“Vim do
pai e entrei no mundo, todavia, deixo o mundo e vou para o Pai” (João 16:28).
SUA
GLÓRIA “...vou para o Pai”
Digo mais
que o Filho voltou à glória com o Pai. O Senhor da glória (Tiago 2:1) retornou
ao seu trono, ainda mais enaltecido, devido a sua obra realizada e consumada
aqui. O que os inimigos não sabiam acerca de Deus, agora ficaram sabendo; o que
não sabiam dos exercícios poderosos da graça salvadora no meio dos homens,
agora estão sabendo, sem que jamais possam explicar. Aqui na terra, judeus e
gentios salvos proclamam a glória desse Deus, porque a luz veio do céu à terra;
a liberdade conquistou milhões que antes estavam aprisionados, por isso sua
subida ao céu é agora contada e cantada aqui em tom de louvor e adoração, por
meio de remidos no mundo inteiro.
Também, veio
como unigênito e subiu ao céu como primogênito. Desceu do céu com o Pai
proclamando ter enviado seu unigênito ao mundo (João 3:16), mas eis que sua
humilhação foi como se ele estivesse aqui sentindo dores de parto, e sua morte
e ressurreição foi como se ele tivesse dado à luz, por isso que ao entrar na
glória ele não se apresentou sozinho. Em Hebreus 2:10 o escritor sagrado diz
acerca dele: “Ao levar muitos filhos à glória...”. Noutras palavras, o Senhor
apresentou ao Pai sua imensa conquista, alcançada com justiça, sob a misericórdia
e na perfeição da graça. Todos os eleitos, de todos os tempos e de todos os
lugares estavam ali representados nesse primogênito. Sua conquista foi tão
exaltada e admirada pelos anjos, porque ele fez com que pecadores se tornassem
justos e santos e eles entraram com ele nessas qualidades realizadas na
salvação.
Vale a pena
meditar nessa obra tão maravilhosa feita pelo Filho. Seu regresso ao Pai não
foi feita de mãos vazias. Ele não foi como o pródigo que retornou
miseravelmente pobre e necessitado. Olhemos nosso Senhor, porque ele subiu ao
céu e foi visto pelo Pai carregando consigo os tesouros tão almejados. Quanta
satisfação encheu o coração do Pai! Ele desceu em humilhação e voltou depois de
tanto sofrer, carregando a recompensa que era obter muitos filhos para a
glória. Agora, cada salvo faz parte dessa companhia celestial e Deus já havia
preparado uma cidade para os filhos conquistados aqui por obra do novo
nascimento.
Ele voltou
para preparar lugar para os seus amados, conforme sua promessa em João 14: “Vou
preparar-vos lugar”. O mundo não seria mais o lugar de habitação daqueles por
quem ele morreu, pois ele veio para arrancá-los desse sistema amaldiçoado pelo
pecado e sujeito à destruição eterna. Para isso ele encheu os corações dos
santos dessa viva esperança.
Mas também,
ele voltou, a fim de colocar os inimigos
debaixo dos seus pés. Quanto terror para os rebeldes! O mundo tem sido o
palco de homens e mulheres que desafiam Deus com suas vidas prontas para as
anarquias do pecado. Mas, cada pecador não salvo deve saber que a rebelião
contra o Filho só marca mais profundo o fato que a morte individual deles é o
Filho de Deus esmagando aqueles que se rebelam contra Deus. Milhares hoje estão
vivendo sob o engano de que podem ludibriar Deus; que podem agir
maliciosamente, utilizando os meios “evangélicos” modernos, a fim de encobrir
suas maldades. De fato, a arrogância é a marca registrado do engano do pecado
no coração. Enquanto os homens estão aqui, eles acham que vão prevalecer, que
nada há de impedir de viver como querem viver.
Mas quanta
loucura dos homens! Eles não sabem o quanto Deus alarga e dá assim mais ao
homem para dilatar-se em seus pecados. Deus permite que os caminhos dos
perversos sejam bem feitos e cheios de atrações aos olhos. Mas quando a morte chega,
eis que elementos assim caem imediatamente nos laços desse temível Senhor. A
ordem a todos é “Arrependei-vos e convertei-vos”.
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