“O Senhor disse:
Visto que este povo se aproxima de mim e com a sua boca e com os seus lábios me
honra, mas o seu coração está longe de mim, e o seu temor para comigo consiste
só em mandamentos de homens, que maquinalmente aprendeu, continuarei a fazer
obra maravilhosa no meio deste povo; sim, obra maravilhosa e um portento; de
maneira que a sabedoria dos seus sábios perecerá, e a prudência dos seus
prudentes se esconderá. Ai dos que escondem profundamente o seu propósito do
Senhor, e as suas próprias obras fazem às escuras, e dizem: Quem nos conhece?
Que perversidade a vossa! Como se o oleiro fosse igual ao barro, e a obra
dissesse do seu artífice: Ele não me fez; e a coisa feita dissesse do seu
oleiro: Ele nada sabe”. ISAÍAS 29:13-16
COMO DEUS JULGA TAL ADORAÇÃO.
Caro leitor, no texto vemos que é o
próprio Deus quem julga se a adoração é verdadeira ou é profana. Sendo assim,
importa que julguemos tudo à luz da Bíblia e que de fato tudo precisa ser
realmente colocado sob esse santo escrutínio. O mundo religioso de hoje odeia
ser julgado, não tolera essa invasão no território “santo” dele, e aí daquele
que ali entrar para julgar esse sistema atual, moderno de adoração.
Mas vamos seguir fielmente o texto de
Isaías, porque vemos ali que Deus mostra onde está firmada a fé dos falsos
adoradores – nos homens: “...o seu temor para comigo consiste só em mandamento
de homens que maquinalmente aprendeu...”. Ora, essas palavras vindas da boca do
próprio Deus não podem nem devem ser ignoradas por nós. Podemos ver como os
homens traçam seus próprios métodos de adoração com mandamentos forjados por
eles mesmos. É claro que temos de admitir que tais mestres não passam de falsos
mestres, homens com habilidades para manipular as mentes e as emoções da
multidão com seus próprios ensinos tão bem arrancados do seu devido lugar na
Palavra inspirada.
Então, o que Deus faz é trazer à lume
uma ameaça que, imediatamente parece ser bênção. Quando homens e mulheres estão
enfeitiçados nessa “santa” emoção dessa adoração, normalmente eles esperam que
Deus há de derramar bênçãos sobre suas cabeças. A carne enganosa e enganada
sempre acha que merece coisas boas de Deus, porque está se derramando perante
Ele em adoração e louvor. A falsa adoração adorna o ambiente de mentiras e de
vaidades; os falsos adoradores não percebem que esse entusiasmo não redundará
em bênçãos, porque não vem de Deus, mas é algo promovido pela natureza carnal e
enganosa.
Veja amigo, o que Deus diz que vai
fazer. O Senhor abre Sua boca e faz uma promessa que, de imediato parece ser
motivo dos “améns” e dos “aleluias” da multidão: “...continuarei a fazer obra
maravilhosa no meio deste povo; sim, obra maravilhosa e um portento...”. O que
é isso? Será que Deus está impressionado com essa suposta adoração? Será que os
falsos adoradores conseguiram ludibriar o Rei da Glória? Será que barulho,
movimentos físicos e instrumentos musicais podem alardear os céus e atrair os
favores de Deus? Eu sei o quão enganoso e iludido é o coração do homem, por
essa razão os homens pensam que prestam favores a Deus, que o Deus da Bíblia
pode ser tratado como os adoradores de Baal faziam com seu ídolo.
Mas, eis o que Deus há de fazer: “...a
sabedoria dos sábios perecerá...”. Aquilo que parece ser produto de sabedoria;
quando parece que a esperteza humana será mais capaz e bem astuta, eis que Deus
surpreende tais adoradores, lançando tudo abaixo, destruindo tudo o que fora
erigido por eles, assim como destruiu as muralhas de Jericó. Não foi assim com
os adoradores do bezerro de ouro? (Êxodo 32), porque quando tudo indicava que
estavam cercados de favores e que conquistariam os ideais de seus corações
corrompidos, eis que foram tomados dos terrores de Deus e assim seus planos
foram escoados diretamente para o abismo.
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