sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

O QUE PODEMOS ESPERAR DESTE MUNDO (9)

“Continue o injusto fazendo injustiça, continue o imundo ainda sendo imundo; o justo continue na prática da justiça, e o santo continue a santificar-se” (Apocalipse 22:11)
ESPERAMOS A AÇÃO NORMAL DOS HOMENS.
        Agora é o momento de ver o que acontece com os salvos neste mundo, porque eles são completamente diferentes dos injustos e impuros. Damos louvores ao Senhor pela presença do povo santo neste mundo, porque eles estão aqui para fazer a diferença, para mostrar o contraste entre o que é natural do que é espiritual; entre os descendentes de Adão daqueles que pela graça se tornaram participantes de Cristo. Se lidássemos com a mera religiosidade humana, nada haveria de diferença, porque os homens são iguais. Devemos voltar nossos olhos da fé para o que está escrito, porque somente Deus pode exibir a real diferença entre os atos da graça de Deus no meio dos homens e os resultados terríveis do pecado e da morte.
        O que Deus está mostrando é que, da mesma forma que há uma normalidade entre os injustos e impuros, há também uma normalidade entre os justos e os santos. Se olharmos para o mundo vendo o desenrolar do viver dos homens aqui, do ponto de vista humano, certamente avaliaremos tudo à luz do nosso ponto de vista. Mas o que queremos e devemos fazer é examinar conforme Deus mostra. Se por exemplo buscarmos justiça do ponto de vista humano, certamente veremos que há milhares de homens que agem melhor do que outros, e que até mesmo são mais religiosos que outros. Se olharmos para a vida de um Nicodemos é certo que descobriremos que ele é radicalmente melhor que um Barrabás. Mas dou louvores ao Senhor porque a visão é dele e a diferença está naquilo que ele fez e faz em sua graça no meio dos homens.
        Quem são os justos? “...os justo continue na prática da justiça...”. Agora é o momento para que tomemos a espada do espírito e assim façamos a dicotomia correta. Que saibamos que Deus não olha a aparência, mas sim o coração; que ele faz a diferença entre as obras da fé e as obras da carne; que são radicalmente diferentes os nascidos dele e os nascidos da carne. Deus mostra este mundo do ponto de vista de sua perfeita justiça. Por isso tiremos nossos olhos dos atos de bondade dos homens naturais, da religiosidade deles e de seus bons costumes. O Deus de perfeita justiça exige justiça, por essa razão, se os homens não forem cem por cento justos, então são cem por cento injustos. Saulo tentou com todo seu esforço compenetrar-se na busca pela justiça, então se envolveu em lutar para cumprir as exigências da lei, mas quanto mais lutava, mais a sujeira do pecado aparecia.
        Para Deus a perfeita justiça vem do seu Filho, pronto! Não tem outro meio! Deus chama seu Filho de o Justo e quem não buscar nele essa veste pura, branca e límpida para si (linguagem simbólica), certamente está marcado para ser atirado fora com todos os injustos. Noutras palavras, Deus não está avaliando a justiça do homem por meio de seus atos, se leu a bíblia, se ora bonito, se canta bem e louva, se foi batizado ou se faz o bem ao próximo. Tudo isso parece justo aos nossos olhos, mas aos olhos do Senhor tudo não passa produtos derivados do trapo de imundície.
        Deus convida os homens, para que eles lancem fora toda essa atividade vã e detestável para longe, porque realmente é trapo de imundície (Isaías 64:6). A justiça de Cristo é passada ao pecador que arrependido crê no Senhor Jesus para sua salvação. A justiça é dada ao pecador que vê sua própria sujeira e corre para Cristo à busca da purificação de seus pecados; a justiça é dada imediatamente ao pecador que entende que alguém inocente e justo morreu em seu lugar, um réu e imundo pecador. A justiça a alma humilhada, que confessa sua culpa e encontra em Jesus essa perfeita justiça e assim essa alma é aceita por Deus como livre da penalidade eterna e plenamente aceitável perante Deus.

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