terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

A HUMILDADE E SUBLIMIDADE DO FILHO (10 de 11)

“Vim do pai e entrei no mundo, todavia, deixo o mundo e vou para o Pai” (João 16:28).
SUA GLÓRIA “...vou para o Pai”
        Digo mais que o Filho voltou à glória com o Pai. O Senhor da glória (Tiago 2:1) retornou ao seu trono, ainda mais enaltecido, devido a sua obra realizada e consumada aqui. O que os inimigos não sabiam acerca de Deus, agora ficaram sabendo; o que não sabiam dos exercícios poderosos da graça salvadora no meio dos homens, agora estão sabendo, sem que jamais possam explicar. Aqui na terra, judeus e gentios salvos proclamam a glória desse Deus, porque a luz veio do céu à terra; a liberdade conquistou milhões que antes estavam aprisionados, por isso sua subida ao céu é agora contada e cantada aqui em tom de louvor e adoração, por meio de remidos no mundo inteiro.
        Também, veio como unigênito e subiu ao céu como primogênito. Desceu do céu com o Pai proclamando ter enviado seu unigênito ao mundo (João 3:16), mas eis que sua humilhação foi como se ele estivesse aqui sentindo dores de parto, e sua morte e ressurreição foi como se ele tivesse dado à luz, por isso que ao entrar na glória ele não se apresentou sozinho. Em Hebreus 2:10 o escritor sagrado diz acerca dele: “Ao levar muitos filhos à glória...”. Noutras palavras, o Senhor apresentou ao Pai sua imensa conquista, alcançada com justiça, sob a misericórdia e na perfeição da graça. Todos os eleitos, de todos os tempos e de todos os lugares estavam ali representados nesse primogênito. Sua conquista foi tão exaltada e admirada pelos anjos, porque ele fez com que pecadores se tornassem justos e santos e eles entraram com ele nessas qualidades realizadas na salvação.
        Vale a pena meditar nessa obra tão maravilhosa feita pelo Filho. Seu regresso ao Pai não foi feita de mãos vazias. Ele não foi como o pródigo que retornou miseravelmente pobre e necessitado. Olhemos nosso Senhor, porque ele subiu ao céu e foi visto pelo Pai carregando consigo os tesouros tão almejados. Quanta satisfação encheu o coração do Pai! Ele desceu em humilhação e voltou depois de tanto sofrer, carregando a recompensa que era obter muitos filhos para a glória. Agora, cada salvo faz parte dessa companhia celestial e Deus já havia preparado uma cidade para os filhos conquistados aqui por obra do novo nascimento.
        Ele voltou para preparar lugar para os seus amados, conforme sua promessa em João 14: “Vou preparar-vos lugar”. O mundo não seria mais o lugar de habitação daqueles por quem ele morreu, pois ele veio para arrancá-los desse sistema amaldiçoado pelo pecado e sujeito à destruição eterna. Para isso ele encheu os corações dos santos dessa viva esperança.
        Mas também, ele voltou, a fim de colocar os inimigos  debaixo dos seus pés. Quanto terror para os rebeldes! O mundo tem sido o palco de homens e mulheres que desafiam Deus com suas vidas prontas para as anarquias do pecado. Mas, cada pecador não salvo deve saber que a rebelião contra o Filho só marca mais profundo o fato que a morte individual deles é o Filho de Deus esmagando aqueles que se rebelam contra Deus. Milhares hoje estão vivendo sob o engano de que podem ludibriar Deus; que podem agir maliciosamente, utilizando os meios “evangélicos” modernos, a fim de encobrir suas maldades. De fato, a arrogância é a marca registrado do engano do pecado no coração. Enquanto os homens estão aqui, eles acham que vão prevalecer, que nada há de impedir de viver como querem viver.
        Mas quanta loucura dos homens! Eles não sabem o quanto Deus alarga e dá assim mais ao homem para dilatar-se em seus pecados. Deus permite que os caminhos dos perversos sejam bem feitos e cheios de atrações aos olhos. Mas quando a morte chega, eis que elementos assim caem imediatamente nos laços desse temível Senhor. A ordem a todos é “Arrependei-vos e convertei-vos”.

 

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