“Pelo
contrário, Deus escolheu as coisas loucas do mundo para envergonhar os sábios e
escolheu as coisas fracas do mundo para envergonhar as fortes” (1 Coríntios
1:26-30)
QUEM
DEUS ESCOLHEU ( versos 27 e 28).
Já vimos o que significa as “coisas
loucas”, e sabemos que todos os escolhidos são tachados de loucos pelo mundo,
não importa o grau de instrução, se são ricos ou pobres, ou mesmo a raça. Estar
ligado a Cristo na salvação significa que está morto para este sistema
enganador e que agora pertence ao reino celestial. O mundo ama o que é dele; o
mundo aplaude e aprova os que pertencem a esta vida transitória, por isso vão
lutar com todas as forças para que tudo funcione do jeito que está. Os mundanos
não importam se os homens estão viciados, se são idólatras, e se praticam as
suas iniquidades; o mundo tem seu próprio modo de agir com todos. Mas a
presença da salvação aos homens intercepta seus costumes. Por essa razão eles
os intitulam de loucos.
“As coisas fracas”. É a forma como o
mundo vê os eleitos de Deus. O termo grego traduzido por “fraqueza” significa
realmente uma fraqueza tal que revela um estado doentio. Há razão óbvia para
que o mundo veja os salvos assim, porque quando o pecador é salvo ele realmente
se torna fraco. Eu vejo quanta ignorância há no meio do povo chamado crente,
porque muitos se consideram salvos, sem, contudo nunca terem chegado a conhecer
seu estado de miséria e inutilidade diante de Deus. Mas a graça sempre opera
onde há fraqueza; onde tudo o que parecia ser força e capacidade do homem é
atirado para o desprezo, a fim de que a alma realmente encontre com o Salvador
e Senhor.
Ora, o mundo não considera a fraqueza
como sinal de força, mas sim de fraqueza mesmo. O mundo despreza a fraqueza; o
mundo considera força aquilo que para Deus não passa de arrogância e loucura.
Para o mundo ser forte é fazer o que quer fazer; é mostrar personalidade,
conquistar o que quiser e ter opinião própria. O mundo admira homens assim e o
segue. Mas na graça tudo é diferente, porque ela opera onde o mundo não acha
qualquer razão para admirar. O terreno onde a graça opera não atrai a multidão
que anseia ver espetáculos e heroísmo.
Quero aqui mostrar o que realmente
significa a fraqueza achada no povo eleito. O fato é essa é fraqueza do homem
diante de Deus e não diante dos homens. Ao mirar sua miséria à luz da palavra,
eis que homens e mulheres ficam calados e pasmados diante da luz da glória de
Cristo. Na conversão os homens se tornam simples e tudo aquilo que para eles
era motivo de força e pretensão é atirado fora. Na conversão os homens
confessam que são nada diante do fato que não passam de escravos do pecado e
condenados ao inferno. Por essa razão eles pegam suas armas e as atiram para longe.
Antes estavam prontos a xingar, blasfemar, amaldiçoar e buscar o que eles
achavam que era justiça. Mas agora eles simplesmente rendem tudo e se entregam
ao Senhor.
Por essa razão o mundo descobre que eles
não são mais aqueles que faziam parte deles. Antes eles estavam juntos na
guerra contra Deus (Salmo 2), mas agora eles agem como Raabe, agora está do
outro lado e pertence ao povo de Deus. Essa é a fraqueza odiada pelo mundo, mas
que é puramente obra da graça em salvar e transformar homens e mulheres.
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