“Pelo
contrário, Deus escolheu as coisas loucas do mundo para envergonhar os sábios e
escolheu as coisas fracas do mundo para envergonhar as fortes” (1 Coríntios
1:26-30)
QUEM
DEUS ESCOLHEU ( versos 27 e 28).
Os salvos se tornam fracos, porque foram
despertados para a realidade do pecado e da misericórdia de Deus em favor
deles. A graça não opera, senão na fraqueza e isso é verdade desde a conversão
da alma. O velho homem precisa morrer, porque sem isso ele continuará forte,
presunçoso e disposto a guerrear contra o Deus da verdade. A fraqueza dos
salvos é vista como fraqueza por Deus, mas não significa que eles se tornam
inaptos e covardes no mundo. Pelo contrário, os salvos se tornam fortes, porque
a salvação faz o homem cheio de vigor e fé para encarar o mundo. A força deles
é energizada pela verdade e justiça, por essa razão os santos enfrentam o mundo
com coragem, para mostrar o quanto o pecado é covardia e a verdade é ousada e
destemida.
Os fracos são fracos do ponto de vista
deste mundo. Mas a graça opera a força que leva os santos a não mais viver no
pecado. Quando José fugiu daquela perversa mulher de Potifar, para o mundo
aquele ato dele foi covardia, mas para Deus foi um ato de vigorosa força, a qual
faz o homem de Deus fugir do mal. A liberdade vivida pelos santos lhes concede
discernimento para avaliar suas decisões; à luz do temor do Senhor eles querem
acima de tudo glorificar a Deus e amar o próximo. Para isso eles precisam ser
fortes. Os fracos veem sua fraqueza e correm para Deus, alimentando-se de sua
palavra e rogando sua graça em oração.
As coisas humildes. É impressionante a
obra salvadora do Senhor na vida de homens e mulheres neste mundo. Sabemos que
a obra mais poderosa do pecado é levar os homens à ganância, ao desejo de ter
riquezas e bens aqui. Para os mundanos o segredo da felicidade consiste em ter
possessões terrenas. Por essa razão o mundo se agita nisso e vive à busca diária
desses recursos que aparecem, mas que de repente somem. Não há nada de errado
nas riquezas e sei que muitos que lutam por isso trabalham com honestidade e
ardor, querendo dar o melhor para os seus e assim servir ao seu povo. Nosso
Senhor condenou o amor às riquezas e não às riquezas em si mesmas.
Na conversão não significa que as
pessoas perdem suas riquezas, significa que as pretensões terrenas, de riquezas,
de ambições, de luxo, de nome, tudo isso cai por terra. Não significa que as
pessoas não queiram mais os bens daqui; não que lutamos por viver na pobreza,
mas sim que essas coisas perdem o valor no viver, diante da verdade eterna do amor de Cristo e das riquezas que hão de
vir. Significa que a vida ganha um repouso na suficiência de Cristo; que agora
todos os bens são encarados como possessões de Deus e que um dia serão tirados,
a fim de receber aquilo que durará eternamente. Eles não têm seus corações
ligados a essas coisas, por isso podem usar da maneira correta, servindo
aqueles que realmente precisam. Os santos usam seus bens a fim acumular mais
riquezas na glória. Eles aprendem que o segredo de ter mais é dar mais, por
isso vivem neste mundo para mostrar a bondade de Deus no trato com aqueles que
estão necessitados.
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