quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

A HUMILDADE E SUBLIMIDADE DO FILHO (7)

“Vim do pai e entrei no mundo, todavia, deixo o mundo e vou para o Pai” (João 16:28).
SUA HUMILHAÇÃO: “...e entrei no mundo...”
        Também, nosso Senhor entrou no mundo e simplesmente encobriu toda sua glória da divindade. Algumas vezes manifestou sua glória aos seus discípulos, como ocorreu na transfiguração. Noutras oportunidades, quando realizou milagres, algumas pessoas puderam compreender que ele era o próprio Jeová que se tornou carne. Os discípulos cheios de temor sabiam disso e confessavam que ele era, de fato o Filho de Deus.
        Mas a verdade é que nosso Senhor entrou neste mundo para cumprir sua missão de Homem obediente ao Pai. Em Filipenses 2 Paulo esclarece esse ensino, quando afirma que nosso Senhor simplesmente recusou manifestar sua glória, a fim de que pudesse ser aqui um servo, como de fato foi entre os homens. Seu corpo foi um tipo de um tabernáculo que ele usou, mas mesmo assim João afirma que ele e outros discípulos viram sua glória. Notamos isso em seu humilde nascimento, como veio para nascer de uma mulher e numa estrebaria, a fim de representar-se como o “cordeiro de Deus”. Passou também pela infância e adolescência sempre humilde, ajudando sua família terrena, até que chegasse o momento, quando iniciaria seu ministério.
        Incrivelmente não começou de uma forma diferente, porque se submeteu ao Espírito Santo, a fim de que ficasse no deserto quarenta dias e quarenta noites, sendo tentado pelo diabo. Durante todo aquele tempo submeteu seu corpo terreno à humilhação e assim enfrentou satanás, trazendo-lhe uma derrota esmagadora. Foi ali perante o pai da mentira que o Senhor, como Homem declarou sua confiança em Deus e na palavra de Deus, para mostrar a satanás sua completa derrota diante da verdade revelada.
        Em toda jornada do Senhor foi sempre assim. Como Homem aprendeu obediência através do sofrimento. Em nada se utilizou de suas prerrogativas divinas, a fim de esmagar os homens; jamais tomou posição de juiz, mas sempre se manteve ativo como servo. No meio da humanidade o Deus-Homem serviu aos homens e fez isso pela fé, pois pode colocar toda sua confiança no poder de Deus. Todos os seus milagres foram feitos sob o poder de Deus e assim podia ensinar aos seus discípulos o quanto eles deviam confiar em Deus em singela fé. Em todos os seus milagres ele pode exaltar e glorificar o pai, sempre se ocultando, mas mesmo assim sendo adorado e admirado por muitos. É claro que ele jamais se desvencilhou dessa adoração, porque era Deus.
        Também, em tudo pode mostrar aos homens o quanto era homem em todos os aspectos da humanidade. Ele enfrentou a fome, como todos nós enfrentamos. Ele enfrentou tristeza, chorou diante da miséria dos homens, compadeceu-se da multidão e caminhou rumo ao seu objetivo. Satanás utilizou-se de todos os meios, a fim de impedir que ele sofresse a morte de cruz. Seria melhor que ele morresse como normalmente morrem os homens. Mas não foi assim com o Senhor, pois seguiu humilde até à cruz, a fim de ali render seu espírito, cumprindo sua missão.
        Tudo isso tenho falado porque é importante que saibamos dessas verdades. A humanidade perfeita do Senhor, quando é bem compreendida no coração, sem dúvida é uma lição que transborda os corações de humildade e temor. Muitas coisas os discípulos só compreenderam após a ressurreição. Sem a presença do Espírito Santo descendo para habitar neles, essas lições jamais seriam compreendidas no íntimo. Mas quando eles receberam esse santo batismo, tudo mudou e aqueles homens se humilharam assim como acontecia com todos os convertidos. Quanto nós hoje precisamos compreender tais verdades!  Quanto falta de temor ao Senhor em nossos dias! Tudo isso ocorreu porque ele amou perdidos e se ofereceu a si mesmo, a fim de busca-los.

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