“Continue o injusto fazendo injustiça, continue o
imundo ainda sendo imundo; o justo continue na prática da justiça, e o santo
continue a santificar-se” (Apocalipse 22:11)
ESPERAMOS A AÇÃO NORMAL DOS
HOMENS.
Não
somente os homens são chamados de injustos, como também de “imundos”: “continue
o imundo ainda sendo imundo...”. Apesar dessas palavras tão definidas do
Senhor, eis que a mensagem evangélica de hoje quer pular sobre essa verdade, a
fim de dizer que há aqui meios de mudar os homens. Então, o que vemos é uma
proliferação de pessoas que afirmam serem evangélicas, mesmo que nada houve de
mudança no viver em relação a Deus e sua palavra. O mundo quer usar o meio “evangélico “ moderno, a fim de encobrir as trapaças e
perversidades do coração.
Mas
a verdade é que, sendo os homens injustos, certamente vão manifestar essa
condição deles no fato que serão vistos por Deus como imundos. Não há como
mudar isso. A palavra traduzida como “imundo” não se refere à imundície
conforme nós concluímos acerca de pessoas viciadas, adúlteras, e que praticam
outras coisas semelhantes. A ideia que o termo transmite é de que, sendo a
pessoa injusta ela se torna inadequada para servir a Deus. Tal verdade nos
reporta ao sistema de culto no Templo do Velho Testamento. Sabemos que somente
alguém da família de Arão podia entrar e servir no templo. Sendo assim, os outros
eram considerados imundos. Vamos lembrar do rei Uzias, o qual achava que era
tão importante a ponto de entrar no templo para oferecer sacrifícios, e sua
insistência lhe custou caro, pois foi detido e atingido por Deus com a lepra (2
Crônicas 26). Por que isso aconteceu? Porque para tal serviço aquele homem era
considerado imundo.
Espero
que a ilustração acima tenha servido para nos orientar no texto de Apocalipse,
porque vemos que qualquer homem, qualquer mulher, qualquer religioso, não
importa a idade, a igreja que frequenta, etc. Se não foi salvo e justificado
pelo sangue do Filho de Deus, então é considerado completamente imundo e
inadequado para o serviço do Senhor. Muitos pensam que levando alguém para uma
igreja, batizando aquela pessoa, ensinando as músicas e os louvores, bem como
outras atividades, então tal pessoa será “uma bênção”. Quanto engano envolve
aqueles que pensam assim. Os injustos não herdarão o reino de Deus, não
entrarão no céu, estão completamente fora, por isso aqui são desqualificados
para o serviço do Senhor. Suas orações não servem; seus cânticos não serão
sacrifícios agradáveis ao Senhor; eles ainda estão debaixo da terrível ira,
porque não foram purificados pelo sangue do Salvador. Eles são vistos por Deus
em Adão e não em Cristo; não são ainda nova criação de Deus, por isso estão no
pecado.
Que
não brinquemos com isso! Que fujamos de toda tentativa em manipular Deus. Já
lidei com muitos assim, que diziam serem crentes, membros de igreja e
participantes do trabalho do Senhor, mas eram imundos, porque jamais foram
salvos e justificados. Não esqueçamos que os princípios bíblicos são imutáveis,
pois primeiro vem o sangue, depois o azeite. Em Adão, eis que os homens, por
mais atraentes, educados, polidos e humildes que sejam não passam de imundos e
inaceitáveis aos olhos de Deus. Deus não contempla os homens como nós, segundo
a aparência. Ele vê o coração. Ele sabe que o problema do homem está ali; que é
ali no coração que reside o mal; que a liderança do pecado vem do coração; que
sendo os homens por natureza imundos, eis que estão prontos a mergulhar nas
imundícies da carne e do mundo.
Nós
não mudamos os homens; podemos fazer com eles se tornem participantes de nosso
clube religioso; que eles falem o nosso linguajar, mas o fato é que seus
corações continuam os mesmos diante de Deus – arrogantes. Eles vão gostar de
nós; vão idolatrar os pastores preferidos; vão lutar pela causa de sua
religião, mas continuarão sendo imundos e completamente inadequados para servir
a Deus.
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