quarta-feira, 17 de junho de 2015

O PERIGO DE UMA ADORAÇÃO FALSA (3)




“Tem, porventura o Senhor, tanto prazer em holocaustos e sacrifícios, como em que se obedeça a Palavra do Senhor? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar; e o atender é melhor do que a gordura de carneiros”  (1 Samuel 15:22).
OS PROPÓSITOS DEFINIDOS DE DEUS EM RELAÇÃO A SAUL:
        Caro leitor, precisamos envolver-nos com o texto; precisamos saber que o Deus que lidou com Saul é o mesmo Deus que agora nos adverte por meio da Sua Palavra. O maior privilégio que homens e mulheres podem ter é a Palavra de Deus. Se formos descuidados e ignorarmos o livro santo, certamente a culpa será ainda mais agravante sobre nós, porque recusamos aprender. Adoração falsa é própria para cegos e iludidos, e satanás é esperto em manter os homens distanciados da revelação de Deus, assim ele pode desviar a atenção religiosa dos homens para ele mesmo.
        A primeira lição que aparece está subentendida no texto, porque Saul precisava saber que o reino pertencia a Deus e não a ele. Ao agir ignorando isso Saul mostrou o quanto era dono de si mesmo, que queria reinar por ele mesmo e nada queria de uma liderança acima dele. Foi assim com milhares de reis em Israel, os quais simplesmente reuniam suas forças e se ocupavam em tomar o trono para si, trazendo terríveis consequências contra eles mesmos. Atitudes como essa parte de elementos egoístas, arrogantes e ímpios, porque acreditam que não há ninguém acima deles. Foi assim com Nabucodonosor, pois só pode compreender que seu reino estava subordinado ao reino do céu quando Deus usou de compaixão para com ele (Daniel 4).
        Foi assim com Saul, mesmo sabendo que foi erguido por ordem de Deus para reinar sobre Israel (1 Samuel 9, 10). É assim também com milhares de homens que não reconhecem a autoridade de Deus sobre suas vidas, por isso ignoram o Senhor e não querem tê-lo como Senhor sobre seus lares, riquezas, serviço, etc. Sob o engano do pecado Saul acreditava que o trono era dele; em seus planos ele queria governar sozinho e passar seu reino para seus filhos. Saul queria nome, grandeza, honras, prestígios e fama. A natureza carnal nunca quer admitir estar subordinado a Deus. Homens podem alcançar esses desígnios noutras nações, mas não em Israel. O reino em Israel era teocrático e levantar contra Deus era um caminho de extremo perigo.
        Saul precisava saber que no reino de Deus homens deveriam estar subordinados à Sua lei. Saul deveria meditar nos livros de Moisés dia e noite, se realmente estivesse querendo prosperar em seu reinado. A nação era constituída pelo povo de Deus, foi uma nação feita pelo próprio Deus, a fim de trazer bênçãos sobre toda terra. O fracasso de um rei era o fracasso de toda nação; a desobediência de um rei seria uma catástrofe para todo povo de Deus. Davi, um homem segundo o coração de Deus soube disso através de duras experiências. Enfim, Saul fora elevado à posição de rei para obedecer o comando dos céus e não do seu próprio coração enganoso e iludido.
        Mas, o que estava acontecendo? Examinemos de perto o rei Saul, porque se não estivermos cheios da verdade e do temor do Senhor, eis que estaremos julgando a Deus, achando que Ele foi duro com o rei. Nós somos cheios de dó, achamos que temos mais compaixão do que o Senhor. Esse é o modo natural dos homens para avaliar e julgar as coisas. Afinal Saul foi quase cem por cento obediente; afinal, ele trouxe tantas “bênçãos” como prova do seu sucesso. Mas quanto somos falhos! Que fiquemos mudos perante o Senhor da glória, porque é Ele quem reina e não eu; é Ele o Rei e não Saul.
        Que o Senhor nos livre do perigoso humanismo, porque é nesse caminho sutil que caímos em falsa adoração. Saul precisava ser cem por cento obediente; sua falha foi terrível porque desobedeceu a Deus; a sua obediência parcial significou para Deus desobediência total e isso causou adoração falsa.

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