“Vim do
pai e entrei no mundo, todavia, deixo o mundo e vou para o Pai” (João 16:28).
SEU TRIUNFO: “...todavia
deixo o mundo...”
Nosso Senhor
deixou este mundo exatamente no tempo marcado para deixar, conforme a agenda de
Deus. Não deixou antes, nem depois desse prazo. Deixou cumprindo com êxito o
projeto da eternidade, pois veio e submisso deixou ser seu viver controlado
pelo Espírito Santo, até que na cruz se tornasse o objeto do furor da ira de
Deus. Foi ali que Deus mesmo executou seu Filho. O que Abraão foi impedido de
fazer com Isaque, Deus foi mobilizado em seu amor para cumprir os planos da
redenção. Seu cordeiro chegou à cruz e se portou como um cordeiro mudo, a fim
de que fosse sacrificado e assado sob o terrível e intenso furor da ira de
Deus.
Então, seu
regresso ao céu é o brado de vitória da graça! Deixou para traz um mundo
estarrecido e os poderes das trevas agora sentindo de perto o impacto da
derrota e da condenação eterna que lhes aguarda no lago de fogo. O Filho não
subiu ao céu como um ser humano arrependido e salvo sobe. Os salvos sobem para
a eterna mansão sob as asas da conquista do Filho, afinal, ele veio para levar
muitos filhos à glória. Sua subida ao céu, entretanto, foi porque cumpriu com
êxito sua missão e o próprio Pai o elevou, a fim de exaltá-lo acima de todo
nome; a fim de que os inimigos, anjos e homens soubessem que ele agora está
pondo tais inimigos debaixo dos seus pés. Não chegou ao céu pedindo desculpas,
porque não pode suportar a pressão, porque não resistiu aos terrores. Chegou
aclamado pelos anjos como o grande vencedor; chegou deixando no mundo milhões
de pecadores salvos entre os gentios e judeus. Assim, no céu e na terra há
proclamação das maravilhas da graça diante da impressionante obra redentora do
Filho, feita perfeitamente.
Agora está
instalada no céu, para a grande derrocada do império das trevas, as grandes
maravilhas da graça. Aqui em baixo, para os que vivem pela fé, eis que as
Escrituras bradam essa conquista. Agora os santos se deleitam naquilo que lhes
fora entregue. Os santos miram esses registros, eles leem, ouvem e ficam
admirados, prostram perante essa verdade e adoram o Senhor, assim como os
discípulos o adoraram após a sua ressurreição. Não há lugar para que os santos
vivam tristes, se sentindo abandonados, como os dois discípulos de Emaús.
Quando seus olhos miram a história da redenção conforme lhes é narrada nas
sagradas letras, eles sabem bem que aquilo veio de Deus para eles. Mais do que
isso, essas verdades solenes e santas da redenção foram gravadas de forma
indelével em seus corações, por isso eles podem dizer aos homens: “Como podemos
deixar de falar daquilo que vimos e ouvimos?”.
declaro também que nosso Senhor deixou este mundo de forma
visível, mas está presente nos crentes de modo invisível, por meio do seu
Espírito. Para os santos ele é o mesmo Emanuel: “Deus conosco”. Está presente
de forma impressionante, conversando com os seus eleitos, fortalecendo-os,
animando seus servos na batalha, admoestando, corrigindo sua igreja na terra e
defendendo seu povo contra as perversidades do inimigo. Também, o mundo percebe
essa presença que lhe é indesejável, por causa do viver justo dos crentes. Esse
aroma tem cheiro de morte, porque eles estão perecendo. Satanás luta
intensamente para confundir e perverter ainda mais as mentes sórdidas e
incrédulas dos homens. Mas nada pode mudar o fato que o Senhor Jesus está
presente sim.
Finalizo
aqui para dizer que ele está presente para conquistar os perdidos. Ele é o
evangelista dos evangelistas. Ele ainda tem neste mundo aqueles por quem ele
morreu. Ele não os perdeu de vista e no seu tempo, conforme seu poder, ele
atrai pecadores para si. E assim é proclamada a glória do grande e glorioso
salvador e dessa tão grande salvação.
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