um coração obstinado contra Deus, nem mesmos as mais poderosas manifestações das grandezas de Deus. Nabucodonosor não se converteu porque Daniel revelou-lhe o sonho da estátua (Daniel 2). Assim que tudo passou, eis que ele se ergueu em ódio, a fim de fazer uma estátua toda de ouro, para mostrar que seu reino não passaria e que não entregaria o seu poder para outros povos. Nem mesmo vendo os três amigos de Daniel saindo ilesos da fornalha mudou sua atitude, até que Deus o levasse à desgraça de ser lançado no mato, a fim de agir como um animal, até que reconhecesse que Deus reina acima dos homens.
        Também, tudo aqui desafia a mostrar que não pode haver divindades que ousam comparar com Deus: “... porque grande é o Senhor, ...mais temível que todos os deuses”. O mundo rebelde é composto de homens cujos corações estão cheios de ódio contra Deus, por isso as provas claras da grandeza e da absoluta soberania de Deus são rejeitadas abruptamente em seus corações. Os homens no pecado querem a glória para si e por isso rejeitam no íntimo a dar glórias somente a Deus. É essa verdade que enche a mensagem do cap. 1 de Romanos, a partir do verso 18. Então, adorar a Deus sem reconhecer que “grande é o Senhor” é atitude de arrogantes e Deus despreza tal adoração. O Senhor não se compraz em cultos onde há idolatria, não importa qual é o ídolo presente; ele tem prazer em corações santificados e em lábios que realmente confessam seu nome. Onde há sincera confissão, ali há sincera adoração.
        Além disso, devemos lembrar que santos de Deus aprenderam a tremer diante do Senhor, por isso curvaram em humildade perante sua glória. Adoração verdadeira é resultado de corações que amam somente ao Senhor e que não estão divididos. Deus não aceita corações pela metade, ele exige o ser inteiro daqueles que se apresentam para adorá-lo em Espírito e em verdade. Nessa adoração o mundo é apagado, os interesses profundos são destruídos pela fé e toda verdade está perante a face do adorador. A alma foi salva? Então há de cantar os louvores dessa tão grande salvação, conforme a mensagem de um belo hino:
                “Oh! Minha alma sem demora, ergue-te para entoar
                Os louvores do teu Cristo, o seu nome celebrar.
                Pra remir-te, sua vida te quis dar!”

                                    


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