quinta-feira, 18 de maio de 2017

A HISTÓRIA DA NOSSA REDENÇÃO (4)




“E a vós outros, que estáveis mortos pelas vossas transgressões e pela incircuncisão da vossa carne, vos deu vida juntamente com ele, perdoando todos os nossos delitos; e tendo cancelado o escrito de dívida, que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual nos era prejudicial, removeu-o inteiramente, encravando-o na cruz; e, despojando os principados e potestades, publicamente os expôs ao desprezo, triunfando deles na cruz” (Colossenses 2:13-15).
NOSSA CONDIÇÃO NO PECADO: “E a vós outros que estáveis mortos...”
        Já foi provado no texto a condição dos homens como espiritualmente mortos, por meio das transgressões. Os crentes viviam assim, pois nossas obras mostravam que algo terrível ocorrera em nós; que não funcionávamos para o propósito principal – a glória de Deus; que todo nosso ser foi danificado pelo poder da morte e assim o pecado passou a funcionar como o agente que opera no homem, para os propósitos inúteis e pervertidos do pecado; que satanás aproveitou de tudo isso, a fim de erigir seu reino de mentiras e de perversidades, por meio de homens energizados para funcionar como ele sempre quis. Bastou que Deus autorizasse, eis que imediatamente o diabo soltou seu exército de caldeus e outros elementos perversos para destruir todos os bens e a família de Jó (Jó 1). Nós vivíamos assim e potencialmente tínhamos tudo para caminhar pelas veredas da destruição.
        Mas o texto continua provando nosso estado de mortos espirituais, mostrando como a lei também prova, mediante o rito da circuncisão: “...e pela incircuncisão da vossa carne”. A primeira lição é que Deus, no Velho Testamento usava esse rito no meio do povo de Israel, para mostrar simbolicamente quem realmente pertencia a ele. Sem a circuncisão (um corte feito na pele do órgão sexual do menino), ninguém podia participar da religião judaica. A circuncisão é a maior prova da condição imunda do pecador e a prova de que ele só produz miséria nesta vida. O órgão sexual masculino revela que o homem gera pecadores: “...e em pecado me concebeu minha mãe” (Salmo 51:5). Não geramos crentes; não produzimos homens santos e espirituais, mas sim pecadores que saem do útero para mentir contra Deus (Salmo 58:3). Sem dúvida alguma esse ensino é demasiadamente humilhante para nossa natureza, porque a circuncisão quebrava todo orgulho, no ato de ver uma criança sentido fortes dores ao sofrer aquele corte. Assim também os homens não são aceitos por Deus sem sofrer um corte no coração, porque o evangelho humilha e leva o homem ao desespero.
        Que triste situação nós estávamos, porque vivíamos sem esperança e sem Deus neste mundo (Efésios 2:12). Nada havia em nós que agradasse a Deus; nada havia em nós que pudesse nos mover a adorar ao Senhor, buscar seu caminho e andar com ele rumo ao céu. Nós éramos fregueses do inferno e gostávamos de caminhar para lá, acreditando que a morte seria um sossego e eterno descanso. Quantos pensam enganosamente a respeito de Deus! Acreditam que se forem bonzinhos e bem religiosos, se adorarem a Deus, então Deus está com eles. O Deus da bíblia não muda. Sem a salvação que há no Filho, eis que os homens estão na miséria, na condição de mortos no pecado. Por essa razão o evangelho vem anunciar a redenção, vem mostrar o caminho para o céu e dar vida, a vida que há no Filho aos que agora jazem na tumba do pecado e no maligno (1 João 5:19).

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