“Tributai
ao Senhor, ó famílias dos povos, tributai ao Senhor glória e força. Tributai ao
Senhor a glória devida ao Senhor nome; trazei oferendas e entrai nos seus
átrios. Adorai o Senhor na beleza da sua santidade; tremei diante dele, todas
as terras” Salmo 96:7-9
INTRODUÇÃO:
Não podemos passar por cima das riquezas
que o Salmo 96 traz para nós. Suas maravilhas ultrapassam os ensinos da lei e
mostram aonde chega a graça de Deus em operar maravilhas em todas as nações. Os
versos 1 a 6 nos ensinaram como devemos adorar a Deus com nossos cânticos e
quais as razões que devemos usar nossas vozes para proclamar esses louvores ao
nosso grande Deus. Os seis primeiros versos nos fez mergulhar na imensidão da
grandeza de Deus, a fim de mostrar o quanto o mundo é inútil e louco ao
reverenciar os ídolos, e como habitamos na luz da glória do Senhor, a fim de
prestarmos verdadeira e sensata adoração, como temor e tremor.
A partir do verso 7 veremos como a
adoração deve atingir um nível de excelência, porque é mais do que cânticos;
que devemos ir além, a fim de mostrar atitude de verdadeiros sacerdotes, que
amamos nosso Senhor e temos em nossos corações ações de graças, por isso oferecemos
adoração ao Senhor com tributos. Isso quer dizer que vai além de meras
palavras, de meros cânticos para extrair forças vibrantes do coração para
adorar a Deus. Precisamos saber disso; precisamos lembrar que Deus é digno de
temor e tremor; precisamos lembrar que ele não aceita aparências nem linguagem
lisonjeira. Deus vê e recebe o homem no coração.
Falo isso porque vemos o quanto milhares
com o nome de crentes nada têm para dar, e assim o viver é de profundo egoísmo,
mostrando que realmente nada conheceram desse maravilhoso Deus e de sua
salvação. A vida cristã é vivida por homens e mulheres, cujos corações estão
carregados de temor. Não vejo que é mera gratidão, porque quando somos gratos
porque alguém fez algo por nós, facilmente retribuímos e achamos que liquidamos
nosso débito. No caso do nosso Deus é diferente, porque os salvos são pessoas
que foram envolvidas em temor, pois foram sacadas de um estado de miséria e
Deus lhes mostrou o quanto eram culpados e que foram privilegiados com
surpreendente obra feita unicamente pela graça. Vemos isso em Atos, porque
quando aquelas três mil almas se converteram passaram a viver em temor (e não
em mera gratidão).
Na graça os salvos sabem bem que não há possibilidade
de pagar a Deus. Mesmo assim a natureza pecaminosa espertamente tenta mostrar o
quanto pode mostrar seus atos de justiça. Comumente vejo pessoas tentando pagar
seus débitos a Deus. Eles vão à igreja na Escola Dominical, mas acham que não
precisam ir ao culto da noite; se deram uma oferta num culto já estão
desobrigados de qualquer sacrifício a mais. Mas fazem isso e têm outras atitudes
piores para com Deus, porque realmente não conhecem o temor ao Senhor. O
mundanismo é a marca principal de muitos chamados evangélicos em nossos dias. Devido
ao fato de amar o mundo, então fazem um sacrifício aqui e ali, a fim de
justificar seus atos perante Deus. Mas as lições do Salmo 96 não são dirigidas
a tais pessoas. O que vemos a partir do verso 7 são genuínos crentes adorando a
Deus na igreja, no lar com os filhos, no viver particular. Não há diferença,
pois são crentes, participantes de um reino sacerdotal. São pessoas que amam ao
Senhor porque sabem que Deus lhes amou primeiro, por isso oferecem todo ser
àquele que pela graça se manifestou em salvar-lhes do pecado.
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