“E
a vós outros, que estáveis mortos pelas vossas transgressões e pela
incircuncisão da vossa carne, vos deu vida juntamente com ele, perdoando todos
os nossos delitos; e tendo cancelado o escrito de dívida, que era contra nós e
que constava de ordenanças, o qual nos era prejudicial, removeu-o inteiramente,
encravando-o na cruz; e, despojando os principados e potestades, publicamente
os expôs ao desprezo, triunfando deles na cruz” (Colossenses 2:13-15).
NOSSA
CONDIÇÃO NO PECADO: “E a vós outros que estáveis mortos...”
Paulo mostra a história da nossa
redenção contando onde foi que o pecado nos colocou: “...que estáveis mortos...”.
Não vejo outras palavras que revelam nossa horrível condição com tanta clareza
do que essas vistas nesse verso. Sei o quanto satanás fará com que os evangélicos
fiquem dormindo para esse fato, porque a nossa natureza não quer nem pensar que
o pecado nos jogou nesse sepulcro. Não ficamos surpreendidos com nossa queda,
com nossa condenação e com algumas atitudes que temos contra Deus. Mas o fato é
que não queremos saber da profundidade do ensino acerca da depravação total;
não queremos que o sepulcro seja aberto, a fim de que Deus conte acerca de
nossa podridão, que fomos atirados a este mundo vil e completamente
aprisionados pelo poder da morte.
Mas importa que entremos nesse assunto
com humildade e temor, reconhecendo que foi o Deus da verdade que trouxe esses
fatos à baila, caso contrário jamais saberia. Também, importa que saibamos o
quanto essa verdade é tão salutar às nossas vidas, porque lança fora todo nosso
conceito tão errado, acerca do livre-arbítrio e de que Deus respeita a
liberdade humana e espera dos homens uma atitude aceitá-lo. Chegou o momento
para que seja fulminada nossa soberba natural; para que se cale toda boca e
todo mundo seja achado exatamente nessa condição descrita nesse texto acima,
como também em Efésios 2 e João 5. O que podemos esperar dos homens no pecado? O
mesmo que esperamos de um defunto. Há possibilidade natural de mudança em um
morto? Pode ele por si mesmo levantar, andar, falar e agir? Não adianta tentar
encontrar uma explicação, porque será inútil. Não há esperança na morte, porque
tudo é desesperador e qualquer tentativa para mudar a situação é vã e é satanás
quem é esperto e hábil para fazer com que mortos espirituais pareçam que estão
com vida, e assim ele consegue encher as igrejas de defuntos.
Paulo comprova o estado de mortos espirituais
na qual nós estávamos mostrando pelas transgressões: “...pelas nossas
transgressões...”. Queremos a prova da morte? Se não estivermos satisfeitos com
a prova da morte física, então vamos para nosso estado no pecado. O termo “transgressões”
é o termo grego “paraptomasin”. O ensino desse vocábulo vem transmitir o fato
que o pecado nos atirou na sarjeta deste mundo, como acontece com defuntos sem
qualquer valor. Na criação fomos feitos para o louvor do criador, para
deleitarmos nele e vivermos a vida dele. No pecado tudo o que funcionava era
chamado de “transgressão”; que nosso ser estava sendo usado e carcomido pelo
pecado e que somos assim preparados para a morte eterna. O mundo diabólico vê
utilidade na morte, porque satanás consegue fazer que os mortos funcionem bem
em seu reinado de miséria e de destruição. Mas para Deus os mortos nenhum valor
têm, assim como não vemos num defunto qualquer coisa que seja útil, senão que
seja sepultado logo, antes que entre em putrefação.
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