“Continue o injusto fazendo injustiça, continue o
imundo ainda sendo imundo; o justo continue na prática da justiça, e o santo
continue a santificar-se” (Apocalipse 22:11)
INTRODUÇÃO:
Cada
ano que passa nossos corações se enchem de esperança por um mundo melhor. Cada
final de dezembro, eis que nossas orações se voltam a Deus em oração, na
esperança de que o mundo há de encher-se de justiça; que a retidão há de
circular nas ruas, nos lares; que o povo há de voltar-se para Deus e que tudo
será melhor aqui. É claro que queremos isso e não vejo como desejos errados. Os
santos e fieis servos de Deus almejam ver um ambiente social sadio aqui;
queremos que nossos filhos e netos sejam felizes, que estudem, trabalhem e
tenham boas condições financeiras; que sejam exemplos de vida enquanto aqui
viverem.
Não
foi esse o desejo do salmista neste mundo? Davi expressou esses sentimentos,
para que elementos perversos fossem arrancados da face da terra e homens justos
reinassem aqui. Durante a história dos homens houve sim períodos de paz e de
prosperidade espiritual e financeiro neste mundo e a razão disso posso atribuir
ao fato que Deus sempre ouviu as orações dos santos e passou a agir com
misericórdia. Podemos aprender com os santos anseios dos santos por um ambiente
melhor neste mundo. Vemos esses desejos expressos pelo salmista no Salmo 144, a
partir do verso 12. Seus santos desejos são manifestos por uma família onde os
filhos são cheios de frutos de justiça no viver; que as bênçãos do trabalho
incansável sejam mostradas em prosperidade e que o pavor seja retirado. Mas
tudo isso acontece porque há um povo diferente na terra, que ora e que busca
viver para Deus e para sua glória.
Talvez
o leitor esteja pensando apenas nos anseios do povo de Deus no Velho
Testamento. Mas no Novo Testamento vemos como Paulo exorta o pastor Timóteo,
para que leve a igreja a orar em favor da sociedade, em favor daqueles que
estão revestidos de autoridade, enfim de todos os homens. Por quê? Ele responde
no cap. 2 de sua primeira carta a Timóteo: “...para que vivamos vida tranquila
e mansa, com toda piedade e respeito”. Então, vemos sim que deve haver da parte
dos crentes uma santa ocupação aqui pelo bem deste mundo, afinal nós somos o
luzeiro deste mundo; somos aqueles que
Fazem com que a justiça ainda brilhe e a santidade
irradie por todos os lugares. Os crentes trazem do céu o oxigênio por meio da
oração e fazem com que todos possam respirar o ar puro que vem da Nova
Jerusalém.
Diante
desses fatos, o que podemos esperar deste mundo? Será que há qualquer
possibilidade de que os homens venham a melhorar e que a maldade seja de uma
vez por todas arrancada pela raiz? Será que há possibilidade de não vermos mais
ladrões, assassinos e perversos? Estou apelando para o texto acima de
Apocalipse 22. É claro que podemos amenizar a situação; é claro que Deus pode,
por meio de um avivamento trazer temporariamente paz sobre a terra. Mas o texto
de Apocalipse 22:11 nos mostrará que é impossível mudar o homem. O que Deus faz
é acorrenta-lo com seu poder; é impedir que eles deem toda vazão quer querem
dar aos seus impulsos de maldade provenientes de seus corações corrompidos. O
que o texto de Apocalipse nos mostra é que este sistema mundano funciona como
um rio, onde as aguas da maldade dos homens correm sempre e continuamente, até
que o dia chegará quando o Senhor haverá de por ponto final nessa jornada de
impiedade e injustiça.
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