terça-feira, 2 de maio de 2017

DESCOBRINDO OS ELEITOS DE DEUS (7)

“Pelo contrário, Deus escolheu as coisas loucas do mundo para envergonhar os sábios e escolheu as coisas fracas do mundo para envergonhar as fortes” (1 Coríntios 1:26-30)
QUEM DEUS ESCOLHEU (    versos 27 e 28).
        Já vimos o que significa as “coisas loucas”, e sabemos que todos os escolhidos são tachados de loucos pelo mundo, não importa o grau de instrução, se são ricos ou pobres, ou mesmo a raça. Estar ligado a Cristo na salvação significa que está morto para este sistema enganador e que agora pertence ao reino celestial. O mundo ama o que é dele; o mundo aplaude e aprova os que pertencem a esta vida transitória, por isso vão lutar com todas as forças para que tudo funcione do jeito que está. Os mundanos não importam se os homens estão viciados, se são idólatras, e se praticam as suas iniquidades; o mundo tem seu próprio modo de agir com todos. Mas a presença da salvação aos homens intercepta seus costumes. Por essa razão eles os intitulam de loucos.
        “As coisas fracas”. É a forma como o mundo vê os eleitos de Deus. O termo grego traduzido por “fraqueza” significa realmente uma fraqueza tal que revela um estado doentio. Há razão óbvia para que o mundo veja os salvos assim, porque quando o pecador é salvo ele realmente se torna fraco. Eu vejo quanta ignorância há no meio do povo chamado crente, porque muitos se consideram salvos, sem, contudo nunca terem chegado a conhecer seu estado de miséria e inutilidade diante de Deus. Mas a graça sempre opera onde há fraqueza; onde tudo o que parecia ser força e capacidade do homem é atirado para o desprezo, a fim de que a alma realmente encontre com o Salvador e Senhor.
        Ora, o mundo não considera a fraqueza como sinal de força, mas sim de fraqueza mesmo. O mundo despreza a fraqueza; o mundo considera força aquilo que para Deus não passa de arrogância e loucura. Para o mundo ser forte é fazer o que quer fazer; é mostrar personalidade, conquistar o que quiser e ter opinião própria. O mundo admira homens assim e o segue. Mas na graça tudo é diferente, porque ela opera onde o mundo não acha qualquer razão para admirar. O terreno onde a graça opera não atrai a multidão que anseia ver espetáculos e heroísmo.
        Quero aqui mostrar o que realmente significa a fraqueza achada no povo eleito. O fato é essa é fraqueza do homem diante de Deus e não diante dos homens. Ao mirar sua miséria à luz da palavra, eis que homens e mulheres ficam calados e pasmados diante da luz da glória de Cristo. Na conversão os homens se tornam simples e tudo aquilo que para eles era motivo de força e pretensão é atirado fora. Na conversão os homens confessam que são nada diante do fato que não passam de escravos do pecado e condenados ao inferno. Por essa razão eles pegam suas armas e as atiram para longe. Antes estavam prontos a xingar, blasfemar, amaldiçoar e buscar o que eles achavam que era justiça. Mas agora eles simplesmente rendem tudo e se entregam ao Senhor.
        Por essa razão o mundo descobre que eles não são mais aqueles que faziam parte deles. Antes eles estavam juntos na guerra contra Deus (Salmo 2), mas agora eles agem como Raabe, agora está do outro lado e pertence ao povo de Deus. Essa é a fraqueza odiada pelo mundo, mas que é puramente obra da graça em salvar e transformar homens e mulheres.

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