segunda-feira, 15 de junho de 2015

ADORAÇÃO OU PROFANAÇÃO? (10)




“O Senhor disse: Visto que este povo se aproxima de mim e com a sua boca e com os seus lábios me honra, mas o seu coração está longe de mim, e o seu temor para comigo consiste só em mandamentos de homens, que maquinalmente aprendeu, continuarei a fazer obra maravilhosa no meio deste povo; sim, obra maravilhosa e um portento; de maneira que a sabedoria dos seus sábios perecerá, e a prudência dos seus prudentes se esconderá. Ai dos que escondem profundamente o seu propósito do Senhor, e as suas próprias obras fazem às escuras, e dizem: Quem nos conhece? Que perversidade a vossa! Como se o oleiro fosse igual ao barro, e a obra dissesse do seu artífice: Ele não me fez; e a coisa feita dissesse do seu oleiro: Ele nada sabe”. ISAÍAS 29:13-16
COMO DEUS JULGA TAL ADORAÇÃO.
        Caro leitor, no texto vemos que é o próprio Deus quem julga se a adoração é verdadeira ou é profana. Sendo assim, importa que julguemos tudo à luz da Bíblia e que de fato tudo precisa ser realmente colocado sob esse santo escrutínio. O mundo religioso de hoje odeia ser julgado, não tolera essa invasão no território “santo” dele, e aí daquele que ali entrar para julgar esse sistema atual, moderno de adoração.
        Mas vamos seguir fielmente o texto de Isaías, porque vemos ali que Deus mostra onde está firmada a fé dos falsos adoradores – nos homens: “...o seu temor para comigo consiste só em mandamento de homens que maquinalmente aprendeu...”. Ora, essas palavras vindas da boca do próprio Deus não podem nem devem ser ignoradas por nós. Podemos ver como os homens traçam seus próprios métodos de adoração com mandamentos forjados por eles mesmos. É claro que temos de admitir que tais mestres não passam de falsos mestres, homens com habilidades para manipular as mentes e as emoções da multidão com seus próprios ensinos tão bem arrancados do seu devido lugar na Palavra inspirada.
        Então, o que Deus faz é trazer à lume uma ameaça que, imediatamente parece ser bênção. Quando homens e mulheres estão enfeitiçados nessa “santa” emoção dessa adoração, normalmente eles esperam que Deus há de derramar bênçãos sobre suas cabeças. A carne enganosa e enganada sempre acha que merece coisas boas de Deus, porque está se derramando perante Ele em adoração e louvor. A falsa adoração adorna o ambiente de mentiras e de vaidades; os falsos adoradores não percebem que esse entusiasmo não redundará em bênçãos, porque não vem de Deus, mas é algo promovido pela natureza carnal e enganosa.
        Veja amigo, o que Deus diz que vai fazer. O Senhor abre Sua boca e faz uma promessa que, de imediato parece ser motivo dos “améns” e dos “aleluias” da multidão: “...continuarei a fazer obra maravilhosa no meio deste povo; sim, obra maravilhosa e um portento...”. O que é isso? Será que Deus está impressionado com essa suposta adoração? Será que os falsos adoradores conseguiram ludibriar o Rei da Glória? Será que barulho, movimentos físicos e instrumentos musicais podem alardear os céus e atrair os favores de Deus? Eu sei o quão enganoso e iludido é o coração do homem, por essa razão os homens pensam que prestam favores a Deus, que o Deus da Bíblia pode ser tratado como os adoradores de Baal faziam com seu ídolo.
        Mas, eis o que Deus há de fazer: “...a sabedoria dos sábios perecerá...”. Aquilo que parece ser produto de sabedoria; quando parece que a esperteza humana será mais capaz e bem astuta, eis que Deus surpreende tais adoradores, lançando tudo abaixo, destruindo tudo o que fora erigido por eles, assim como destruiu as muralhas de Jericó. Não foi assim com os adoradores do bezerro de ouro? (Êxodo 32), porque quando tudo indicava que estavam cercados de favores e que conquistariam os ideais de seus corações corrompidos, eis que foram tomados dos terrores de Deus e assim seus planos foram escoados diretamente para o abismo.


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