“Tem, porventura o
Senhor, tanto prazer em holocaustos e sacrifícios, como em que se obedeça a
Palavra do Senhor? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar; e o atender
é melhor do que a gordura de carneiros” (1
Samuel 15:22).
OS PROPÓSITOS
DEFINIDOS DE DEUS EM RELAÇÃO A SAUL:
Caro leitor, precisamos envolver-nos com
o texto; precisamos saber que o Deus que lidou com Saul é o mesmo Deus que
agora nos adverte por meio da Sua Palavra. O maior privilégio que homens e
mulheres podem ter é a Palavra de Deus. Se formos descuidados e ignorarmos o
livro santo, certamente a culpa será ainda mais agravante sobre nós, porque
recusamos aprender. Adoração falsa é própria para cegos e iludidos, e satanás é
esperto em manter os homens distanciados da revelação de Deus, assim ele pode
desviar a atenção religiosa dos homens para ele mesmo.
A primeira lição que aparece está
subentendida no texto, porque Saul precisava saber que o reino pertencia a Deus
e não a ele. Ao agir ignorando isso Saul mostrou o quanto era dono de si mesmo,
que queria reinar por ele mesmo e nada queria de uma liderança acima dele. Foi
assim com milhares de reis em Israel, os quais simplesmente reuniam suas forças
e se ocupavam em tomar o trono para si, trazendo terríveis consequências contra
eles mesmos. Atitudes como essa parte de elementos egoístas, arrogantes e
ímpios, porque acreditam que não há ninguém acima deles. Foi assim com
Nabucodonosor, pois só pode compreender que seu reino estava subordinado ao
reino do céu quando Deus usou de compaixão para com ele (Daniel 4).
Foi assim com Saul, mesmo sabendo que
foi erguido por ordem de Deus para reinar sobre Israel (1 Samuel 9, 10). É
assim também com milhares de homens que não reconhecem a autoridade de Deus
sobre suas vidas, por isso ignoram o Senhor e não querem tê-lo como Senhor
sobre seus lares, riquezas, serviço, etc. Sob o engano do pecado Saul acreditava
que o trono era dele; em seus planos ele queria governar sozinho e passar seu
reino para seus filhos. Saul queria nome, grandeza, honras, prestígios e fama. A
natureza carnal nunca quer admitir estar subordinado a Deus. Homens podem
alcançar esses desígnios noutras nações, mas não em Israel. O reino em Israel
era teocrático e levantar contra Deus era um caminho de extremo perigo.
Saul precisava saber que no reino de
Deus homens deveriam estar subordinados à Sua lei. Saul deveria meditar nos
livros de Moisés dia e noite, se realmente estivesse querendo prosperar em seu
reinado. A nação era constituída pelo povo de Deus, foi uma nação feita pelo
próprio Deus, a fim de trazer bênçãos sobre toda terra. O fracasso de um rei
era o fracasso de toda nação; a desobediência de um rei seria uma catástrofe para
todo povo de Deus. Davi, um homem segundo o coração de Deus soube disso através
de duras experiências. Enfim, Saul fora elevado à posição de rei para obedecer
o comando dos céus e não do seu próprio coração enganoso e iludido.
Mas, o que estava acontecendo?
Examinemos de perto o rei Saul, porque se não estivermos cheios da verdade e do
temor do Senhor, eis que estaremos julgando a Deus, achando que Ele foi duro
com o rei. Nós somos cheios de dó, achamos que temos mais compaixão do que o
Senhor. Esse é o modo natural dos homens para avaliar e julgar as coisas.
Afinal Saul foi quase cem por cento obediente; afinal, ele trouxe tantas “bênçãos”
como prova do seu sucesso. Mas quanto somos falhos! Que fiquemos mudos perante
o Senhor da glória, porque é Ele quem reina e não eu; é Ele o Rei e não Saul.
Que o Senhor nos livre do perigoso
humanismo, porque é nesse caminho sutil que caímos em falsa adoração. Saul
precisava ser cem por cento obediente; sua falha foi terrível porque
desobedeceu a Deus; a sua obediência parcial significou para Deus desobediência
total e isso causou adoração falsa.
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